| Foto: Montagem sobre reprodução YouTube/Poder 360
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“Minha solidariedade à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Vi sua manifestação de que é vítima de lawfare e sabemos bem aqui no Brasil o quanto essa prática pode causar danos à democracia” – Lula, presidente eleito e descondenado por erros técnicos muito convenientes da Justiça, manifestando solidariedade à colega ideológica, presa por corrupção. Você sabia que algumas espécies de molusco são gregárias, andam em bando?

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“Não basta ser gigante pela própria natureza. É preciso ser gigante pela natureza das escolhas que fazemos, das decisões que tomamos, das políticas que desenhamos e dos compromissos que assumimos” – Marina Silva, (checando o que ela faz agora...) rebaixada a deputada federal, em frase que é o equivalente de sorvete de baunilha sem açúcar: completamente insípida.

“Errou o presidente Lula ao começar com cinco homens. Péssimo” – Míriam Leitão, jornalista, reclamando dos primeiros nomes para ministérios anunciados pelo Lula por causa de seu sexo. Mas ela é contra o sexismo, OK?

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“Não vão nos calar. O Brasil pede socorro. Lula não sobe a rampa” – Indígenas bolsonaristas Kayapó, em manifestação no aeroporto de Brasília. O Frases gostaria de ligar na cabeça dos petistas um cabo HDMI, só para ver a tela azul depois dessa.

“Eu vi muitos tweets preocupantes sobre a eleição recente no Brasil. Se esses tweets estão certos, é possível que os funcionários do Twitter deram preferência aos candidatos de esquerda” – Elon Musk, chefe do Twitter, Tesla, Neuralink e SpaceX. Só possível? Está mais para provável.

“A tática está para o meio assim como a estratégia está para o fim. Daí a tática do divisionismo e a estratégia do democraticídio” – Carlos Ayres Britto, ex-ministro do STF, “professor, escritor, jurista e poeta”. Está falando do quê, da tática do Tite na Copa? Essa está mais confusa que macumba antes da missa.

“Tantas palavras sobre teto de gastos, e nenhuma sobre teto de riqueza” – Carlos Ayres Britto, mais uma vez. Já tentaram o teto de riqueza: chama-se comunismo.

“A testosterona é uma toxina que você tem que eliminar lentamente do seu sistema” – James Cameron, diretor de Hollywood, responsável por filmes como Titanic e Avatar. Sabe o que mais é uma toxina? O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019), que ele produziu.

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“Como uma ‘praça pública’ mundial, este aplicativo [Twitter] deve ser pesadamente regulado contra desinformação e spam com interesses hostis. Se o Elon não consegue fazer isso com sua ‘empresa’, ela deve ser vista como serviço de utilidade pública sob supervisão do governo. Sem regulação, esse sistema será mais letal” – Mark Ruffalo, o Hulk da Marvel. É isso mesmo: Hulk não esmaga, Hulk pede para o governo esmagar.

“Vomitei de nojo de mim mesmo. Como é que pude ter escrito aqueles dois textos? Como pude ter sido tão leviano para ter destruído um cara que eu nunca conheci na vida? Como pude cometer um erro desses como jornalista e ser humano? Como pude linchar publicamente um pai e um profissional como eu fiz naqueles dois textos?” – Ricardo Feltrin, jornalista, sobre seu trabalho anterior cobrindo a disputa pública Dani Calabresa e cia. vs. Marcius Melhem. Desejamos que Feltrin consiga se perdoar. Fora isso, fica o alerta para os perigos do identitarismo.

“Os 18 artistas que se apresentarão na posse de Lula não receberão cachê e terão de arcar com as próprias despesas de locomoção, hospedagem e alimentação. Os partidos da coligação pagarão a locação dos equipamentos de som, iluminação e montagem dos palcos” – Joice Hasselmann, prestes a ser ex-deputada, quem-te-viu-quem-te-vê, se esquecendo de contar de onde vem o dinheiro dos partidos para pagar por isso tudo. Antes de alegar que a mamata acabou, certifique-se de que nenhuma teta está ocupada.

“Nós temos a tecnologia para clonar pessoas há décadas. Provavelmente existem centenas de clones ilegais andando por aí” – Monark, podcaster cancelado. Melhor mudar o fornecedor da erva, pois essa está estragada.

“Às pessoas que insistem em me procurar para fazer ‘alguma coisa’ para impedir Lula de tomar posse, peço que contatem ‘O Astronauta’, nosso Senador, pelos próximos oito anos” – Janaina Paschoal, articuladora do impeachment da Dilma e deputada estadual em São Paulo. Resta saber se ela está só chamando o astronauta ou mandando o assunto para o espaço.

