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Carla Zambelli, frases da semana
Nas frases da semana, Carla Zambelli ganhou um cantinho só dela, oferecendo diálogo ao Xandão e criticando Bolsonaro.| Foto: EFE/ Andre Borges

“Não havendo direito absoluto à liberdade de expressão, não se pode justificar o conteúdo de suas afirmações, que beiram o absurdo, bem como se tolerar a permanência de tal conteúdo na rede mundial de computadores” – Tabata Amaral, deputada badalada, ao pedir por censura contra uma piada. “Afirmações que beiram o absurdo” e “jocosas” (como diz a representação ao MP) são mais conhecidas como “piadas”. Talvez ela nunca tenha visto uma.

"Em vésperas das comemorações dos 50 anos da Revolução libertadora de Abril, a atribuição a alguém como Volodimir Zelenski, que reconhecidamente personifica um poder xenófobo, belicista e antidemocrático, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e nazi, constitui uma afronta aos democratas e uma decisão contrária à construção de um caminho de paz" – Partido Comunista Português. Porque se tem alguém que realmente defende democracia, são os comunistas.

“Estamos examinando iniciativas, especialmente o ponto da equilibrada política brasileira” – Mikhail Galuzin, vice-ministro de relações exteriores da Rússia, sobre o plano de paz do governo Lula. Já que mandaram o vice-ministro dizer isso, em vez do ministro, podemos dizer que está bem promissor.

“Assim como os estudantes são livres para recusar a vacina, com base nas melhores evidências científicas nós professores somos livres para nos recusarmos a dar aula presencial para aluno não vacinado” – Leandro Tessler, físico e “divulgador de ciência”. Agora vamos citar uma fala do filme ‘Billy Madison’, do Adam Sandler, evidentemente sem nenhuma relação com a fala do Sr. Tessler: “Sr. Madison, o que você disse é uma das coisas mais insanamente idiotas que eu já ouvi. Em ponto nenhum, na sua resposta incoerente, você chegou perto de qualquer coisa que possa ser considerada um pensamento racional. Todos nesta sala estão agora mais burros após ouvi-la. Que Deus tenha piedade da sua alma”.

“Aplicativo dos Correios tem falha de segurança e usuários devem trocar senha” – Folha de S. Paulo. A senha será trocada só depois de passar uns meses embargada em Curitiba. E há duas semanas um ministro achava que os Correios poderiam substituir o Uber.

“Eu acho que as pessoas precisam desacelerar. Não vamos achar as respostas rapidamente, não podemos regular a internet inteira em três meses” – Felipe Neto, YouTuber e membro do comitê de censura do governo Lula, pedindo muita calma nesta hora. Sim, querem censura, mas tem que ser devagarinho.

“O Temer não tem nada de pateta. A chave ao golpear Dilma foi entregar o pré-sal para pagar dividendos acintosos aos acionistas (40% estrangeiros). De quebra, tirou do Brasil a principal ferramenta para indução do crescimento. Num país sério haveria pelotão de fuzilamento” – Luiz Carlos Azenha, jornalista. Será que o grupinho “contra o ódio” do governo, composto por Felipe “Foca” Neto e Manuela D’Ávila, acha legal jornalista falando em fuzilamento?

“Esse Carnaval é muito importante e estar num desfile, no caso da Imperatriz, fazendo o Lampião, que é um mito nordestino, me alegrou porque eu quero agradecer muito o Nordeste por nos livrar do fascismo” – Matheus Nachtergaele, ator que fez o João Grilo. Como ele sabe que houve “fascismo” no Brasil? Chicó responde: “Não sei, só sei que foi assim”. E o Lampião? Um democrata humanitário.

“Racismo ambiental é o que de fato acontece nas cidades: qual a cor das pessoas mais impactadas pelas chuvas?” – Mariana Belmont, “jornalista e militante”, sobre o desastre do deslizamento de terra. Ser jornalista e militante é como ser cirurgiã e açougueira.

“Por que a cultura do cancelamento é boa para a democracia” – Rolling Stone, revista. Quando a Rolling Stone acusou universitários de estupro com base nas mentiras de uma vítima de um crime que nunca aconteceu na Universidade da Virgínia em 2014, isso foi bom para a democracia?

“Oi, Átila Iamarino. Como cientista, você abusou da sua posição para espalhar propaganda paga para farmacêuticas grandes como a Pfizer. Você também defendeu vacinação compulsória e silenciamento de vozes críticas. Numa escala de 1 a Hitler, quão fascistas você considera as suas afirmações hoje?” – Simon Goddek, doutor em biotecnologia e jornalista de ciência, destacando o subtítulo do famoso artigo de título “Autoritarismo Necessário” que Iamarino publicou na Folha. Essa doeu até aqui.

