“A Justiça é cega, mas não é tola” – Alexandre de Moraes, ministro do STF.
“Wadih [Damous] é da área do jurídico, pode ter criticado posições de ministros do STF, o que é normal numa democracia” – Gleisi Hoffmann, presidente do PT, sobre o atual secretário nacional do consumidor, que disse em 2018 que ‘tem que fechar o Supremo Tribunal Federal’. Imagine se a frase do Damous estivesse na boca de um político de direita. Talvez a Justiça não seja como Alexandre de Moraes definiu na frase acima.
“Hoje levei mais uma punhalada, mas quem foi ferido não fui eu, foi a democracia” – Jair Bolsonaro, ex-presidente, sobre decisão do TSE que o tornou inelegível. Os defensores da democracia são como amantes de pássaros que os mantêm em gaiolas.
“O Brasil está dando o exemplo para a democracia americana” – Ian Bremmer, cientista político. Calma, Bremmer. Primeiro algum juiz da Suprema Corte tem que abrir um inquérito ilegal em que ele faz o que bem quiser, emite decretos-leis, atuando como vítima, investigador, juiz e carrasco.
“Sextou! Bolsonaro está inelegível, e o Brasil ganhou mais uma vez” – Partido dos Trabalhadores, comemorando a decisão do TSE, incluindo um meme com foto do Alexandre de Moraes sorrindo.
“A indicação do ministro da Justiça do governo golpista, Alexandre de Moraes, para a vaga no STF (...) é um profundo desrespeito à consciência jurídica do país e ao espírito republicano” – o mesmo Partido dos Trabalhadores, em nota publicada em fevereiro de 2017.
“Uma juíza, a ministra Cármen Lúcia, deu o voto decisivo, um juiz negro, o ministro Benedito Gonçalves, fez o relatório que condenou Jair Bolsonaro à suspensão dos direitos políticos. A democracia se fortalece também com seus símbolos e significados. Mulheres e negros foram particularmente assediados pelo ex-presidente” – Míriam Leitão, jornalista. Que obsessão com características superficiais das pessoas...
“Comparar a audiência da live do Bolsonaro com a do Lula, não cabe. São coisas diferentes. Não é correto comparar” – Leonardo Sakamoto, jornalista. Por que não é correto? Porque ele não quer.
“Quando a gente não gosta de política, nasce uma titica igual ao Bolsonaro” – Lula. O que acontece quando a gente não gosta de empreiteira?
“A pessoa me ligou às três horas da manhã para me contar que tinha morrido um companheiro. E agora? Eu não tenho o que fazer. Eu não preciso de notícias que não têm nada a ver comigo” – Lula, mostrando toda a sua compaixão. E quem leva fama de monstro é aquele outro político.
“O presidente Lula tem o diploma de realidade, que falta a tantos políticos”
– Tabata Amaral, deputada federal, respondendo à crítica do Carlos Alberto de Nóbrega a Lula, pela falta de diploma. A deputada parece especialmente intolerante a tudo o que saia da boca de humorista, já que levou um a ser demitido. Voltou de Harvard com diploma de mau humor.
“Cada um tem a sua interpretação de democracia” – Simone Tebet, ministra do Planejamento e suposta ‘terceira via’ nas últimas eleições, comentando o relativismo do presidente Lula sobre democracia na Venezuela.
“Tenho a impressão de que alguns deles estão experimentando na rua os videogames que os intoxicaram” – Emmanuel Macron, presidente da França, culpando o Playstation pelo quebra-quebra nas ruas francesas. Pena que a pesquisa científica mostra que apostar nessa explicação dá em Game Over.
“A sincronicidade não é acaso. É sinal que o livro do mundo está escrito em linguagem cifrada” – Marcia Tiburi, filósofa ex-exilada, sobre o retorno ao Brasil junto com Jean Wyllys. O corpo está no Brasil, mas a mente continua no mundo da Lua.
“Sabe uma franquia que poderia substituir Indiana Jones? Um grupo de cientistas mulheres brasileiras (arqueólogas e paleontólogas) planejando e invadindo museus e mansões pela Europa para recuperar artefatos arqueológicos e paleontológicos para museus brasileiros” – Tassio Denker, roteirista “ex-verificado” do canal Meteoro Brasil. O filme vai se chamar Índia Ana Janones: A Paleolacração. O Museu Nacional receberá os artefatos calorosamente.
“Brasileiro ainda come mais carne bovina do que deve” – CNN Brasil, julgando você por comer churrasco. É isso o que acontece quando o jornalismo precisa encher linguiça?
“Morreu, quase consensualmente, o maior artista do teatro brasileiro de todos os templos, pelo menos nos últimos três séculos” – Folha de S. Paulo, sobre o falecimento do dramaturgo José Celso Martinez Corrêa.
Cantinho futebolístico
“Estamos focados em dar visibilidade, vamos ver se a gente consegue fazer ponto facultativo, igual nos jogos masculinos” – Ana Moser, ministra do Esporte, sobre a Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino este mês. Se for para tirar folga para ver perna de pau, eu particularmente prefiro Piratas do Caribe.
“Se o Corinthians colocasse nossas meninas para jogar no time principal [masculino], a gente poderia estar numa situação melhor no Campeonato Brasileiro. O Corinthians está no fundo do poço” – Lula, fazendo demagogia aproveitando a má fase do Timão.
“Já faz dez anos que houve a Copa do Mundo e, em nenhum estádio, foi provado que teve corrupção” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente. O Tribunal de Contas do Rio denunciou R$ 211 milhões de superfaturamento só no Maracanã. O Brasil voltou... a mentir.
“Dinizismo é uma palavra feia, gente. Dinizismo vem lá do nazismo” – Walter Casagrande Jr., comentarista esportivo e nota zero em História.
Memória
“Hoje em Recife vi a comprovação científica de que as urnas eletrônicas são extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes” – Flávio Dino, ministro da Justiça, em 8 de novembro de 2013. Mais uma vez: não importa o que é dito, e sim quem diz.
“A trágica situação da Saúde no Brasil. Mais de um milhão e duzentos mil casos de dengue registrados no país só neste ano. Os registros da doença subiram mais de seis vezes no governo Bolsonaro. Mais de 400 pessoas já morreram. Até quando?” – Randolfe Rodrigues, senador, em julho de 2019. Agora que o Ministério da Saúde ignorou uma vacina importada contra dengue e preferiu esperar até 2024 por uma vacina nacional, ele não disse nada.
Cantinho do Threads, nova rede social do Zuckerberg
“O conteúdo neste fio lembra outros que foram denunciados” – Threads, impedindo a usuária ‘notsofiacoppola’ de postar um comentário jocoso perguntando se pode publicar foto de seio. A intolerância às glândulas mamárias é mais uma prova de que Mark Zuckerberg é um reptiliano.
“Tem certeza de que você quer seguir Donald Trump Jr.? Esta conta postou repetidamente informações falsas que foram corrigidas por checadores de fatos independentes ou foram contra os nossos Padrões da Comunidade” – Threads, deixando bem claro como vai receber a direita.
“Sigam-me no Threads” – Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. Esse foi bem recebido.