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“Quando vocês me viam descabelado nas lives é porque eu estava assim mesmo. Eu sei que meu rosto causa estresse pós-traumático em muitos” – Atila Iamarino, biólogo, pesquisador e rei dos pandeminions. Como muita gente realmente teve a saúde mental deteriorada ao vê-lo dizer que três milhões morreriam ainda em 2020, a piada tem tão bom gosto quanto a piada do George W. Bush sobre armas de destruição em massa em 2005.

“Como diplomatas sabotaram Bolsonaro de dentro do Itamaraty” – Jamil Chade, colunista do UOL, em título antes da edição silenciosa.

“Como diplomatas tentaram, de dentro do Itamaraty, conter atos de Bolsonaro” – Jamil Chade, colunista do UOL, após a edição silenciosa.

“Alguma forma de Deep State [Estado profundo] não apenas é tolerável, é necessária em qualquer democracia liberal moderna que queira dar aos cidadãos os serviços básicos que eles exigem” – Francis Fukuyama, cientista político. Quem quer defender, portanto, o oficialato que sabota, digo, contém líderes eleitos, já tem a quem citar como fonte.

“Castillo é uma figura altamente reacionária, contra a legalização do aborto, contra o casamento de pessoas do mesmo gênero, contra o ensino de gênero nas escolas. Até aí temos uma fotocópia do presidente Jair Bolsonaro” – Ariel Palacios, jornalista. Que interessante, uma fotocópia do Bolsonaro que o PT chama de “companheiro” e que fez campanha com a promessa de distribuir igualmente os lucros das mineradoras e, no discurso de posse, pôs a culpa dos problemas do Peru no “colonialismo”. Viva a reconciliação de adversários!

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“Os analistas descreveram Castillo como sendo de esquerda agrária, populista e socialista” – Wikipédia, antes da edição de última hora após a tentativa de golpe.

“Os analistas descreveram Castillo como sendo conservador em aspectos sociais, de esquerda agrária, populista e socialista” – Wikipédia, depois da edição de última hora.

“Não importa o público, o tesão e o local. A prática do banheirão é regida por códigos muito comuns” – TAB, site do UOL, glorificando comportamento de risco e potencialmente criminoso de homens promíscuos que buscam sexo com outros homens em banheiros públicos, os famosos bacantes. Agora experimente comentar os principais modos de transmissão da varíola de macaco... é uma preocupação com a saúde que dá gosto de ver.

Copinha do Canto, digo, Cantinho da Copa

“Rapaz, parando pra pensar, percebi que nos jogos da Copa, depois do Brasil, sempre torço para os países que foram colonizados. E se o jogo for entre dois países colonizados, torço para o menos desenvolvido. Sim, eu misturo futebol com reparação histórica. Mais alguém é assim?” – Túlio Gadêlha, ex-namorado da Fátima Bernardes e (nessa ordem) deputado federal. Mais alguém é assim? Depende: mais alguém é chato e militudo?

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“Sessenta e dois milhões de brasileiros não têm café, almoço e janta. E os ídolos estão comendo bife com ouro. Desrespeitoso, além de ostentar, de ser Copa, além de qualquer coisa” – Walter Casagrande Jr., palpiteiro futebolístico e descomedor de estatísticas suspeitas. Se os jogadores da Seleção comerem farofa com diamante, não estamos nem aí. É a liberdade econômica, não choradeira sobre ouro no bife, o que tira as pessoas da pobreza.

“Todos os jogadores que se uniram para me atacar não se uniram para cobrar as vacinas, para incentivar a vacinação, nem contra o desmatamento” – Walter Casagrande Jr., depois da repercussão da frase anterior. Nunca vimos Casagrande se manifestar contra chutar gatinhos. Podemos presumir que ele gosta de fazer isso, então?

“A Coreia do Sul não assusta; apavora” – Juca Kfouri, jornalista esportivo, sobre aquele mesmo time que levou um chocolate (4x1) da Seleção Brasileira (antes da eliminação pela Croácia).

“Ainda não vi nenhum jogo da copa. Não tenho a menor ideia de quem está ganhando ou perdendo, nem sequer quem está jogando. E o bom é que isso não muda uma vírgula na minha vida” – Henry Bugalho, “filósofo” (palpiteiro). Nosso comentário seria em figurinhas que pedimos que você imagine ou procure: [emoji de mãozinha passando esmalte], [Pernalonga vestido de mulher colocando a mão no peito].

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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