João Doria, ex-governador de São Paulo, expressa seu remorso de ter apoiado Bolsonaro em 2018.| Foto: EFE/FERNANDO BIZERRA JR
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“Na ‘briga’ com Rui Costa, a primeira-dama tem dito que ‘é mais popular que muito ministro’, incluindo o titular da Casa Civil” – manchete do portal UOL. O motivo da briga: Janja, que esbanja, queria comprar uma mesa de R$ 200 mil. O Mickey Mouse é mais popular que todos os ministros, nem por isso gasta o dinheiro dos nossos impostos em vida de socialite.

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“O recuo do governo Lula em taxar as importações abaixo de US$ 50 é vitória de Janja” – Octavio Guedes, jornalista e cheerleader da primeira-dama. Foi por isso que ela precisou inventar que o imposto era só para empresas?

“Por que Janja é tão odiada? Ela é julgada por supostamente não ‘saber seu lugar’. Já pensou se mulheres fossem criticadas só por seu trabalho? Que sonho” – Nina Lemos, colunista, que escreveu a seguinte coluna ano passado: “Michelle Bolsonaro confunde funeral da rainha com desfile de moda”.

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“É preciso que os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente.

“A fala de Lula de que os países devem parar de enviar armas para a Ucrânia, que Zelensky ganha com a guerra e que os EUA incentivam o conflito é um completo absurdo. Uma postura inadmissível que envergonha o Brasil e endossa o governo autocrata de Putin” – João Amoêdo, empresário e ex-candidato à presidência da República. Legal, Amoêdo. Em quem você votou, mesmo?

“Imprensa e colunistas indignados com fala de Lula e visita de Lavrov avisam: em caso de guerra nuclear, apoiam ‘uzamericânu’. (...) É por isso que Lula falar em paz os deixa indignados. Que se extinga a vida no planeta. Mas que seja por uma causa justa” – Reinaldo Azevedo, jornalista. Que Azevedo virou petralha de carteirinha já não surpreende mais ninguém, mas antiamericano é novidade. A transformação está completa. Só falta uma camiseta do Che Guevara.

“As visões do Brasil e da Rússia são similares em relação aos acontecimentos que ocorrem na Rússia, e estamos atingindo uma ordem mundial mais justa” – Sergey Lavrov, chanceler russo. Não sei vocês, mas quando políticos viajam pelo mundo falando em “ordem mundial”, isso me dá uma paz...

“O Brasil acerta nas ações, erra no discurso e, com a visita de Lavrov, se coloca (involuntariamente) numa posição complicada” – Guilherme Casarões, cientista político e passador de pano geopolítico. Você sabia? Toda trapalhada de Lula é involuntária.

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“Nunca é demais lembrar, mas ninguém considera o Brasil como parte do Ocidente (a não ser alguns analistas e colegas)” – Filipe Barini, apresentador de podcast d’O Globo. Éramos orientais e não sabíamos. É por isso que, no Paraná, sempre comeram pinhão com pauzinhos.

“Eu às vezes acompanho jogos de futebol aqui na China. Acompanho jogos do campeonato chinês, sim, que passa na televisão brasileira, porque tem muito jogador brasileiro jogando aqui na China e tem canal de televisão que transmite” – Lula, achando que o jornalista chinês vota no Brasil e precisa ouvir uma doce lorota como as que ele conta para nós diariamente. Só faltou dizer que não perde uma partida do glorioso Zhejiang FC, lanterninha do Chinesão 2023.

“Eu, como muitos milhões de brasileiros, caí no conto do Bolsonaro, eu não tinha convívio com ele na Câmara e foi o conto do vigário. Tristemente, foi o pior presidente que o Brasil já teve. Uma memória muito triste, que eu espero que se apague ao longo da história. Esse foi um erro que eu cometi, me custou este erro”

João Doria, ex-governador de São Paulo. Sabe o que mais foi conto do vigário? As políticas de lockdown que ele implantou no estado.

“Cada renúncia fiscal indevida é uma pessoa a mais passando fome” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Cada frase do Haddad é um ponto decimal a menos no crescimento do PIB.

“Entre o 8 de janeiro e a violência nas escolas há uma ligação óbvia” – Flávio Dino, ministro da Justiça. Certas imagens novas sugerem outras ligações não tão óbvias...

