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Humor

Frases da Semana: “Interessante esse boicote a empresas de judeus”

José Genoino, Frases da Semana
José Genoino: “Interessante esse boicote a empresas de judeus” (Foto: Modificado de Mario Agra / Câmara dos Deputados)

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“Quem sou eu para opinar? Não sou expert em política” – Anitta, cantora, tirando o corpo fora depois de ter feito campanha para Lula.

“Depois da cidade de São Paulo ser tomada pelos jesuítas, os religiosos fundaram o famoso Colégio de São Paulo” – Exame, revista, alegando que os jesuítas “tomaram” uma cidade inexistente até eles próprios a fundarem. O viés é evidente.

“O governo federal rompeu o pacto entre os Estados Unidos e os Estados. O presidente Biden se recusou a aplicar leis de imigração e até as violou” – Greg Abbott, governador do Texas, em nota oficial. Vem aí uma secessão?

“Todo mundo estava dizendo que meu novo gatinho, Leo, é bonito, então pensei em registrá-lo para ser modelo. Quando fui preencher o formulário, descobri que, junto com a cor, raça e idade dele, queriam saber seu ‘gênero’, incluindo se ele se identifica como ‘gênero neutro’ ou ‘não binário’” – James Esses, escritor britânico. Faltou perguntar se o gato votou no Brexit.

“‘Transa cada dia com uma?’: as dúvidas de uma família sobre seu novo trisal” – Universa, site progressista do UOL. Bom mesmo é quando tem um quadrisal: o quarto integrante é a enxada.

“Eu tenho certeza de que o Brasil só vai ter jeito na hora da prisão de Bolsonaro” – Nando Reis, cantor e compositor. Mentira, o Brasil só vai ter jeito quando o segundo sol chegar para realinhar as órbitas dos planetas.

“Não coloco coleira em ninguém. Liberdade de expressão, cara. As pessoas podem dizer o que quiserem, podem acreditar no que quiserem” – Dana White, presidente do UFC, em resposta a repórter que cobrou que ele censurasse lutadores por supostas declarações homofóbicas. Chegamos no momento em que profissionais do UFC entendem mais de liberdade que jornalistas.

“É mais atual do que nunca, para proteger o idioma contra o abuso dos estrangeirismos” – Aldo Rebelo, ex-ministro de Lula, hoje secretário de Relações Internacionais do município de São Paulo, defendendo um projeto de lei que ele propôs em 1999 que queria multar em até R$ 14 mil quem utilizasse estrangeirismos. Eu tenho uma palavra para descrever Aldo Rebelo, suposto ex-comunista: cringe.

“A transfóbica J. K. Rowling é confirmada como a produtora executiva da série de Harry Potter na HBO” – Séries Brasil, conta de redes sociais da rede Mynd8, aquela empresa do caso Jessica. A acusação “transfóbica” é mentira, já as acusações contra a Mynd8...

“O que me magoa é o analfabetismo em relação a isso. Fazer uma produção desse tamanho sem Lei Rouanet é impossível” – Claudia Raia, atriz que está arrecadando R$ 7 milhões para uma peça de teatro em que interpreta a pintora Tarsila do Amaral. Ela também disse “nunca fui PT, sou apartidária, uma humanista. Mas se você me perguntar em quem eu votei...” — o resto da frase você adivinha.

“Precisamos urgentemente de artistas novos que não sejam militantes” – Rick Bonadio, produtor musical que é ninguém menos que o “Creuzebeck” mencionado nas músicas dos Mamonas Assassinas. Cuidado Creuzebeck, este país não anda muito tolerante com quem diz verdades.

“Isso é completamente racista [da parte] da Daniela Lima. Questionar as origens raciais de alguém porque essa pessoa tem crenças que Lima rejeita é nojento e condescendente” – Glenn Greenwald, jornalista, respondendo à âncora da GloboNews, que disse que a deputada Silvia Waiãpi “diz ser indígena”. Detalhe: Lima estava na torcida para mais parlamentares serem alvo de busca e apreensão mandada por Alexandre de Moraes.

“São secretárias da notícia. Não sabem apurar além do WhatsApp. Aliás, nem apuram. São garotas de recado da elite política nacional. E anunciam os recados dos ministros-amigos aos berros, como se estivessem vendendo touro no canal do boi. Sequer olham pra câmera. Vivem com a cara colada no celular, sem nenhum respeito pelo espectador” – Rodrigo da Silva, jornalista, opinando sobre o trabalho de Daniela Lima e colegas.

“Auschwitz, uma cidade que alegadamente testemunhou genocídio no século XX” – Stop Zionist Hate, ONG antissionista com 125 mil seguidores no X, deixando cair a máscara do real significado de “antissionismo”, em publicação mais tarde apagada.

“Essa da ideia do boicote por motivos políticos a interesses econômicos é uma forma interessante. Inclusive, tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus”

José Genoino, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores. Resta saber se ele vai marcar as empresas de judeus com uma estrela vermelha ou com a estrela de Davi.

“A sapataria onde compro os tênis de meu filho é de um casal. Ocorre que ele é cristão e ela é judia. Devo boicotar totalmente, não devo boicotar ou passo a comprar um pé lá e outro em outra loja?” – Marcos Susskind, radialista residente em Israel e colaborador da Gazeta do Povo, em resposta a Genoino.

“Se o Estado palestino quer sua sobrevivência, tem que ter bomba nuclear” – Bruno Huberman, professor de relações internacionais da PUC-SP. Imagine como é a aula dele.

