Deputada Sâmia Bomfim (PSOL/SP) pratica o “womanterrupting”.| Foto: Câmara dos Deputados/Pablo Valadares
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“O que me doeu, na real, o principal que está me doendo até agora: eu votei nela, mano” – Bruno Lambert, comediante que perdeu o emprego de 9 anos porque fez uma piada que a deputada Tabata Amaral não gostou a ponto de denunciar ao Ministério Público, dizendo que eram “afirmações que beiram o absurdo” e “jocosas”. Pelo jeito, Tabata nunca viu comédia stand-up em Harvard.

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“A transfobia ultrapassa a liberdade de discurso garantida pela imunidade parlamentar. Afinal, transfobia é crime. Eu, ao lado da bancada do PSB, estou entrando com um pedido de cassação do mandato do deputado Nikolas Ferreira!” – Tabata Amaral, deputada do progressismo chique e cheiroso, dobrando a aposta da censura depois de tentar criminalizar piada. Ué, não valia a autoidentificação? Naquele momento, Nikolas fluiu de gênero para Nikole.

“Pessoas que menstruam terão absorventes distribuídos de forma gratuita” – manchete do portal UOL no dia Internacional da Pessoa que Menstrua, antigamente conhecida como “mulher”.

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“Essa é uma coisa que eu tenho orgulho, eu nunca pedi nenhum favor a nenhum ministro. Eles não foram indicados para fazer favor, não foram indicados para me proteger” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente, que não seria presidente hoje se não fosse pelo favor e proteção de ministros do STF que ele indicou. Deve ser coincidência.

“O senhor foi preso, condenado sem provas, por um juiz incompetente e suspeito. E voltou à presidência, terceiro mandato. Como o senhor faz para não ter um certo senso de onipotência, de ‘eu sou Lula e posso tudo’? Seria difícil alguém no seu lugar não ter isso” – Reinaldo Azevedo, jornalista, com um certo senso de subserviência.

“O Brasil voltou! O presidente Lula falou nesta tarde com o rei Charles III, do Reino Unido. Agradeceu cumprimentos pela vitória nas eleições e os comentários a respeito do papel do Brasil na agenda multilateral sobre a mudança climática e de desenvolvimento sustentável” – Zeca Dirceu, deputado filho do José, que também foi investigado pela Lava Jato, deslumbrado com a monarquia britânica. Nossa esquerda é colonizada demais.

“É fake news! Lula não mandou idosos andarem a pé por causa de preço de combustíveis” – Secretaria de Comunicação Social do governo. Realmente. Ele só aumentou o preço da gasolina, não mandou andar a pé. Andar a pé é só uma consequência.

“Nós precisamos fazer com que o combate ao discurso de ódio e ao extremismo se torne uma política de Estado” – Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos que não é muito fã de um dos primeiros direitos da lista, a liberdade de expressão. Exceto, claro, se for ódio a conservadores.

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“A ligação com o presidente não macula o candidato” – Cármen Lúcia, ministra do STF, sobre o plano de Lula de nomear seu próprio advogado durante os escândalos de corrupção, Cristiano Zanin, para a corte. Está certo. Não há conflito de interesses quando os interesses convergem.

“Deixar Paris é sempre difícil… Algo me conecta a essa cidade de alguma forma que não sei explicar. Mas ir embora também faz parte do amor que sinto por lá. Agora, confesso: deixar essa suíte foi particularmente difícil” – Felipe Neto, YouTuber. Dinheiro não traz felicidade, mas ajuda a sofrer em Paris.

“Se Jair Bolsonaro tivesse sido reeleito naquela noite, Felipe Neto tinha uma rota de fuga preparada. Deixaria sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, rumo ao Aeroporto do Galeão, e se mudaria para Buenos Aires” - Filipe Vilicic, jornalista, em matéria com ares de fanfic para a revista Piauí. Ué! Não era Paris?

“Revisão das obras de Roald Dahl, autor de ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’, não é nada inclusiva” – Deko Lipe, escritor, dobrando a aposta do lacre contra a desaprovação quase universal à censura dos livros.

“Bancos projetam que Brasil pode fechar 2023 em recessão, mas isso pode não ser o fim do mundo” – Lauro Jardim, jornalista, mais um produtor do “jornalismo mas” que sempre favorece um lado só.

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“O ChatGPT é estúpido e eu posso provar. Ele errou todas as minhas informações, tirando o fato que sou jornalista mesmo” – Pedro Zambarda, jornalista, para quem estupidez é não saber quem ele é. Somos todos estúpidos, então.

“Expressões anti-indígenas para tirar do vocabulário: tupiniquim, índio, tabajara, tribo, descobrimento do Brasil, programa de índio, muito cacique para pouco índio, quem fala ‘para mim fazer’ é índio” – Cecília Zarpelon, jornalista. Que nhenhenhém, hein Cecília.

“O patriarcado está contra-atacando, mas nós também” – António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas. Ele é casado e tem dois filhos. Neste caso, ele deve ser o matriarca da família.

“Bem vindes ao meu Carnaval fora de época, universers. Cheguei para sambar em março e só penso na eliminação da Key. Ai, agora fiquei tensa. Será que não sou feminista?” – Maria Ribeiro, colunista do Universa. O progressismo é mesmo uma ideologia para o povo: ele está muito preocupado é com isso, se ser a favor ou contra uma candidata do BBB faz dele feminista ou não. O preço da gasolina? E daí? Ninguém bebe gasolina.

“Poderíamos criar um mundo positivo quanto ao sexo onde alguém pode pagar às mulheres conscientes para vir e se drogar para que se possa ter o fetiche de fazer sexo com pessoas inconscientes” – Sonalee Rashatwar, “terapeuta”, em documentário da BBC. Se esse é o positivo, não diga qual é o negativo, por favor.

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“Não dá para entender um adolescente de barba que põe vestido, entra no banheiro feminino e fala que é trans” – Nany People, humorista transexual com 57 anos, potencialmente cometendo crime, segundo certas autoridades supremas do país.

“Calem a boca, que tem uma mulher falando”

Sâmia Bomfim, deputada do PSOL, praticando o womanterrupting.

Cantinho do debate curto

“É hora de começar a considerar direitos de pessoa para robôs de conversação de inteligência artificial?” – Eric Schwitzgebel e Henry Shevlin, professor de filosofia e pesquisador de mentes não-humanas, respectivamente, no Los Angeles Times.

“Dada a amoralidade, falsa ciência e incompetência linguística desses sistemas, só podemos rir ou chorar com sua popularidade” – Noam Chomsky (linguista), Ian Roberts (linguista) e Jeffery Watumull (diretor de inteligência artificial em uma empresa de tecnologia), no New York Times.