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Lula: “Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou capuz. Porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador”
Lula: “Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou capuz. Porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador”| Foto: Reprodução/ Facebook/ Phrase.It

“Não há nada, nada, absolutamente nada de secreto na Justiça Eleitoral” – Alexandre de Moraes, iluministro do STF, respondendo as acusações de que seu novo Núcleo de Inteligência contra a Violência (e o baixo astral?) no TSE seria uma espécie de serviço secreto. Nessa somos obrigados a concordar com Alexandre de Moraes: toda a arbitrariedade cometida pelo Judiciário é às claras. Só não vê quem não quer. 

“Até aqui, o que aconteceu com ele foi que ele se suicidou, nada mais foi comprovado. Espero que o promotor Luciani não faça algo assim” - Alberto Fernández, presidente da Argentina, evocando a trágica morte do promotor Alberto Nisman para intimidar o também promotor Diego Luciani, que pediu 12 anos de prisão para a ex-presidente argentina Cristina Kirchner. Fernández e Kirchner, esses líderes tão delicados e preocupados com a vida de seus adversários, são amigões de Lula. Só dizendo...  

“Vocês não sabem como é bom a gente ganhar um salário e no final de semana pegar a família da gente e levar num restaurante para comer. O prazer de uma mãe sair com seu marido e com os filhos e saber que ela não tem que lavar a louça” – Lula, candidato e encantador de progressistas, sem saber direito como lidar com essa coisa nova chamada “identitarismo”. Por isso é que os petistas adoraram quando Lula disse que largaria o microfone “para poupar a voz”. Pena (para os petistas) que a vaidade do ex-presidiário fale mais alto. 

“Eles entraram com uma ação no TSE para proibir a gente de dizer: Lula subiu a gasolina caiu. Então, não vamos mais repetir que Lula subiu a gasolina caiu, tá?” – Humberto Costa, senador e valoroso soldadinho do STF no combate às fake news, reafirmando a mentira que supostamente seria benéfica a seu candidato. Para essa fake news aí, por sinal, Alexandre de Moraes convenientemente fez ouvidos moucos. 

“Gente trabalhando com cogumelos, plantas, formiguinhas, outro criando um tanque de fermentação, uma mulher trans que produz leite...” – Marcello Dantas, curador geral da Bienal do Mercosul, sobre as atrações artísticas de natureza biológica do evento em Porto Alegre. Você não pode deixar de perder. O tema este ano é “sonhos, traumas e fugas”. Se aplica bem. 

“Bolsonaro agora passa Lula em SP, mostra a Quaest. Está acontecendo. E muita gente está de braços cruzados” – Guilherme Amado, jornalista em que Alexandre de Moraes & Randolfe Rodrigues se basearam para promoverem uma operação de busca e apreensão contra empresários golpistas. Está acontecendo: as máscaras estão caindo. 

“A mulher do Bolsonaro tem o que comer e, por isso, propõe o jejum. Contudo, há violência simbólica nessa fala, considerando que 61 milhões de pessoas no Brasil estão em insegurança alimentar” – Marcia Tiburi, filósofa com cem mil aspas, ignorando ou fingindo desconhecer a tradição religiosa do jejum, que nada tem a ver com Holodomor ou a Grande Fome da China – estes, sim, dois eventos históricos que mataram dezenas de milhões de pessoas.  

“Justiça no Paraná faz busca e apreensão de materiais irregulares de campanha de Sérgio Moro (...). Que moral essa gente tem? Nunca conseguem cumprir a lei!” – Gleisi Hoffmann, presidente do PT. A irregularidade, neste caso, era o tamanho da letra do santinho (!), e não dinheiro em malas ou propina de empreiteira. 

“Se as previsões atuais estiverem corretas, o presidente Jair Bolsonaro será derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva. (...) [O Brasil] se juntará a outros países latino-americanos onde há uma esperança renovada pela mudança social progressista.” – The Lancet, revista médica, em editorial elogioso a Gustavo Petro e Gabriel Boric. Uma revista médica. Revista. Médica. Mé-di-ca! 

“Se sentir usada é uma b****” – Anitta, funkeira e influencer política, acredita? A mensagem deixou muita gente intrigada. Podem ser dores do coração, claro, mas também pode ter a ver com certa estrela vermelha que a funkeira andou exibindo recentemente numa parte do corpo que não convém citar a esta hora. 

“Romantizar essa gente é romantizar crimes contra a humanidade. Não existe monarca do bem” - Cecíllia Oliveira, jornalista, sobre a morte da rainha Elizabeth II. Levar a sério essa gente que se refere a uma personalidade morta como “essa gente” é levar a sério a insanidade que, desde as guilhotinas da Revolução Francesa, matou milhões de pessoas. 