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“Imagens de general mostram como foi longe a conspiração de militares contra a democracia e o governo Lula” – Míriam Leitão, jornalista, já correndo para tentar controlar a narrativa a respeito do general pego pelas câmeras passivo diante dos vândalos, que é próximo do PT há 20 anos. Militante militando, nada de novo aqui.

“A construção das mulheres e do feminino dentro dessa sociedade patriarcal foi através da domesticação para continuar nesse lugar do trabalho e do cuidado por amor” – Bela Gil, chef de cozinha que grelha melancias, defendendo que a relação mulher-família tem que ser uma relação CLT, em vez de fazer as coisas por amor. Por tabela, parece que está chamando as mulheres de animais. Feministas...

“Mídia 69% financiada pelo governo” – Twitter, em tarja colocada no perfil da emissora pública canadense CBC, depois que ela reclamou que a tarja “mídia financiada pelo governo” estava imprecisa, pois menos de 70% de seus fundos vêm do Estado.

“Nosso jornalismo é imparcial e independente. Sugerir o contrário é inverdade. É por isso que estamos pausando nossas atividades no Twitter” – CBC, em resposta ao Twitter. À parte julgamentos de imparcialidade ou independência, não era isso o que a tarja dizia. Uma emissora alérgica à verdade?

“Vamos investigar a partir da experiência da gagueira, como a normativização da fala fluente enquanto a única forma legítima de comunicação, mostra-se fundamental na manutenção do binarismo de gênero y [sic] da dominação masculina em uma sociedade cishetero [sic], patriarcal y [sic] corponormativa [sic]” – Brava, conta de ativismo identitário. A gente poderia ter colocado “sic” em todas as palavras, mas aí vai uma tradução: estão dizendo que tentar consertar a gagueira é opressão. Ma-ma-ma-maravilhoso.

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“O MBL não faz parte do movimento liberal” – Guto Zacarias, deputado estadual de SP e membro do ‘Movimento Brasil Livre’. O L deve ter mudado para ‘Lhe Enganei’.

Roubaram o meu Playstation

“Hoje a molecada joga com gente de outro país. Passam noites jogando. E tudo isso resulta nessa violência no meio de crianças” – Lula, insistindo na tese de que videogame causa violência, derrubada repetidamente por cientistas.

“Lula está errado. Essa análise é rasa, ultrapassada e não reflete a realidade. Mais um erro grotesco na comunicação do presidente” – Felipe Neto, youtuber, atribuindo erro de conteúdo a erro de forma. Denuncie o Lula para o Ministério da Verdade, Felipe! Não foi para isso que você aceitou participar?

“Meu pai viu os filhos e os netos crescerem jogando videogame, ele sabe que isso não nos tornou violentos, ele fez uma declaração sobre um assunto polêmico ao vivo e acabou generalizando. Vídeo game é muito mais que violência, é arte, é lazer, é entretenimento...” – Luis Claudio Lula da Silva, filho caçula do presidente.

Memória

“Videogame não é apenas entretenimento, é também cultura, emprego e desenvolvimento tecnológico. Ontem gamers apresentaram propostas para o nosso Programa de Governo, pedindo políticas públicas que fortaleçam o setor de jogos eletrônicos no Brasil” – Lula, durante a campanha, 18 de agosto de 2022.

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Mais memória

“A Lava Jato prende, Gilmar solta: o que fazer quando um magistrado obstrui a Justiça? Já é o 15º acusado liberado nos últimos 15 dias: o Senado precisa considerar o impeachment contra Gilmar Mendes urgentemente!” – Randolfe Rodrigues, senador, em 2 de junho de 2018. Esta semana, a PGR pediu para prender Moro por fazer piada sobre comprar habeas corpus do Gilmar. Nenhuma intimação foi enviada para Randolfe.

“A partir de hoje, eu sou um dos maiores defensores neste país de que se instale a CPI da Lava Toga mesmo, que se quebre o sigilo dos ministros do STF. Para que esse canalha do senhor Gilmar Mendes possa dar esclarecimento. É só no Brasil para a gente ter um ministro que é amigo íntimo de um quadrilheiro [Aécio]” – André Janones, deputado, em 2019.