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Randolfe Rodrigues, Frases da Semana
Senador Randolfe Rodrigues comete gafe em tweet apagado| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

“Juros altos afetam mais homens negros e aumentam seu desemprego” — manchete do Ecoa, site progressista do UOL (mais um). E qual é a cor dos afetados pela teimosia do governo em furar o teto de gastos?

“A gente nasce com autoestima, mas a sociedade rouba” — Thais Carla, influenciadora pró-obesidade. Para gostar de si mesmo é preciso ter responsabilidade por si mesmo e merecer o amor próprio, e isso a esquerda rouba da cabeça das pessoas.

“Haverá incentivos a sempre se gastar no limite máximo, para elevar o limite calculado para o ano seguinte” — Marcos Lisboa e Marcos Mendes, economistas, em avaliação preliminar do novo Arcabouço (Calabouço) Fiscal do governo. Lula querendo gastar mais do dinheiro dos outros? Deve haver algum equívoco.

“Fui defender que Lula devia indicar uma pessoa negra pro STF, que hoje só tem brancos, num país de maioria negra, ao invés de indicar o próprio advogado, branco, no momento advogando pra Americanas. Aparentemente viajei. Desculpem. Tem gente que não me conhece mandando mensagem pro meu WhatsApp. Tem gente fazendo campanha pra HBO me substituir por um apresentador negro. É surreal o cinismo” — Gregorio Duvivier, suposto humorista. Pau que dá em Chico também bate em Francisco.

“Pedir ‘paz e amor’ para o cidadão Lula numa hora dessas chega a ser desumano” – Ricardo Kotscho, colunista. Baita desumanidade pedir para um político o que ele prometeu em campanha, hein.

“Temos atualmente 19,4% de mulheres ocupando funções comissionadas. O que nos preocupa é que esse número se mantém estável há muitos anos. Outro grande desafio é incentivar nos próximos concursos a participação e recrutamento de mais mulheres e outras minorias” — Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sobre os funcionários da casa. Já ocorreu ao economista que o número se mantém estável porque pode refletir exatamente o número de mulheres interessadas em estar ali? Ou ele está aderindo a premissas do identitarismo para aliviar os ataques do PT?

"Se a meta [de inflação] está errada, muda-se a meta" — Lula, presidente, criticando a meta de inflação do Banco Central. E ainda completou: "Se você tem alguém que estabelece uma meta e não vai cumprir, é como você estabelecer meta para sua vida e sabe que não vai cumprir". É muito terraplanismo econômico para um presidente só.

“Espaços designados para estudantes de origens marginalizadas estão se espalhando pelas universidades canadenses. A Universidade Metropolitana de Toronto abriu oficialmente um espaço no mês passado para estudantes que se identificam como negros” — manchete do jornal The Canadian Press. Este é o identitarismo moderno: reinventou a segregação racial, mas desta vez como se fosse algo bom.

“Se você falar para o Lula ‘eu quero o Datena como vice e sinto muito, (...) eu amo você, o Datena ama você, mas nós achamos que a gente pode se eleger em São Paulo’” — José Luiz Datena, apresentador de TV, em vídeo vazado em que sugere a Guilherme Boulos o que dizer ao presidente para que ele apoie a chapa dos dois para a Prefeitura de São Paulo em 2024. Boulos com Datena: o primeiro invade propriedades, o segundo fala para o Comandante Hamilton dar a ‘ibagens’ aéreas da invasão.

“Eles estão trabalhando mais do que a maioria das pessoas que conheço para tentar efetuar a transição para um mundo mais sustentável” — John Kerry, enviado especial do clima do governo Biden, sobre os ricos e poderosos que vão de jatinho particular para Davos. O Greenpeace calculou que eles emitiram juntos mais gases que produzem o efeito estufa do que 350 mil carros. A boa e velha hipocrisia em ação.

“Não aproveitei. Devia ter namorado mais, dado mais” – Xuxa Meneghel, apresentadora agora sexagenária. Talvez ela tenha confundido o que quer dizer “sexagenária”.

“Nadar de topless numa piscina pública de Berlim me deu uma sensação de liberdade. Os homens talvez nunca entendam. Afinal, eles nunca precisaram se cobrir” – Nina Lemos, colunista ex-UOL, agora na Deutsche Welle, empresa de notícias estatal alemã. E foi assim que o Brasil se vingou pelo 7x1.

“Que fique claro, Bolsonaro, você vai responder pelos seus crimes. Mas não se preocupe: não haverá nenhum juiz imparcial no seu caso, que faça condução coercitiva ilegal”

Randolfe Rodrigues, senador, em um post no Twitter devidamente apagado posteriormente, mas tarde demais para eliminar o ato falho.

“O incesto (sexo entre familiares), por si só, não é ilegal no Brasil. Ainda. No entanto, ele já é considerado imoral dentro da cultura judaico-cristã” — manchete do portal UOL. Só dentro da cultura judaico-cristã, UOL? E dentro da sua redação, não?

“100 dias de civilidade: balanço de erros e acertos do governo Lula não pode perder de vista o essencial” – Conrado Hübner Mendes, colunista e professor de direito da USP, o mesmo que disse que a Constituição americana é inferior à nossa porque é velha. Na ‘civilidade’ de Lula, inclua-se alegar que o plano de assassinato do PCC contra Moro foi uma ‘armação’.

Cantinho dos Iluministros

“Já houve um tempo no Brasil em que pessoas eram torturadas por suas opiniões políticas, mandatos eram cassados arbitrariamente, a imprensa era censurada e inúmeros brasileiros tiveram que partir para o exílio. Só quem não soube a sombra não reconhece a luz. Democracia sempre!” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF. Realmente, Barroso, os últimos três anos foram difíceis.

“Existe uma percepção bastante equivocada de que o STF é extremamente ativista, que inventa legislações e produz decisões que trazem insegurança jurídica. Gostaria de dizer que nada disso acontece. O que existe mesmo é um protagonismo judicial” — novamente Barroso, agora em uma conferência em Harvard. Já contamos no mínimo três vezes que ele disse isso em um ano. OK, Barroso, você venceu: o problema do STF é excesso de protagonistas judiciais.

“Se não houvesse esse inquérito, as agressões teriam aumentado de forma exponencial até uma ruptura. Não achem que eu pedi para ser o relator, foi goela abaixo” — Alexandre de Moraes, ministro do STF, tentando justificar o mais que controverso inquérito das “fake news”.

“Porque não são pobres, eles não podem ter busca e apreensão? Por que no Brasil só pobre e preto pode ter busca e apreensão? Só que isso evitou 7 de Setembro financiado” — Alexandre de Moraes, apelando para o identitarismo para tentar justificar a perseguição de cidadãos por conversas privadas. Vamos fingir que acreditamos que o excelentíssimo ministro, que recebe um salário mensal que foi reajustado para R$ 46 mil e teve direito a 89 dias de folgas em 2022, está realmente preocupado com os pobres.

Conteúdo editado por:Eli Vieira
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