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“Uma pena que animais e plantas não tenham título de eleitor: estaríamos vivendo em outro mundo” — Giovana Madalosso, a escritora que confundiu o sobrenome de uma família do interior de Santa Catarina com uma saudação nazista. Ela deve ter achado essa frase aí tão incrível que postou no próprio Instagram, com uma foto dela mesma e o próprio nome embaixo da citação. O problema de boa parte dos escritores brasileiros contemporâneos é que eles acreditaram quando foram chamados de geniais.
“O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara” — Mário Esteves, prefeito vegano de Barra do Piraí (RJ). O que não falta no Brasil é prefeito. É preciso controlar essa população. É muito prefeito, cara.
“Como a maior parte da mídia passou de super-heróis da liberdade de expressão a supervilões da supressão da expressão?” — Elon Musk, proprietário do X, da Tesla, do SpaceX e do Starlink. A verdade é que parte da imprensa sempre foi a favor da liberdade de expressão de apenas um lado do espectro político. Agora que este lado está no poder, estão fazendo de tudo para calar o outro.
“Eu não acho que é uma coincidência que a ascensão dessa onda de comédias solitárias, na primeira pessoa, que é o que é um stand-up, coincida com a ascensão do fascismo no Brasil” — Pedro Cardoso, ator que ficou famoso pelo personagem Agostinho no seriado “A Grande Família”, associando comédia stand-up ao fascismo. Justo o stand-up, tipo de comédia praticamente criada por judeus nova-iorquinos nos anos 1940. Se conhecesse o básico da própria profissão, deveria se envergonhar de uma fala ignorante dessas.
“Amiga, ainda que vc não se perceba "magra", é meio cruel ficar postando foto no espelho se chamando de "baleia" ou coisa do tipo. Isso reforça gordofobia e não ajuda NENHUMA de nós. Ter um problema de saúde não te isenta de ser escrotinha, então vamos tomar cuidado, ok?” — Pabyle Flauzino, doutoranda em saúde coletiva e autodenominada “nutri desconstruída”. Ué, mas pra essa galera não importa como a pessoa se autoidentifica? Se a pessoa se acha gorda, quem é você pra dizer que não é?
“O fato de você se sentir mulher não quer dizer que você é. Daqui a pouco tem gente fazendo cocô na Paulista e falando que é cavalo” — Nany People, atriz e humorista.
“Homem, mesmo cortando a binga, não vai ser mulher. Mulher, tapando a cocota, se for possível, não será homem” — deputado Pastor Sargento Isidório, (Avante-BA), durante o debate sobre união homoafetiva na Câmara dos Deputados.
“Berlim tem protesto pelos direitos de pessoas que se identificam como cachorros” — manchete da CNN Brasil, sobre um encontro do grupo “Canine Beings” [Seres caninos] na Potsdamer Platz, em Berlim. Será que comem ração e dormem no canil?
“Lula 3 é bom de gogó, mas é ruim de serviço” — Ciro Nogueira, senador (PP-PI), resumindo os quase dez meses de governo Lula.
“Jair Renan foi filmado transando com outro homem várias vezes, diz jornalista” — manchete do site de esquerda Fórum. A intenção é clara: sem prova nenhuma, tentar insinuar algo que prejudique a reputação do filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesses casos, a esquerda se permite a homofobia e todos silenciam, inclusive os histéricos que veem preconceito em tudo.
“A aumento de preços sem justa causa é vedado pelo artigo 39, inciso X, do Código de Defesa do Consumidor. Se você encontrar aumentos abusivos, denuncie” — Campanha do Senado Federal. Está voltando a época dos fiscais do Sarney. Agora vai!
"Se você fosse uma pessoa famosa, quem gostaria de ser?" — pergunta de um seguidor para a influencer Virgínia Fonseca, que alegadamente tem mais de 40 milhões de seguidores nas redes sociais. Você conhece?
“Brasil rico viaja para Buenos Aires e desdenha colapso da Argentina” — Vinicius Torres Freire, colunista da Folha de S. Paulo. Mas os pobres não iam voltar a viajar de avião no governo Lula? Aliás, não foi uma colunista da Folha que vibrou com a eleição do peronista Alberto Fernández, responsável pela tragédia econômica da Argentina, dizendo como era “bom ter um presidente”?
