"Essa história de Marina sumida primeiro é uma visão racista, preconceituosa, machista e autoritária" - Marina Silva, eterna ex-futura presidente do Brasil, sobre essa coisa chata de ela sumir e reaparecer de quatro em quatro anos, às vésperas da eleição. Se ao menos Marina fosse aparecida…
“Tenho consciência de que não sou uma pessoa” - Lu da Magalu, assistente virtual da rede de varejos, em entrevista à revista Exame. Já começou tropeçando, essa tal de inteligência artificial. E desde quando robô tem consciência de alguma coisa, dona Lu? (Perguntamos com todo respeito para não sermos acusados de robofóbicos).
“Temos de levar isso a sério, tão sério quanto você é, porque você foi obrigado a levar isso a sério” - Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, ou talvez tenha sido Dilma Rousseff e a equipe do Frases da Semana se enganou. A gente brinca, mas “temos que levar isso a sério, tão a sério quanto você é, porque você foi obrigado a levar isso a sério”. Ou não.
"Neguinho significa todo mundo. É uma coisa de que o Brasil pode se orgulhar" - Caetano Veloso, cantor, compositor, raio, estrela e luar. Será que as mesmas organizações que agora querem R$ 10 milhões de Nelson Piquet por “danos coletivos” entrarão na Justiça contra Caê? É melhor neguinho pegar o banquinho e esperar sentado.
“Acho que c***** nas calças” - Bruno Gagliasso, ator. Só porque pendurar uma melancia no pescoço dava mais trabalho e a gente sabe que petista não é muito chegado a um esforço.
“Mas é bom o povo se acostumar. Isso que vocês fizeram tem nome e não é piada. É homofobia. E é crime” - José Leôncio, personagem de Pantanal interpretado por Marcos Palmeira, inaugurando na teledramaturgia brasileira a figura do “brucutu woke”.
“Gente a maioria dos pretos rappers são veganos, só come palmito” - Majur, artista, se referindo às mulheres brancas que se relacionam com pretos como “palmito”. Mas racismo reverso não existe, viu, gente.
“Em vez de ‘ele é motorista’, use ‘elu é motorista’” - informativo do app 99. E se elu se atrasar, errar o caminho, cancelar a corrida ou dirigir feito um louco, lembre-se sempre de que dar a elu uma avaliação ruim é transfobia.
“Foi depois do que aconteceu com George Floyd que comecei a lutar com o fato de ter comprado o racismo sistêmico de maneiras que nunca soube” - Marta Kauffman, criadora do seriado “Friends”, sinalizando virtude da forma que os brancos cheios de culpa preferem: fazendo uma doação que aos pobres-diabos parece milionária, mas que não fará nem cócegas em sua renda.
“Atenção: ‘Ricardo III’ contém cenas de morte, violência e ameaça” - cartaz na entrada de uma produção da peça de Shakespeare. A geração floquinho de neve, que consome a violência superficial de Tarantino, é incapaz de suportar um mero pentâmetro iâmbico.
“Minha mensagem para as empresas que administram os postos e que determinam o preço na bomba é simples: estamos em tempo de guerra e o mundo está em risco. Baixe os preços na bomba de acordo com o preço de custo. E faça isso agora mesmo” - Joe Biden, presidente dos EUA. Basta traduzir isso para o espanhol que Biden tem grandes chances de se tornar presidente da Argentina. E, se calhar, até brasileiro.
“'Com Lula, clubes de tiro irão virar bibliotecas', diz Bolsonaro. A foto abaixo não é de um clube de tiro. É a fila da Bienal do Livro hoje em São Paulo. Mais de 1 milhão de ingressos foram vendidos. A gente quer mais livros e menos armas” - Renato Terra, cineasta, não se sabe se mais emocionado com Lula ou com esse argumentinho falso e sentimental que opõe armas e livros. Se ele pesquisasse a história da biblioteca de Stalin, talvez se surpreendesse com o fato de um dos maiores assassinos da história ser também um grande leitor.
“Peço desculpas a todos pelas minhas palavras. Fui muito mal na escolha de cada uma delas. Toda minha indignação por mim mesma. Um beijo a todos” - Glenda Kozlowski, apresentadora, depois de pedir que analisassem o contexto da entrevista em que Nelson Piquet se refere a Lewis Hamilton usando a palavra “neguinho”. Se ao menos Glenda tivesse assistindo à entrevista de Caetano Veloso (veja a frase que ilustra esta coletânea) antes…
“Eu tenho dito que a EC 72 (antes PEC das Domésticas) foi um dos principais marcos a levar uma classe média raivosa às ruas a partir de 2013. Ameaçar o sonho de sinhá e de sinhô, tentar romper um dos últimos bastiões de nosso regime escravocrata, foi tudo demais pra essa gente” - Wallace Corbo, professor da FGV. É sempre uma surpresa ver professores de instituições tão prestigiadas como a FGV falando bobagens tão grandes. Professor, use suas credenciais acadêmicas e nos apresente o estudo confirmando tudo isso aí.
“Luva de Pedreiro dizendo que assinou um contrato sem ler pq não sabe ler. Nem ele, nem a família. Alfabetização é importante. Alfabetização de jovens e adultos principalmente, e não teve como não lembrar de Paulo Freire nesse momento. Ódio de quem se aproveita disso - Tati Nefertari, pedagoga, esquecendo que é justamente a Paulo Freirização da educação brasileira a responsável por casos como este.
