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“Quando li, achei que são todas [as alternativas corretas]” – Caetano Veloso, músico e marido da Paulinha, comentando uma questão mal formulada do Enem que cita suas músicas. Fica a dica para o Ministério da Educação: em 2024, criem a alternativa “ou não”.
“Não tem um corrupto preso hoje no Brasil” – Sérgio Moro, senador, rebatendo críticas à Lava Jato. O tipo de frase que mereceria estar em outdoors espalhados por todo o país.
“É com grande emoção que eu agradeço, nesse meu recomeço, ter 30 mil pessoas me acompanhando” – Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, comemorando seu sucesso como influencer no Instagram. E por falar em corrupto solto...
“Gente, foi emocionante! Foi muito f*, só teve uma falha no som no início. Mas a gente tirou de letra, foi top” – Ludmilla, cantora, tentando justificar (e minimizar) o vexame que deu ao esquecer a letra do Hino Nacional no Grande Prêmio de Fórmula 1, em São Paulo. Maldita tecnologia!
“Escritor se assume como homem trans depois que sua esposa se assumiu como mulher trans – e o casal, que tem uma filha trans, agora vive relacionamento aberto a quatro com seus amantes trans” – notícia do jornal britânico Daily Mail.
“Se ele tem medo de levar um toque do médico, ele pergunte para sua mulher quantos toques ela leva na vida cada vez que vai no médico, e sai a mesma mulher que entrou” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, aconselhando o exame de próstata. Nessas horas a gente pensa: “E se o Bolsonaro tivesse dito isso? A confusão que não daria?”.
“Lula cometeu ao menos 40 gafes desde que assumiu o terceiro mandato” – Notícia do site Poder 360, ilustrada por um gráfico dividido em temas como “possível ofensa”, “erro de informação” e “política internacional”. Se eles acompanhassem as nossas “Frases da Semana”, saberiam que foram muito, mas muito mais que 40.
“Cactos me incomodam por representarem o mais delicioso dos homens revestido com o pior do patriarcado” – Martha Batalha, jornalista, escritora e colunista do jornal O Globo. Depois do conceito de “mãe de planta”, vem aí a “mulher de cacto”.
“O meme está derrotando a política” – Sidônio Palmeira, marqueteiro da última campanha de Lula, durante um curso online promovido pelo PT para seus militantes. Além de não ter senso de humor, a esquerda precisa combater quem tem.
“Se o Zé Gotinha precisar da espada da democracia, estamos aqui” – Flávio Dino, ministro da Justiça e da Segurança Pública, durante o lançamento do programa Saúde com Ciência, do Governo Federal, voltado para “a defesa da vacinação e o enfrentamento da desinformação em saúde”.
“Se for isso, nós temos direito por reciprocidade, porque em 1.500 eles invadiram o Brasil e nós estamos de acordo. Concordo até que repatriem todos os imigrantes que lá estão devolvendo junto o ouro de Ouro Preto e aí fica tudo certo, a gente fica quite” – Flávio Dino, de novo, desta vez comentando a xenofobia contra brasileiros em Portugal. Será que o Dino sabe que o roubo na Petrobras custou mais ao Brasil que o ouro levado por Portugal?
“Quem liberta criminosos da prisão para ter acesso ao poder está a um passo de colocar pessoas inocentes na prisão para manter esse mesmo poder” – Santiago Abascal, presidente do partido espanhol de direita Vox, sobre a anistia proposta pelo governo a separatistas catalães em troca de apoio para a permanência do socialista Pedro Sánchez no poder. Aposto que você leu e pensou em um certo país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.
“De repente, do riso fez-se o pranto. Acabou o Foro de Teresina, um dos podcasts de política mais amados pelos brasileiros, deixando um nó na garganta, desses de fim de histórias de amor. Para mim, o episódio de despedida do programa, na voz de Fernando de Barros e Silva, poderia ter ao fundo um desses deliciosos boleros de sabor almodovariano” – Wilson Gomes, professor da UFBA e colunista da Folha de S. Paulo, comentando o fim de um podcast que só a bolha esquerdista do Twitter ouviu.
“Troque cada refém por 100 estudantes americanos pró-Hamas. Bom para Israel, bom para os EUA, bom para o Hamas e EDUCATIVO PARA OS ESTUDANTES” – texto de um cartaz empunhado por um manifestante americano pró-Israel. Boa ideia!
“Nós ainda não sabemos o que aconteceu. Israel está inventando histórias” – Roger Waters, ex-integrante do grupo Pink Floyd e antissionista (para não dizer outra coisa...) convicto, em entrevista ao jornalista Glenn Greenwald, durante sua turnê pelo Brasil. Agora a gente entende por que os outros caras da banda nunca voltaram a se reunir com ele.
“Sim, há homofobia na Palestina. Mas não há nenhum caso documentado de apedrejamento de LGBTQ na Palestina” – Robert Sean Purdy, professor canadense do Departamento de História da USP. Ninguém é apedrejado, só empurrado do alto de prédios. Coisinha à toa.
“Israel, além de ser um Estado assassino, é um Estado covarde que diz que é direito de defesa. Direito de defesa não é matar, direito de defesa não é ser covarde, ser assassino como está sendo. (...) Estar aqui, hoje, é uma grande emoção e eu me sinto palestino”
Julio Lancelotti, padre católico que segue uma teologia pessoal para lá de estranha, durante um ato pró-Hamas realizado em São Paulo.
"Minha intenção foi a de dar a versão de Israel. Admito que não fui feliz, pois a muitos pareceu um endosso. Isso seria impossível, ninguém tem informações seguras sobre o que lá se passa. Os palestinos de Gaza vivem uma tragédia, com muitas perdas civis, que lamento profundamente. Peço desculpas por não ter deixado isso claro” – Jorge Pontual, correspondente da GloboNews em Nova York, em um post compartilhado pelo perfil oficial do canal e que marcava o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. Acho que alguém ficou com medo de perder o emprego por desagradar o governo.
“O Mossad atuou fornecendo informações de Inteligência à PF. Que bom que conseguiu ter, a milhares de quilômetros de Israel, a eficiência que não teve a poucos metros do Hamas. A culpa é dos terroristas. Mas se sabe bem de quem foi, para ser generoso, a incompetência em 7/10” – Reinaldo Azevedo, jornalista do UOL. Esse não precisa ter medo de perder o emprego por desagradar o governo, muito pelo contrário.