| Foto: EFE/Phrase.It
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“O atentado contra o ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, político que mais tempo ficou no cargo, atingiu mortalmente a ideia, construída ao longo de décadas, de um país imune à insanidade da violência das armas de fogo” — Marcelo Lins, jornalista, apressando-se em associar o assassinato a uma causa antiarmas que nem faz sentido no contexto japonês. O que a militância não faz, né?

“Parto forçado em um país onde parideires negres têm mortalidade materna entre duas a três vezes maior que a de parideires branques.” — Rage Against the Machine, banda cujo nome sugere revolta com o “sistema”, mas que adere ao vocabulário identitário que reduz a mulher à condição de “parideira”.

“Ficou preso 7 meses por me defender” - Lula, ex-presidiário, exaltando os feitos heróicos de Maninho do PT, militante que quase matou um homem empurrando-o contra um caminhão. E depois tem a cara de pau de reclamar do clima de beligerância política que tomou conta do país.

“Mestiçagem do Brasil nasceu do estupro” - Valter Hugo Mãe, escritor português. Progressistas dizem não concordar com a ideia de que “miscigenação é genocídio”, mas insistem em alegar que a única origem possível para a mistura brasileira é o estupro — tese já derrubada aqui na Gazeta do Povo com história e biologia.

“Orçamento secreto é a maior bandidagem já feita em 200 anos de República” — Lula, marcando mais uma vez presença aqui nas Frases da Semana. E tão honesto que mente até a idade da República brasileira.

“Veganos têm ereções mais fortes e fazem sexo melhor” — Xuxa, a terna rainha dos baixinhos e tolinhos, na Bienal do Livro de São Paulo. Só no Brasil mesmo para existir a combinação Xuxa, veganismo, ereção e livros.

“Em um dia tão triste, marcado pela morte do Marcelo Arruda, em um período de violência aguda, só o timão para me dar uma alegria, acabo de ver que o Corinthians derrotou o Flamengo por 1 a 0. Vai Corinthians, aqui tem um bando de louco, louco por ti #Corinthians”. - Zeca Dirceu, filho de José Dirceu. Para esquerdistas, a morte de um militante só é sofrida até o primeiro gol do Coringão. Depois volta a ser apenas útil mesmo.

“Quem diria que a gente estaria aqui elogiando e defendendo a urna eletrônica” — Marisa Monte, cantora. Pois é. Até outro dia a esquerda era contra as urnas eletrônicas e fazia documentário para provar que elas podem, sim, ser hackeadas.

“Com a Diplomacia Bolivariana de Paz, a Venezuela está na vanguarda da construção de uma nova humanidade de respeito, cooperação e solidariedade entre os povos irmãos” - Nicolás Maduro, ditador sanguinário, abusando do jargão comunistóide para justificar o ódio do bem que alimenta o ímpeto revolucionário dessa corja.

“Bolsonaro deve estar chateado. A lei proíbe que ele conceda a graça a quem comete crimes hediondos. Como homicídio qualificado, por exemplo” - Antonio Tabet, quibador profissional, agarrando a primeira chance de fazer proselitismo político em cima de uma tragédia.

"Olavo de Carvalho. Ainda bem que morreu. E tem mais gente da turma dele para morrer. Mary Shelley e sua mãe vomitaria na cara da deputada Ana Campagnolo pelo fato dela existir. O foco agora é essa gentalha de direita, defensora do nazismo e do holocausto" - Eduardo Bueno, historiador, num ataque de fúria política para se dizer indignado contra a violência política. Alguém dá um chá de camomila pro homem!

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“Fim da citação. Repita a fala”

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, lendo o teleprompter. Biden é supostamente o homem mais poderoso do planeta e tem em seu poder milhares de ogivas nucleares. Só dizendo…

“Ninguém imaginava que Bolsonaro seria o pior presidente da história” — Simone Tebet, senadora e presidenciável, cuja frase está aqui só para servir de escada para a próxima:

“Mentirosa. Ou burra. Ou conivente. Ou todas as coisas juntas. Se tem uma coisa da qual não se pode acusar Bolsonaro é a de que ele disfarçou em algum momento que era um fascista corrupto e ligado ao banditismo. Quem na política e na imprensa se uniu a ele sempre soube disto” — Jean Wyllys, ex-BBB, comentando a frase de Tebet. Aposto que se alguém o chamasse de mentiroso e burro, Wyllys logo sacaria do bolso a carta da homofobia. Mas a esquerda identitária se permite ser misógina à vontade. Afinal, para eles não existem mulheres, e sim “parideires”.

“Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula e quem quiser minha ajuda pra fazer ele bombar aqui na Internet, tik tok, Twitter, instagram é só me pedir que estando ao meu alcance e não sendo contra lei eleitoral eu farei” — Anitta, funkeira, influencer e intelectual de ocasião, fazendo tudo ao seu alcance para aparecer. Bons tempos em que uma melancia no pescoço era o suficiente.

“Ser mulher não é nada fácil, ainda mais nesses tristes tempos em que o machismo é política de Estado” - Jandira Feghalli, deputada comunista. O machismo é tão política de Estado no Brasil que uma mulher pode se eleger deputada e sair por aí falando asneiras como essa. Que coisa!

"Sexo não se limita a macho e fêmea" — declaração da OMS, Organização Mundial da Saúde. Sim, aquela mesma que se curvou à China e deixou o vírus da Covid-19 se espalhar, matando milhões. É muita çiênsa; é çiênsa demais.

“A violência é incentivada nesse governo desde sempre. Nas falas dele, dos filhos, dos secretários, no exibir das armas como trofeu. Na maneira como tratam as mulheres, as diferenças.  Na maneira como se colocam por aqui. Não dá gente. Simplesmente não dá - Ingrid Guimarães, atriz, psicanalista, socióloga e o que mais ela quiser ser. Maninho do PT mandou lembranças.

“Agora eu não quero só que as pessoas tomem café, almocem e jantem. Eu quero também que as pessoas tenham emprego, acesso ao lazer. Que os aeroportos virem rodoviária, cheios de pobres andando” — Lula, ex-presidiário, confessando que deseja um país cheio de pobres. Típico dos comunistas, o fetiche da miséria não falha nunca.

“A capacidade que tem Salnorabo de despertar o pior em cada um de nós é impressionante. Nunca senti nada parecido com o que tenho sentido, e isso é ao mesmo tempo horrível e inevitável” — Sérgio Rodrigues, mostrando que até ótimos escritores vão mal quando escrevem com o fígado. A primeira dica é: use o sal apenas na comida. A segunda é mais profunda: ceder ao pior que algumas pessoas despertam na gente nunca é “inevitável”. A isso se dá o nome de “resistir à tentação”. Mais sorte da próxima vez.

"Como disse uma vez o poeta paranaense, o grande Paulo Leminski, 'isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além'”. — Sergio Moro, pré-candidato ao Senado pelo Estado do Paraná. E pensar que um Carlos Lacerda da vida era tradutor de Shakespeare… De qualquer modo, a frase só está aqui por causa da próxima:

"É um acinte essa pessoa usar as palavras do Paulo para se promover. O Paulo Leminski jamais concordaria com isso" — Alice Ruiz, a Viúva Porcina das Araucárias, psicografando a opinião política do trocadilhista que Moro considera poeta. Nem os mortos conseguem se abster da polarização política neste país.

"O que nós queremos é que o Joãozinho seja Joãozinho a vida toda. A Mariazinha seja Maria a vida toda, que constituam família, que seu caráter não seja deturpado em sala de aula." — Jair Bolsonaro, presidente do Brasil. De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, esta fala é homofóbica.

PRÊMIO EXXON-VALDEZ DE JORNALISMO

“Astrologia permite identificar e amenizar feridas emocionais. Descubra como” — manchete do Universa, do portal UOL, um daqueles sites que seguem as orientações científicas da OMS ao mesmo tempo em que consulta os astros. Por sinal, cuidado com o Mercúrio retrógrado na próxima semana, hein?!

MEMÓRIA

“Caro Fernando Haddad, não é o meu partido que é comandado de dentro de um presídio. Nem minha campanha foi lançada na porta da penitenciária. Em São Paulo, bandido pega cana dura. Nós construímos 99 novos presídios e reduzimos a criminalidade” — Geraldo Alckmin, candidato a vice-presidente do cara que comandava o partido de Fernando Haddad de dentro de um presídio.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]