Senador Renan Calheiros participa das definições atualizadas de democracia.| Foto: EFE/Joédson Alves/Phrase.it
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“Fomos convocados por uma pessoa ligada à primeira-dama, Janja. O tempo já melhorou em Brasília. Na hora da posse, o céu pode até ficar nublado. Mas não vai chover” – Osmar Santos, porta-voz da Fundação Cacique Cobra Coral, que recebe dinheiro público com uma frequência assustadora no Brasil prometendo controlar o tempo através de uma médium que “incorpora” o cacique morto. Se controla o clima também, já temos solução para o aquecimento global. É muita ciência!

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“São imagens para a história. Até as nuvens de Brasília parecem ter ficado mais bonitas hoje” – William Bonner, âncora de telejornal, sobre o dia da posse de Lula. O amor é lindo: começa com “o senhor não deve nada à Justiça”, termina em observações românticas sobre as nuvens de Brasília. Agradeça ao Cacique Cobra Coral.

“Dilapidaram as estatais” – Luiz Inácio Lula da Silva, descondenado e represidenciado. Nos governos Lula I e II, o lucro máximo das estatais em um ano foi de R$65 bilhões. Sob Dilma, tiveram prejuízo de R$32 bilhões em 2015. Sob Bolsonaro, em 2021, o lucro das estatais foi de R$188 bilhões. A mentira vem naturalmente para Lula: são muitos anos de prática.

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“Nos nossos governos, nunca houve nem haverá gastança alguma. Sempre investimos, e voltaremos a investir, em nosso bem mais precioso: o povo brasileiro” – Lula, presidente. Pela ressignificação de gasto do dinheiro tomado à força dos outros como “investimento”, fica tudo fácil. Fibra na dieta é um carboidrato. Açúcar é carboidrato. Logo, podemos comer brigadeiro e chamar de salada.

“Posse com gosto da retomada da democracia”

Renan Calheiros, senador e epidemiologista nas horas vagas. Caciques políticos com ficha questionável chamam status quo de democracia, e oposição de ditadura. É a era do vandalismo semântico.

“Derrotaremos o Brasil para construir o socialismo” – Grupo de apoiadores do Lula, na posse, com bandeiras comunistas. Pelo menos alguém é sincero sobre o que realmente quer e não fica chamando de “retomada da democracia”.

“Postos de gasolinas [sic] aumentaram um real no Brasil inteiro. Provocação. O governo tem que reagir imediatamente” – Emir Sader, sociólogo petista, demonstrando mais uma vez que sociólogos petistas têm uma noção pré-científica, pré-filosófica e pré-lógica de economia.

“‘O mercado vê com bons olhos…’ O mercado são umas 60 famílias brancas-herdeiras, bem cafonas, ignorantes e cruéis. Quem se incomoda com o combate contra a fome não merece essa reverberação toda. Ouçamos a população. O tal do mercado tá de barriga cheia por séculos” – Camilo Pinheiro Machado, jornalista, mostrando a mescla malcheirosa de identitarismo e terraplanismo econômico que virou o cérebro de muitos. Imagine achar que “a população” não está inclusa em “mercado”.

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“Senti que Deus estava me guiando para essa nova verdade sobre mim” – Bingo Allison, padre queer da Igreja Anglicana. Desculpe, não é padre, é madre. Desculpe, não é madre nem padre, é... fradre? Esta pessoa diz que se descobriu queer ao ler Gênesis 1:27, que diz que Deus criou homem e mulher. Allison disse que leu “masculinidade e feminilidade”. Então se tornou queer por causa de uma tradução moderninha da Bíblia?

“Tenho um enorme respeito pela Greta Thunberg como uma ativista das mudanças climáticas. Mas o tweet dela sobre ‘pênis pequeno’ é homofóbico. E também é contra a comunidade LGBTQ, além de algo que vem do patriarcado” – Shyam Meera Singh, jornalista. Ele deve ser divertido em festas...

“Gay de direita parece contrassenso” – José de Abreu, sobre o governador Eduardo Leite e seu primeiro-cavalheiro. O nome dos campos de trabalhos forçados para gays em Cuba não era “contrassenso”, Zé, era “UMAP”.

“Se você me dissesse que eu literalmente teria que comer cocô todo dia para parecer mais jovem, eu comeria” – Kim Kardashian, celebridade vazia e pioneira da geração Instagram. A grande novidade nisso é que o item ainda não fazia parte da dieta.

“Éramos o posto Ipiranga, agora somos uma rede de postos” – Fernando Haddad, ex-poste e recém-empossado Ministro da Fazenda. Tem Lava Jato nessa rede de postos?

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“Os operadores de mercado parecem tomados da mesma cegueira de quem está na frente dos quarteis. Só isso explica se desesperarem com qualquer discurso e não ligarem para medidas de última hora de Bolsonaro que deixaram rombos extras no casco do navio fiscal” – Vera Magalhães, jornalista, mais uma a adotar o terraplanismo econômico de quem acha que o mercado se resume à Faria Lima.

“Beijo cheio de tesão de Lula e Janja é tapa na cara dos inimigos da alegria” – Bruna Maia, colunista, comentando uma foto em que Lula e Janja se beijam de boca aberta e língua de fora. É um tapa no estômago, também.

“Está em Pedrinho a imagem do macho dominante, aquele que é celebrado, reverenciado e amado pelos outros machos da turma.” – Milly Lacombe, comentarista esportiva e colunista do UOL, criticando a escolha de Pedrinho como melhor comentarista esportivo do Brasil numa eleição feita pelo próprio UOL.

“Expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L” – trecho de mandado de prisão plantado por um hacker no site do CNJ.

“E difícil trazer mulheres pretas a Brasília” – Simone Tebet, Ministra do Planejamento e adepta da lacração. Comece dando o exemplo e abra mão do ministério para ser substituída por uma.

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“É falso que Lula decretou troca de nome de coxão duro para picanha” – UOL Confere, agência de checagem. Perdemos muitas colunas de humor, mas pelo menos ganhamos as agências de checagem.

“O que a gente percebe é a falta de cuidado, de manutenção... os pés dos móveis, que são de latão, não estão polidos. Os móveis não são os originais. A gente vai tentar recuperar isso” – Janja, primeira-dama, sobre o suposto estado deplorável do Palácio da Alvorada. Quanta exigência para alguém casada com um sujeito que não faz muito tempo morava em uma cela na Polícia Federal de Curitiba.