CANTINHO DO SETE DE SETEMBRO

“Notem que tem candidato que não faz comício. E não é que não faz porque não quer, é porque não junta gente” – Lula, você-sabe-o-que-ele-é, um dia antes da comemoração do Bicentenário da Independência. Lula, como se sabe, é o candidato que mais sai à rua e qualquer discursinho dele reúne 50 trilhões de pessoas.

“Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou capuz. Porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador”

- Lula, ex-presidiário, insultando todos que saíram às ruas no 7 de setembro. E escancarando a hipocrisia de alguém que prega união, mas sempre se beneficiou do discurso do "nós contra eles".

“Nunca entendi por que os militares desfilam no 7 de setembro. Primeiro, a independência do Brasil é fruto de um processo político, não de uma guerra. Depois, não me parece que sejam representantes da liberdade neste país. Longe disso” – Adriana Carranca, jornalista, carrancuda com as ruas cheias de verde e amarelo pela efeméride. E não adianta fazer carranca. A verdade é que são os militares que mantêm a liberdade em todos os países que podem se dar ao luxo de se dizerem livres. 

“Bolsonaro conseguiu transformar o 7 de setembro - e no bicentenário! - em um dia de ódio” – Marco Antonio Villa, historiador e comentarista, confundindo a tela do celular com um espelho. 

“E no dia da independência do Brasil... pedem a volta da monarquia. O Brasil não é pra iniciantes mesmo...” – Jornalistas Livres, livres do dever de dizer a verdade, confundindo Independência com Proclamação da República. Detalhe: eles não foram os únicos. Leia a frase abaixo:

“Na bandeira brasileira está escrito ‘independência ou morte’, e não ‘impotência é morte’.” - Basilia Rodrigues, jornalista. O esforço de criar um trocadilho super maxi plus ultra para uma frase de efeito que a colocaria entre os grandes deu nisso.

“A nossa bandeira pode ser usada pra isso? Esse é o patriotismo? Usar o símbolo nacional para uma mensagem ideológica que não abarca a totalidade do povo brasileiro?” – Vera Magalhães, jornalista (mais uma!), sobre uma bandeira empunhada pelo empresário Luciano Hang com as frases “Brasil sem aborto” e “Brasil sem drogas”. Respondendo: pode, é e sim. Até porque "mensagem ideológica" unânime só existe na Coreia do Norte.

“Imbrochável ou imbroxável? Entenda o significado da fala de Bolsonaro” - UOL Educação, cumprindo o dever cívico de ensinar a grafia correta da gíria que designa a disfunção erétil. 

“Pedro II era um liberal progressista, hoje defenderia a legalização de drogas” - Pedro Doria, jornalista (não acredito!), imaginando ursos alados, dragões cor-de-rosa e um imperador assim meio rastafari, manja?

CANTINHO DA CONSTITUIÇÃO REJEITADA

“Contagem eletrizante de votos no Chile, pela nova Constituição. A de Pinochet será ENTERRADA, e os chilenos decidem hoje se o texto da Constituinte passará a valer, ou será preciso fazer uma diferente.” – Mônica Bergamo, jornalista, errando feio a previsão do resultado do plebiscito chileno. Essa é a mesma Mônica que, na semana passada, garantiu a confiabilidade do Datafolha.

“Fizeram uma constituição completamente mistificadora, cheia de peculiaridades identitárias, uma série de baboseiras desse esquerdismo que vem dos Estados Unidos” – Ciro Gomes, presidenciável, provando mais uma vez que até relógio parado acerta a hora duas vezes ao dia.

“Faltou uma liderança firme, clara e crível, com apoio popular, para assumir a liderança do texto constitucional. No final, a Constituição da ditadura de (Augusto) Pinochet permaneceu em vigor” – Nicolás Maduro, ditador da Venezuela e inegavelmente uma liderança firme, ainda que nem clara e muito menos crível. Ditador esquerdista recomendando ditadura esquerdista a um presidente esquerdista até aqui democrata. Ah, América Latina...

“Tolkien está se revirando no túmulo” – Elon Musk, bilionário e crítico de cinema bissexto, sobre a nova série da Amazon levemente baseada em "O Senhor dos Anéis". Não se deixe enganar: Musk não é bilionário à toa e percebeu nos conservadores um grande e inexplorado nicho de mercado.

MEMÓRIA

“Lula comemorou a senadora Marta Suplicy ter sido chamada de p*** pelos manifestantes. Para ela aprender, disse” – Vera Magalhães, jornalista, em outros tempos e outra vida, quando ainda não tinha sido infectada pelo vírus do antibolsonarismo cego. Mas parece que a Pfizer já está até desenvolvendo uma vacina experimental, sabia?

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