“Ex-rival no PT e deputado: quem Gleisi Hoffmann beijou muito na Sapucaí” – UOL, sobre Lindbergh Farias. De senador a deputado sem nome na manchete cuja existência precisa ser explicada pelo UOL. Decadence sans elegance.

“Não se assuste, continue animado, vai dar tudo certo” – Homem do Tempo da Globo News, na sexta anterior às chuvas que mataram muitas pessoas no litoral de São Paulo. Previsão do tempo errar é normal. Errar no tom de brincadeira com coisa séria é coisa nova.

“O conceito atual de bloco: 1 milhão de pessoas pulando em meio metro quadrado sem sair do lugar ao som de um artista no palanque, como num show em qualquer época do ano” – Ruy Castro, jornalista, acertando em cheio.

“Os trabalhadores sem terra foram expulsos das terras por milícias montadas por fazendeiros, muitos deles bolsonaristas, (...) muitas vezes em terras totalmente largadas, abandonadas” – Guilherme Boulos, deputado especialista em invasão de propriedade. Quer dizer então que fazendeiros defendem a bala terras que eles largaram e abandonaram. Muito bem contada essa história.

“Depois daquele trágico evento do Corinthians com a Rússia, nós extirpamos os russos do Corinthians e, depois, ainda fomos campeões mais duas vezes do Brasileiro e uma do Mundial, que o Palmeiras não tem, infelizmente, ministro Toffoli” – Alexandre de Moraes, ministro do STF, falando sobre o Torneio de Verão de 2000 do Corinthians, que alguns insistem em chamar de Mundial (o campeão mundial de 2000 foi o Boca Juniors, com uma vitória sobre o Real Madri por 2 a 1).

Cantinho Zambelliano

“Hackers dizem que deputada Carla Zambelli assina site pornográfico” – Correio Braziliense, jornal, jogando fora a boa prática jornalística que recomenda confirmar a veracidade de uma notícia antes de publicar, apenas para marcar pontos na guerra cultural.

“Os gastos apontados não são reais, inclusive a suposta assinatura de conteúdo adulto. Um dos exemplos é que a deputada não nasceu em Birigui” – Assessoria de Carla Zambelli, sobre o conteúdo do vazamento dos hackers. Quando assessores precisam fazer a apuração que jornalistas não fazem, a coisa está feia.

“Estou à disposição de Alexandre de Moraes para conversar”

Carla Zambelli, deputada. Talvez a deputada ainda não saiba, mas o diálogo não é uma das maiores qualidades de Moraes.

“Não li nem vou ler” – Jair Bolsonaro, ex-presidente turista, sobre a entrevista de Zambelli à Folha em que ela diz que “não é hora de bater no STF” e que ele deveria ter pedido o fim dos protestos pós-eleições.

Cantinho da inveja

“Gisele Bündchen chegou ao camarote da Brahma às 22:47. Assistiu a um ensaio, acenou para os passistas, tirou fotos. Saiu a 1h da madrugada. Ganhou, para isso, dez milhões de reais. Hora de taxar os ricos” – Natalia Viana, jornalista cofundadora da Agência Pública. Só faltou dizer como é que ela vai taxar os brasileiros ricos que, com razão, fogem do país porque aqui a inveja corre solta e faz lei.

“Gisele Bunchen recebeu US$ 2 milhões para estar no camarote da Brahma no Sambódromo. Ficou três horas e só bebeu água. R$ 60 mil por minuto. A moça que a serviu recebeu R$ 200,00 pela noite” – Sérgio Freire, psicólogo. O que Freud diria sobre isto, hein?

“Mais que o orçamento anual da maioria das escolas” – Marcelo Adnet, comediante, sobre a renda da Gisele Bündchen. Até onde pudemos apurar, ele até agora não doou a própria fortuna para escola nenhuma.

“Liberdade da Faria Lima é poder cobrar R$ 93 por água” – Milly Lacombe, comentarista esportiva, quase caindo na maior fake news do desastre, que atribuiu a uma única garrafa o preço de um engradado inteiro.

“Potências Ocidentais destinaram quase US$ 120 bilhões em entrega de armas e ajuda financeira ao governo de Kiev. O volume é três vezes maior que as estimativas que a ONU faz sobre os recursos necessários para lidar com a fome no mundo a cada ano. Com US$ 40 bilhões por ano até 2030, a comunidade internacional erradicaria” – Jamil Chade, colunista, comparando laranjas com bananas. Ainda há quem ache que problemas como fome, educação de má qualidade etc. se resolvem magicamente com um banho de dinheiro.

Conteúdo editado por:Eli Vieira
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