“Bolsominions são demônios / Que saíram do inferninho / Direto pro culto para brincar de amigo oculto com satã num condomínio” – Chico César, cantor e compositor, autor também dos sábios versos “Ô amarrara dzaia soiê/ Dzaia dzaia/ Aí iii iinga dunrã”. Detalhe: no debate presidencial recentemente exibido pela Band, a jornalista Mônica Bergamo, que compartilha, digamos, afinidades eletivas com essa turma, disse que é crime (crime!) associar políticos a demônios.
“Esta eleição não vai escolher um governo, vai escolher um regime” – Fernando Haddad, candidato ao governo de São Paulo e ex-poste do ex-presidiário. Soa como ameaça, né? Regimes de governo são três: monarquia, república e ditadura. Como é improvável que Haddad esteja falando da volta da monarquia...
“Ganhei um presentão, a morte de uma monarca imperialista responsável aí por várias violências, né, a nível mundial. Fiquei bem feliz” – Letícia Parks, editora do Esquerda Diário e fundadora do Quilombo Vermelho, em live com presença do José Genoíno, o eterno “guerreiro do povo brasileiro”, dando aquele show de humanismo típico da esquerda.
“É 12 de setembro? Oh Deus, coloquei a data errada. Oh Deus, odeio isso!” – Rei Charles III, rei. Para entender a relevância desta frase e, por consequência, do piti real, vale a pena ler este texto de Theodore Dalrymple.
“Gente, ele é um menino mimado mesmo, que sempre teve tudo na mão. Pensa bem, você ser criado em um lugar cheio de pessoas para lhe servir” - Ana Maria Braga, apresentadora de TV. Diante desse comentário, rei Charles III mandou avisar que está considerando abdicar do trono.
“Ter um governante que ao invés de fazer paz e amor faz o símbolo do ódio, da arma. Eu acho que não está nada certo” – Xuxa, ex-rainha dos baixinhos. Se Bolsonaro ganhar, Xuxa promete se juntar a Marcia Tiburi e Jean Wyllys no autoexílio. Promexa é dívida, hein?
“Afinal, cadê o sertanejo no Rock in Rio?” – Splash, site de cultura do UOL. A resposta, UOL, está na própria pergunta.
“O coveiro me enganou uma vez só. O coveiro daquela historinha de que o coveiro se faz de morto para bater sua carteira” – Bolsonaro, represidenciável, sobre Michel Temer, que articulou a malfadada cartinha à ação que, em teoria, e bota teoria nisso, selaria a paz entre o Executivo e o Judiciário.
“Abriria uma padaria artesanal e um mercadinho vegano” – Júlia Rocha, candidata comunista a deputada, respondendo a uma perguntinha lacradora: o que você faria se o capitalismo não existisse. Mas o que a impede de realizar o sonho do progressista empreendedor? Ah, sim. Ela é comunista. Tá explicado.
“Nesta semana, uma menina de 8 anos veio me entregar no comício uma lista de prioridades para o Brasil: acabar com o garimpo ilegal, reduzir as armas, distribuir renda aos mais pobres e garantir direitos para todos” – Lula, ex-presidiário. Essa criança aí está sendo submetida a práticas de politização infantil que devem ser proibidas pela Convenção de Genebra. Alguém chama o Conselho Tutelar para essa menina antes que ela se filie ao PSOL!
“Como vamos criar novos empregos? Eu não sei como fazer”
- Lula, em raro momento de honestidade. Especialistas dizem que a chance de esse fenômeno deve se repetir apenas quando o cometa Halley passar novamente pela Terra.
“Vou constranger nesta plataforma 100% dos homens que declarem voto em chapa 100% masculina (tô falando de proporcional). Não é possível que vocês não achem isso vergonhoso. Fim” – Debora Thome, cientista política e feminista. Fim.
“Nesta eleição só há duas possibilidades: ou você vota em Lula ou vota nos nazistas. Dê utilidade ao seu voto” – Fabio Pannunzio, jornalista e petista, insistindo em chamar o público de nazista. E pensar que daqui a apenas duas semanas os petistas estarão nas ruas, oferecendo bolo de chocolate e tentando convencer o eleitor com um discurso de paz e amor.
“Tudo indica que estamos entrando em outra baixa da Covid com a imunidade recente segurando o vírus. Se o comportamento da pandemia se mantiver, devemos ver outra onda a partir de novembro/dezembro” – Átila Iamarino, biólogo e alarmista, com saudade dos tempos em que ainda conseguia criar pânico.
