“Bill Gates: ex-presidente dos Estados Unidos” – conta do Partido dos Trabalhadores no Senado, no X. Os caras não acertam uma.
“‘Um cara branco’? Quem é um ‘cara branco’ aqui? Eu? Não sou branco nem cara” – Pedro Cardoso, ator de esquerda, tentando se defender de seus colegas de ideologia depois de dizer que a compositora e cantora Tracy Chapman é melhor que Beyoncé.
“A inflação deste ano é uma boa notícia” – Míriam Leitão, jornalista. O que é boa notícia ou má notícia depende de quem está ocupando o Palácio do Planalto.
“2023 foi ruim, mas foi bom. Exemplo: os desacertos verbais de Luiz Inácio da Silva foram deglutíveis face às vulgaridades do antecessor” – Dora Kramer, jornalista. Peguem a lista que contém escorregada na banana, pisar no tomate, gafe etc. e acrescentem ‘desacertos verbais deglutíveis’.
“Junto a seus inegáveis méritos, esses inquéritos também geraram pontos menos louváveis” – editorial do Estadão, cheio de eufemismo. Faltou apontar que méritos têm os “inquéritos” do Alexandre de Moraes. O mérito de dar poderes para ele não previstos pela Constituição?
“A internet não perdoa” – Guga Noblat, comentarista, postando um meme que iguala ‘liberal’ a ‘fascista’. Disse Benito Mussolini: “O fascismo é definitiva e absolutamente oposto às doutrinas do liberalismo, tanto na esfera política quanto na econômica.” Mas quem se importa com fatos?
“Venho a público dizer que a notícia veiculada nas minhas redes sociais no dia 20 de dezembro de 2022, com o título ‘Melhem assediava até mesmo a professora de inglês. Entenda!’, não é verdadeira” – Leo Dias, jornalista de fofoca. São tempos difíceis para a futrica.
“Lula é muito ligado às minorias e não se pode fazer humor com minorias” – José Simão, comunicador e humorista que fez 80 anos dia 31. Sabemos bem disso, como se pode ver naquele vídeo em que Lula comenta sobre qual produto Pelotas exporta. Buemba, buemba!
“Decidi que meu Twitter não vai ter mais comentários abertos” – Felipe Neto, youtuber. Como diz aquela música do Milton Nascimento, o youtuber tem que fugir de onde o povo está.
“Imagina se não tivesse tido o golpe burguês f. d. p. da mídia/Lava Jato/Temer/Judiciário etc., imagina, estaríamos como uma das maiores economias do mundo. Mas vamos recuperar esse atraso dos idiotas” – Xico Sá, jornalista. Na vida real, a recessão criada por Dilma foi pior que a pandemia.
“Bumbum grande em homens é tendência para 2024; entenda” – Metrópoles, portal de notícias, fazendo aquela velha pauta de ‘grande tendência que acabei de inventar’.
“Eu fui criticado no MEC, mas virei [para o PT] o melhor ministro da Educação da história do país, depois que deixei o MEC. Melhor prefeito da história de São Paulo, depois que deixei a prefeitura. Tomara que aconteça a mesma coisa agora” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Ele se refere aos ataques internos do PT por suposta política de "austeridade". Ainda assim, não muda de turma.
“Vai ser bom para o consumidor, que agora vai comprar geladeiras mais eficientes, o que é importante, com as contas de luz cada vez mais altas” – Lourenço Henrique Moretto, advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. É isso mesmo: o ‘defensor’ do consumidor alega que a decisão do governo que vai encarecer as geladeiras em nome de agradar ambientalistas é boa para o consumidor.
“A renúncia da reitora de Harvard enfatiza a nova arma conservadora contra as universidades: o plágio” – The Associated Press (AP), agência de notícias. Ao contrário do que a AP deu a entender, quem fez o plágio foi a reitora, não os conservadores. Mas bom saber que os conservadores têm tanto poder que controlam até as decisões individuais dos esquerdistas identitários.
“[Jeffrey Epstein] disse uma vez que [Bill] Clinton gosta das novinhas” – Johanna Sjoberg, vítima do aliciador de menores que mantinha uma ilha para o abuso, em depoimento de 2016 liberado agora pela Justiça americana.
Cantinho Des-Moraes-lizante
“Um dos planos era me prender e enfocar após o golpe” – Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE, em entrevista sobre supostos planos por trás do vandalismo de 08/01/2023. Como no caso da suposta agressão em aeroporto de Roma, ele não apresentou provas de nada disso.
“Eu me certifiquei que as demais polícias militares estavam tranquilas, mas não podíamos arriscar. Ao mesmo tempo, o afastamento do governador (Ibaneis Rocha), para evitar que pudesse ocorrer algo extremista em outros estados, eventualmente outro governador apoiar movimento golpista” – Alexandre de Moraes. Neste trecho, ele parece admitir que afastou o governador do DF só para fazê-lo de exemplo dissuasor, não por ter indícios contra ele. Juristas, comentem.
“A regulamentação das redes sociais vai ser uma bandeira importante do Tribunal Superior Eleitoral no primeiro semestre de 2024” – Alexandre de Moraes, falando o que pretende fazer com o resto de seu mandato à frente do TSE. Ele propôs artigos para o PL 2630/2020, o ‘projeto das fake news’ que críticos chamam de ‘PL da censura’. Se a moda pega, os ministros vão parar de legislar só com ativismo judicial, e passarão a usurpar mais diretamente o papel dos parlamentares.
“Nunca vi alguém preso achar que a sua prisão é justa. Analiso as críticas construtivas, mas ignoro as destrutivas. Nenhum desses golpistas defende que alguém que furtou um notebook não possa ser preso. E eles, que atentaram contra a democracia, não podem? Os presos são de classe média, principalmente do interior, e acham que a prisão é só para os pobres. A Justiça tem que ser igual para todos” – Alexandre de Moraes. Aqui, parece que ele está sugerindo que quem mencionar o nome Cleriston Pereira da Cunha, morto na prisão porque Moraes não lhe concedeu habeas corpus, está fazendo uma ‘crítica destrutiva’.
“Quem não acredita na democracia não deve participar da vida política do país”
– Alexandre de Moraes. Em outras palavras — Democracia: ame-a ou deixe-a. Soa democrático.
“Lula cada vez mais despreza o Parlamento e governa com o ‘seu’ Judiciário” – Jair Bolsonaro, ex-presidente da República.
Cantinho da contradição
“Entenda por que Lula é inocente sem ter sido inocentado” – Folha de S. Paulo, jornal, em manchete de 15/06/2022.
“Julgamento à revelia levou à extinção do caso, mas decisão não entrou no mérito da inocência” – Folha de S. Paulo, comentando a anulação da condenação do técnico de futebol Cuca por estupro feita por um tribunal da Suíça, em 03/01/2024.
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