“As observações feitas pela Alemanha são extremamente absurdas, infringem gravemente a dignidade política da China e são uma provocação política aberta” — Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, reclamando da ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, que chamou Xi Jinping de ditador. Ditador, não. Senhor Ditador.
“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima do embargo econômico ilegal. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de estados patrocinadores de terrorismo” — Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, durante a cúpula do G77, em Cuba. O homem que veio “devolver a democracia” ao Brasil não perde a chance de defender uma ditadura. Enquanto Lula fazia esse discurso hipócrita, a ditadura cubana descia a marreta na imprensa independente que não se curva ao governo.
“Em Havana, sob regime ditatorial, moradores destacam segurança e tranquilidade” — manchete do jornal Folha de S. Paulo. Que surpresa os moradores de Cuba, uma ditadura, terem medo de criticar o país, hein. E teve gente que achou que publicar isso seria uma boa ideia.
“Os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade. Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo” — Lula, em post no X. Verdade, Lula. Que tal vossa excelência distribuir sua fortuna de R$ 7,5 milhões de reais para os mais pobres?
“Chá revelação de Nikolas ocorreu em área de tortura na ditadura, hoje alugada para eventos de luxo” — manchete do jornal O Estado de S. Paulo, sobre o forte militar localizado em Vila Velha (ES), onde o deputado Nikolas Ferreira fez o chá revelação de seu filho, ao lado da esposa. A reportagem segue a mesma lógica de criticar alguém por andar de Fusca, carro cujo projeto de popularização na Alemanha foi encomendado por Hitler. É cada uma...
"Das acusações que ele vem recebendo, o que é possível dizer é que, sim, é uma produção católica." — trecho de reportagem do UOL sobre o filme ‘O Som da Liberdade’. Sim, chegamos no ponto em que um veículo de imprensa brasileiro afirma que algo é acusado de “ser católico”. Os jornalistas nem se preocupam mais em esconder seu viés anticristão.
“Lula gastar mais que Bolsonaro no cartão corporativo é natural, já que ele trabalha mais”
— Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, comentando a notícia de que Lula gastou mais no cartão corporativo que o ex-presidente Jair Bolsonaro. Sakamoto é professor de jornalismo na PUC-SP, embora ainda não exista a disciplina de “Passador de Pano” no currículo da universidade.
“Zelenski discursa e demonstra, sem querer, por que Lula está certo sobre a guerra” — Reinaldo Azevedo, jornalista, aparentemente querendo roubar o emprego do Sakamoto.
“Fui” — Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, quando questionado por um repórter sobre a onda de violência na Bahia. Que mania mais inconveniente de alguns repórteres de teimar em fazer perguntas difíceis para as autoridades, não é mesmo?
“Negar a relação entre liberalismo e escravidão está no mesmo nível do terraplanismo e das campanhas anti-vacina. A escravidão moderna, de cunho racial e atrelada ao empreendimento colonial é, em grande medida, uma invenção dos liberais” — Silvio Almeida, Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, falando que o liberalismo, que nasceu no século 18, é responsável pela escravidão moderna, que começou no século 16. Estamos bem de ministros.
“Estudantes da faculdade de letras da USP entram em greve” — manchete de vários jornais por aí. Estudante de letras da USP e político em greve dá na mesma: ninguém percebe.
Secos e molhados
“Zelensky vai a Ana Maria Braga pra ler carta de término a Lula” — “piadinha” da seção humorística da revista Piauí, ironizando o presidente da Ucrânia. Millôr Fernandes dizia que “imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.” Muita gente optou pelos secos e molhados.
Cantinho do PCO tendo razão
“O pessoal pode argumentar o que quiser, mas invadir prédio público não é golpe de Estado e nem terrorismo, a não ser que invada com uma força poderosa armada" —Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária. Toda semana é isso: a galera comunista do PCO entende mais de democracia que certos figurões do mundo jurídico. O Brasil tá virado mesmo.
Foto da Semana
"Lembrem-se dos ensinamentos do mestre Miaygi, em Karatê Kid: 'A vida pode te derrubar, mas você decide quando é hora de se levantar'" — Geraldo Alckmin, vice-presidente da República.