"É um filme que não poderia ser feito no Brasil" – Fernando Grostein Andrade, diretor autoexilado, sobre seu novo panfleto contra Bolsonaro. Isso é que é coragem, hein? Quero ver fazer filme sobre o Alexandre de Moraes.
“Eu acordo todos os dias querendo matar a humanidade e não tem o que mude isso dentro de mim” – Felipe Neto, influencer progressista, confessando os sentimentos elevados que o movem.
“Os indígenas se referem a outras pessoas que não são indígenas como homens brancos. E os negros também estão incluídos nesta lista” – Ysani, influenciadora indígena do Tiktok, levando o identitarismo e o blablablá pós-moderno dos progressistas às suas últimas consequências: negros agora são brancos.
“Necessário, adequado e urgente” - Alexandre de Moraes, iluministro, justificando o bloqueio de contas bancárias de empresários. Como mostra o triste placar na capa desta Gazeta do Povo, a perseguição judicial já dura quase um mês.
“A Arquidiocese de São Paulo manifesta que tal narrativa não condiz com a realidade sobre a vida de Santa Marina, venerada pelos católicos” - Arquidiocese de São Paulo, precisando explicar aos ativistas identitários que, ao contrário do que mostra o curta-metragem São Marino, narrado por um padre (!), a santa não é transexual.
“Quem disse que a gente vai falar para eles [adultos]? A gente vai para a escolinha dominical. O que mais a igreja quer é pegar um irmão ou irmã para cuidar das crianças” - Laura Astrolabio, advogada comunista, explicando como vai se aproveitar da boa vontade da igreja para doutrinar crianças e lhes ensinar o básico do comunismo. Espera só até as crianças começarem a passar fome. Ou serem mandadas para um gulagzinho.
CANTINHO DO BARRACO DOUGLAS X VERA
“Acho que é um momento bom de jornalistas debaterem o papel que a mídia teve (e continua tendo) na ascensão do fascismo” – Elika Takimoto, palpiteira, criticando Vera Magalhães pelo trabalho da jornalista quando ela era antipetista. Surpreso? Vai me dizer que você acreditou mesmo que os petistas linha-dura ficariam ao lado de Vera Magalhães?
“Oi Vera Magalhães, eu e muitas mulheres públicas estamos há tempos na mira dos fascistas que agora também se voltam contra você. Lastimo. Te convido a derrotar o fascismo que agora te ameaça, elegendo Lula no primeiro turno. Escolha: Lula ou o fascismo. Te esperamos!” – Marcia Tiburi, agressiva-passivamente seduzindo Vera Magalhães para as fileiras do petismo.
“O que ocorreu ontem após o debate dos candidatos ao Governo de SP é lamentável por muitos motivos. Em primeiro lugar, não há justificativa para provocar uma jornalista e tentar constrangê-la gratuitamente no seu local de trabalho, sem que ela tenha dado qualquer motivo para isso” – Eduardo Bolsonaro, inaugurando a nova fase da campanha do pai: Bolsonarinho paz e amor.
CANTINHO ANTIMANICOMIAL
“Eu não sou louco. Não rasgo dinheiro. Não faço mal às pessoas. Sei conversar direito” – Rafael A., anônimo que não sai do próprio apartamento do Rio desde março de 2020 e coleciona numa bolsa todos os fios de cabelo que ele perdeu nesse tempo, além de todas as garrafas de álcool que usou. Ele foi entrevistado pela BBC Brasil em uma matéria sobre pessoas que se mantêm em lockdown até hoje, com medo de contrair a Covid-19.
CANTINHO DA TURMA DA MÔNICA (BERGAMO)
“ESCÂNDALO: em plena campanha eleitoral, YouTube recomenda vídeos da Jovem Pan que privilegiam Bolsonaro, com fake news contra as eleições e q chamam Lula de ‘chefe de quadrilha’ e ‘doente mental’” – Mônica Bergamo, jornalista, escandalizada que um algoritmo que privilegia conteúdos interessantes e em consonância com o público.
“Abro a página do YouTube e ele me recomenda o que? ‘Os Pingos nos Is’, da Jovem Pan” - Mônica Bergamo, jornalista, ainda escandalizada com essa plataforma “fascista” chamada YouTube.
“Se não quer, não assista, caramba. Eu também não queria estar vendo seu décimo tweet sobre esse assunto. Nem te seguir eu sigo, mas tá aparecendo como recomendação pra mim. A vida é assim” - Priscila Chammas, jornalista e empreendedora, em resposta à Mônica Bergamo.
“Manda quem pode. Obedece quem tem juízo” - Mônica Bergamo, jornalista, desnudando o verdadeiro espírito autoritário que a elite insiste em chamar de democracia.