The Intercept antecipa que Domingos Brazão mandou matar Marielle. A pergunta então passou a ser: quem mandou o Domingos Brazão mandar matar Marielle?” – Hildegard Angel, jornalista. Ela acha que, se fizer perguntas recursivas suficientes, chegará a Bolsonaro.

“Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade” – Washington Quaquá, vice-presidente do PT, sobre a delação contra Domingos Brazão.

“Ninguém tirou mais proveito da morte da Marielle do que o PSOL” – Domingos Brazão, conselheiro vitalício do TCE-RJ e ex-deputado estadual pelo MDB, rebatendo a denúncia de Ronnie Lessa.

Cantinho do desgoverno: só entre se quiser passar raiva

“Brasil é pobre porque sempre foi governado por quem só pensava em si” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República. O comentário é do título do nosso colega Diógenes Feitosa: “diz Lula, em seu terceiro mandato”.

“Tudo o que aconteceu nesse país foi uma mancomunação entre alguns juízes desse país e alguns procuradores desse país subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras” – Lula, oferecendo um revisionismo histórico sobre a Lava Jato. Ele só não consegue explicar as confissões dos empresários e políticos e os bilhões recuperados pela operação.

“Quem governava era o Congresso Nacional” – Lula, criticando o governo Bolsonaro. Muito diferente de agora, quando quem governa é o STF.

“Ainda que a cada 100 reais em impostos que mandamos a Brasília, cerca de 10% retornem à nossa cidade, nós fazemos a nossa parte. O presidente deveria fazer a sua” – Fabrício Oliveira, prefeito de Balneário Camboriú, em resposta a Lula, que usou a cidade como suposto mau exemplo de gestão de praia, em comparação a Recife, por “fazer sombra dentro do mar”.

“O ministro [Silvio Almeida dos Direitos Humanos] vai conversar com o ministro do Itamaraty e, possivelmente, com o presidente Lula. Saí da reunião muito animado” – Benedito Mariano, fundador do PT e secretário de Segurança de Diadema, descrevendo tratativas no governo para propor uma candidatura do padre Júlio Lancellotti para o Nobel da Paz. Também poderiam propor o Nobel de Física para Lula.

“Dois fatos chamam atenção pela sincronia e articulação da grande mídia corporativa: discurso contra tentativa soberana do Brasil retomar controle de sua política de petróleo e gás, tentativa de blindar fracasso das privatizações” – Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto. Foi essa tal de grande mídia que obrigou a Petrobras a assinar um documento em 2018 no qual a empresa reconhecia a corrupção e aceitava pagar US$ 853 milhões para os americanos pararem de investigá-la?

“A extrema direita se apropriou dos avanços tecnológicos e das guerras culturais e nos impuseram derrotas políticas e eleitorais graças à aliança com os interesses econômicos das elites financeiras e agrárias e com os neopentecostais” – José Dirceu, petista condenado por corrupção e que tenta se reabilitar no espaço público. Ele esqueceu qual posição política extrema tem mania de se apropriar de coisas.

“A Democracia brasileira não irá mais suportar a ignóbil política de apaziguamento, cujo fracasso foi amplamente demonstrado na tentativa de acordo do então primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain com Adolf Hitler” – Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE, em seu blog, digo, em ordem de busca e apreensão contra o deputado Carlos Jordy. Nessa comparação torta, o único papel que sobra para Moraes é o de Winston Churchill. Se Moraes é Churchill, Tiririca é Shakespeare.

“Eu tenho me esforçado para mostrar para esse segmento da sociedade que o Supremo não é um problema, mas parte da solução” – Luís Roberto Barroso, presidente do STF, mandando recado aos apoiadores de Bolsonaro de um evento chique de Zurique, na Suíça. Realmente, eles não estão podendo reclamar.

“Essa foto me lembra 21 soldados do Estado terrorista [de Israel]” – Sayid Tenório, vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, demitido por deputado ano passado por zombar de uma vítima de estupro do Hamas, ao postar uma foto de ratos cozidos no Instagram comparando-os a soldados israelenses mortos. Ele reapareceu esta semana em reunião sobre “liberdade religiosa” no Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.

“Quando se cria subsídios, maior a demanda por subsídios” – Persio Arida, economista, criticando pacote de R$ 300 bilhões de Lula para a indústria. Ele apoiou Lula nas eleições de 2022.

“Vamos falar a verdade sobre Guido Mantega, um dos brasileiros mais injustiçados de nossa época” – Gleisi Hoffmann, presidente do PT, em longa publicação em que tenta reabilitar o ministro da Fazenda por trás do desastre Dilma, pior que a pandemia de Covid-19 para o Brasil. Ela está fazendo isso porque Lula quer colocar Mantega na Vale, usando licenças ambientais como reféns.

“O PT na cidade de Guarulhos está sendo menos democrático que o Partido Republicano nos Estados Unidos” – Elói Pietá, fundador do PT e ex-prefeito de Guarulhos, ao anunciar sua desfiliação. Se até ele diz...

“Como é possível que um governo como o de Lula, que fez da democracia o seu mantra eleitoral e inclusive quer dedicar a ela um museu com preço exorbitante de R$ 40 milhões, tenha ultrapassado mais de uma vez os limites da realpolitik para se aventurar em perigosas amizades com as ditaduras mais atrozes do mundo?” – Infobae, veículo de comunicação argentino. Nós estamos fazendo a mesma pergunta há anos, e em resposta fomos censurados pelo TSE.

Memória

“Quem ganha até 5 mil reais não vai mais pagar imposto de renda” – Lula, em promessa de campanha de outubro de 2022.

“Parabéns à Dilma pela vitória, teve 60,48% dos votos no nosso estado” – Domingos Brazão, em 31 de outubro de 2010.

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