“Mas, sim, o constrangimento preconceituoso de ‘gostosofobia’. Talvez, se fosse um homem, a conduta teria sido mais respeitosa e gentil. Me senti diminuída e inferiorizada com todos os olhos virados para mim” - Andréa Sunshine, conhecida como Vovó Fitness. Gostosofobia - que conceito!
“Discussões sobre tudo que se entende excesso de "direitos" para a magistratura. Zero debate sobre a carga de trabalho e seus impactos na saúde física e mental de todos (juízes e servidores)”. - Marcela Lobo, juíza. Uma pena a magistrada não ter divulgado seu Pix. É tanto sofrimento físico e mental, tanta “falta” de direitos para os juízes, que dá até vontade de fazer uma contribuiçãozinha para esses seres que, além de iluminados, são abnegados.
“O que o amor uniu o domicílio eleitoral não separa” - Rosângela Moro, mulher do Moro e pré-candidata a deputada federal por… São Paulo. É a nova política usando os meios da velha política para se eleger. Uma pena.
“Eu ‘amo’ chás de revelação, um evento altamente misógino e sexista”. - Daiane Oliveira, jornalista. Você aí, que faz festa para revelar o sexo do filho, fique sabendo que a Dona Daiane te acha misógino e sexista.
“Muito estranho colocar o Manoel Soares e Valéria Almeida (ambos pretos) como auxiliares da Patrícia Poeta e Michelle Loreto no #encontro . Não pega bem essa imagem em 2022. Não sei como quem cria o programa não percebe o óbvio. Seria melhor só chamar a Valéria, ou só a Michelle." - Fernando Borges, jornalista. Para Borges, nada melhor para combater o racismo do que tirar o emprego de dois negros. Parafraseando o próprio sujeito, não sei como quem escreve uma bobagem dessas não percebe o óbvio.
“‘Baby you’re a firework’ é ótima, mas as mulheres nos EUA têm menos direitos do que uma simples bombinha" - Katy Perry, cantora e dublê de trocadilhista. Até o “ameixa/ ame-as/ ou deixe-as” consegue ser melhor do que isso. (Mas não muito)
“O 4 de julho foi cancelado devido à falta de liberdade” - Bette Midler, atriz, lamentando a falta de liberdade para matar bebês após a decisão da Suprema Corte americana que reverteu Roe v. Wade.
“Resumo da ópera: não vai dar em nada. Átila Iamarino (por meio de terceiros), agradeceu a disposição, mas recusou qualquer consultoria vinda da nossa comunidade. Nenhum posicionamento, nenhuma edição e, no canal dele, todos os vídeos transfóbicos vão continuar lá, sem nenhuma nota de rodapé - Monalícia Kenobi, bióloga. Coitado do Átila. Passou a pandemia criando corvos e agora eles lhe sacarão os olhos. Pelo menos ele está imunizado com umas quarenta doses da vacina para Covid.
“Amanhã o Parlamento Europeu decidirá se o gás natural e a energia nuclear serão consideradas “sustentáveis”, de acordo com a nova taxonomia da União Europeia. Mas nenhum lobby ou “ecologização” jamais tornarão essas fontes de energia “verdes”. Precisamos desesperadamente de fontes renováveis de energia, não de soluções falsas” - Greta Thunberg, ativista e adolescente revoltadinha, sobre as medidas que a União Europeia está tendo que adotar ao se confrontar com a realidade da escassez de energia no continente. Instrumentalizada, tadinha, a menina acha que para “consertar” o mundo basta se apegar aos melhores termos.
“Conforme adiantei, começo hoje a celebração do Orgulho Hétero. O farei confirmando o meu estereótipo de macho tóxico - fazendo basicamente o que faço sempre. Hoje, beberei whisky e praticarei coito hétero. Amanhã, Jiu-Jitsu, bacon e mais coito. Domingo, igreja e futebol. Bom fds!” - Paulo Figueiredo Filho, comentarista. Quanto esforço para mostrar que é hétero, não?
“Beliscador por nome, beliscador por natureza”. — Boris Johnson, agora ex-premiê britânico, sobre Chris Pincher (e Pincher é, numa tradução literal, "beliscador"), que ele colocou em cargo de liderança do governo, mesmo sabendo que Chris era o mão-boba da Câmara dos Comuns. Perguntado sobre a veracidade da frase, um porta-voz não disse nem que sim nem que não, muito pelo contrário.
#Memória#"
"Ao assinar a Declaração da Independência [em 4 de julho de 1776], os 56 americanos ofereceram suas vidas, suas fortunas e sua honra sagrada. Não foi uma oferta vazia: nove signatários morreram feridos durante a Guerra Revolucionária, cinco foram capturados ou presos. Esposas e filhos foram mortos, presos, maltratados ou levados à bancarrota. As casas de 12 signatários foram incendiadas, 17 deles perderam tudo o que tinham. Nenhum signatário se arrependeu — sua honra, como a sua nação, permaneceu intacta." — Monumento na casa histórica de Berkeley Plantation, Virgínia. Isso sim é uma nota de repúdio de respeito.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano