Desembargador Bartolomeu Bueno de Freitas desembarga a tolerância sobre milhões de brasileiros.| Foto: Reprodução/TJPE/Phrase.it
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“A firmeza de Alexandre de Moraes na defesa da democracia foi fundamental e o Brasil será eternamente grato, inclusive esta humilde coluna” – Matheus Leitão, jornalista, ajudando a inaugurar fã-clube de autoritário na imprensa brasileira.

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“Liberdade de expressão não é liberdade de disseminar ódio, desinformação e preconceitos” – Basilia Rodrigues, jornalista, aquela que pensa que está escrito “independência ou morte” na bandeira do Brasil. Já notaram que a liberdade de expressão anda sendo citada pelos filósofos amadores só pelo que ela não seria? Enquanto isso, a mordaça só vai crescendo.

“Repitam comigo: derrubar fake news não é censura” – Ana Júlia Ribeiro, deputada estadual do Paraná e mais uma filósofa liberal amadora. Adivinhe o partido pelo qual ela se elegeu...

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“Quando assisto pessoas dizendo que vão se mudar do Brasil por causa da eleição de Lula, lembro de vontade parecida em maio de 1888, por muitos que não imaginavam ser possível viver sem escravos” – Cristovam Buarque, ex-senador, ex-governador, ex-ministro e criador de comparações ex-tranhas. Apesar de alegar ter memórias de 1888, não é tão velho assim.

“Está sentindo? O cheiro de paz? E olha que a gente só se livrou de meia dúzia deles por aqui! Imagina quando o país estiver livre de toda essa raça maldita!” – André Janones, deputado, redator de fake news do bem, levando seu ódio aceito oficialmente pelo STF a novas alturas de totalitarismo.

“Pabllo Vittar está sendo acusada de fazer ‘asian fishing’, você sabe o que significa o termo?” – UOL, portal de notícias. Não sei, não quero saber, e tenho raiva de quem sabe.

“Eu vou olhar a questão” – Elon Musk, respondendo a brasileiros que reclamaram de censura na rede social Twitter. Será que veremos um duelo entre o ex-careca (Elon fez implante capilar) e o careca-geral da República?

“Democracia mudou de nome, Esquerdocracia…” – Carioca Marvio Lucio, comediante com mais visão sobre o que está acontecendo no país do que a maioria dos jornalistas e liberais brasileiros.

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“Médicos e hospitais ‘woke’ que mutilam corpos e mentes das crianças por dinheiro/lucro devem não apenas perder as licenças e ter verbas federais/estaduais cortadas, eles devem ser presos” – Tulsi Gabbard, ex-parlamentar americana pelo Havaí que deixou o Partido Democrata porque opiniões como essa são escândalos dentro dele. A melhor tradução de ‘Woke’ para o português é lacrador/identitário.

“Somos um país com a maioria cristã, e muita coisa da nossa mente fechada vem disso” – Vitão, cantor e mente aberta. Ele diz também que a sociedade é “escrota”, que às vezes se sente um lixo, e que não se define como hétero, bi ou gay: ele é “tudo”. O problema da mente aberta, como diz o ditado, é que às vezes o cérebro cai para fora.

“Ouvi relatos de mulheres que tiveram que tirar o útero porque a gente não quer falar de absorvente” – Tabata Amaral, deputada cada vez mais monotemática que parece ter uma necessidade urgente de aproximar fabricantes de absorventes do dinheiro de impostos dos brasileiros. Com certeza é só uma coincidência, uma convergência espontânea de interesses. Confira a já clássica resenha da autobiografia da Tabata escrita pela prata da casa Bruna Frascolla.

“É ferida na minha existência” – Rosana Rezende, técnica de enfermagem, com linguajar de militante, sobre a caneca da colega decorada com a frase “Sou da Cuscuz Klan” e o desenho de duas espigas de milho com capuz. Uma óbvia piada transformada em crime, com participação de uma imprensa que pirou no identitarismo. Faz referência a uma declaração séria de Lula.

“O Catar foi um erro. Má escolha” – Sepp Blatter, ex-presidente da FIFA quando o Catar foi escolhido como sede da Copa do Mundo 2022. Seria bom ter pensado melhor nisso antes que 6.500 trabalhadores morressem construindo estádios sob condições desumanas.

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“Enfie a cara numa tigela com água gelada por 15 a 30 segundos” – The New York Times, jornal, em uma lista de cinco dicas para aliviar o estresse das eleições.

“Combatemos os identitários na legislatura, combatemos os identitários nas escolas, combatemos os identitários nas empresas, nunca nos renderemos à turba identitária. Flórida é onde o identitarismo vai para morrer” – Ron DeSantis, governador da Flórida, em discurso de vitória na reeleição. Mais irritado que os identitários está Donald Trump, cuja candidatura em 2024 está abalada pelo sucesso do adversário que ele, como de praxe, apelidou de “Ron DeSanctimonious” (algo como “Ron Hipócrita”).

“Eles querem fazer o maniqueísmo da guerra santa. Nós vamos ter que fazer uma batalha no plano das ideias para só depois chegar aos finalmentes” – José Genoino, ex-deputado e líder petista, sobre que relação ele quer que o novo governo tenha com as igrejas evangélicas.

“Fumar cotonete não provoca sensação de prazer. É uma brincadeira de muito mau gosto” – José Rodrigues Pereira, médico pneumologista, sobre a nova moda do TikTok. Como duvidar que o TikTok é uma estratégia da China para emburrecer o ocidente?

“Os babacas de direita estão rezando no muro dos quartéis, pedindo a intervenção das Forças Armadas. É hilário. Eu quero é pau nessa direita idiota”

Bartolomeu Bueno de Freitas Morais, desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco, mostrando toda a isenção e imparcialidade da justiça brasileira.
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“Termos para evitar: Programa de índio: a expressão faz menção a uma atividade que não deu certo, chata ou entediante. Por associar atividades assim a povos indígenas, a expressão é preconceituosa. Troque por atividade entediante ou, informalmente, por ‘rolê miado’” – Comitê UOL Plural, sobre a esperada criação do Ministério dos Povos Originários. Não conseguimos imaginar maior programa de índio que policiar a linguagem e fazer outra cartilha politicamente correta. Não falaremos ‘rolê miado’ (gíria brega dos autores com certeza paulistanos), nem sob ameaça de flechada.

“Não vejo os chamados formadores de opinião cobrarem pressa de Lula na indicação do novo ministro da Saúde, ou da Educação, ou da Cultura. Mas cobram na indicação do ministro da Economia. Por que?” – Ricardo Noblat, jornalista. Responda aí você: por que você se importa mais com comida na mesa e com pagar boletos do que com a Lei Rouanet? Que loucura é essa?

“Morre Roberto Guilherme, o Sarjento [sic] Pincel de ‘O Trapalhões’, aos 84 anos” – Folha Ilustrada, trocando o G pelo J na palavra sargento e mostrando pouca ilustração.

“Depois de 34 anos, o New York Times não vai mais chamar Lula de ‘Sr. da Silva’. Depois de muita discussão interna, decidimos que ele será, sim: sr. Lula” – Jack Nicas, jornalista do NYT. Aqui no Frases, nós preferimos Sr. Ex-Presidiário. Para os íntimos, apenas Ex-Condenado.

"Por que as pessoas são levadas a sofrer por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gasto, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gasto? Por que as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gasto não discutem a questão social deste país?" — Luiz Inácio Lula da Silva, fingindo que não sabe a relação entre quebrar o teto de gasto e o aumento da pobreza, como aconteceu no governo Dilma. Graças à desastrosa declaração, o dólar subiu 4% em relação ao real em apenas um dia, a maior alta desde março de 2020.

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"O mercado fica nervoso à toa. Eu nunca vi um mercado tão sensível como o nosso" — Lula, reagindo de maneira cínica.

“Estou vendo as ideias [de Lula] se afastando daquilo que acredito” – Armínio Fraga, um dos economistas do Plano Real que fez o L, sobre o candidato que apoiou no segundo turno. Nossa, que surpresa!

“Eu sempre achei que sairia mais barato para o país investir em Educação. Mas com essa fossa bolsonarista, essa imprensa sudestina doente e mercado sociopata, começo a ter fantasias nordestinas de separatismo” – Kleber Mendonça Filho, diretor de Bacurau, destilando aquela xenofobia bem aceita no círculo dos intelectualoides de Twitter.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]