“O desrespeito aos artistas, à opinião dos artistas, é um desrespeito ao patrimônio cultural e histórico do país. Esse desrespeito, no período eleitoral, não será tolerado pela justiça eleitoral. E, se necessário for, pela justiça comum também, que será acionada constatado esse desrespeito, essa coação, que às vezes não é coação física, mas é a coação moral, é o medo que se coloca dessas covardes milícias digitais” – Alexandre de Moraes, iluministro, que há mais de 30 dias faz coação física e moral contra cidadãos brasileiros por conversas particulares. Contradição de autoritário também é uma arte.
“Moraes tem agido de forma unilateral, apoiado pelos novos poderes que o tribunal concedeu a si mesmo em 2019, em uma decisão de uma única página que permite a seus ministros agir como investigadores, promotores e juízes, de uma só vez” – The New York Times, jornal de inclinação progressista, forçado a reconhecer o óbvio. O jornal diz que o STF está se igualando a Bolsonaro. Pergunta: quem censurou mais, Bolsonaro ou o consórcio progressista STF + checagem de fatos + Big Tech?
“Aquele jeitão bruto dele, aquele jeitão de capiau, sabe? Lá do interior de São Paulo” – Lula, ex-presidiário presidenciável, em um momento de descuido em que a máscara de “sou do povão” caiu.
“Aumentando” – Lula, respondendo ao apresentador Ratinho, que perguntou como é que ele vai aumentar o salário mínimo. No PT e na esquerda em geral, a caneta do presidente é uma varinha mágica.
“Em algum momento, o Estado terá de devolver e me pagar os prejuízos que causaram em minha vida” – Lula, que devia R$18 milhões em impostos pra Receita Federal. O ministro Gilmar Mendes, no dia 27, suspendeu a dívida.
“Pra apagar essa mancha de vergonha na reputação do Brasil no exterior serão 10 ou 15 anos de investimento em Cultura, Educação e Diplomacia. Soja só não vai dar conta” – Kleber Mendonça Filho, diretor do filme Bacurau (não confundir com capiau), que ainda não admite que o próprio filme é uma mancha de vergonha na reputação do Brasil.
“Por que a família é um inimigo? Por que a família dá tanto medo? Há uma única resposta para essas perguntas. Porque ela nos define. Porque ela é nossa identidade. Porque tudo o que nos define neste tempo agora é um inimigo para aqueles que gostariam que não tivéssemos uma identidade e simplesmente fôssemos escravos consumidores. E assim eles atacam nossa identidade nacional, atacam a identidade religiosa, atacam a identidade de gênero, atacam a identidade de família” – Giorgia Meloni, primeira premiê mulher da Itália, em discurso de 2019 que viralizou após sua vitória. Obviamente, por defender a família, ela foi prontamente acusada de ser “fascista” pelos suspeitos de sempre.
“Ontem pude olhar nos olhos da Presidenta Dilma e pedir perdão. Perdão por ter propagado o antipetismo, o discurso golpista e o ódio à esquerda. O amor que ela me deu em retorno foi algo que nem consigo explicar a vocês. É esse amor que vai vencer dia 02” – Felipe Neto, YouTuber e palpiteiro, com direito a foto olhando apaixonado para Dilma. Sabe quem não ganhou amor da “Dilmãe”? Nossa economia, para quem ela fez mais estrago que uma pandemia.
“Morador da Asa Norte exibe bandeira usada por supremacistas brancos” – Alan Rios e Rafaela Felicciano, repórteres, se referindo à bandeira de Gadsden, um símbolo dos libertários, que defendem liberdades individuais e menos coerção do Estado. Eles ouviram “especialistas” que confirmaram sua caracterização da bandeira. Quer dizer que um grupo com 80% de esquerdistas (jornalistas) fala com outro grupo com 90% de esquerdistas (acadêmicos) e ambos concordam que a direita é má? Chocante!
“Eu e meu marido decidimos não ter filhos. É uma decisão que se alinha fortemente com um certo pesar que compartilhamos sobre o estado do planeta em que vivemos” – Angélica Salazar, jornalista do El País. O Prêmio Darwin é dado anualmente àquelas pessoas que “melhoram o genoma humano ao se removerem dele”. Prêmio Darwin para ela e todos os alarmistas ambientais que decidiram não ter filhos!
“Falta somente parcela expressiva do jornalismo brasileiro reconhecer que em 2016 participou/apoiou não de um ‘impeachment’ protocolar, e sim de um golpe de Estado contra a presidente constitucional Dilma Rousseff. Nunca é tarde para reconhecer os erros” – Mário Magalhães, jornalista e revisionista histórico, autor de hagiografia de Marighella. Percebam que a turma do ‘golpe’, quando pressionada na época, esclarecia que queria dizer ‘golpe branco’ e não de Estado. Agora nem isso. Querem implantar sua narrativa falsa nos livros de história.
“O agro não produz comida, produz fome” – Le Monde Diplomatique Brasil. O que surpreende mais: existir uma versão tupiniquim do Le Monde Diplomatique, ou ela ser Le Monde Lunatique?
“Depois que Lula ganhar, a gente pode dizer: não gostou? Vai pra Itália” – Cynara Menezes, petista, fingindo não saber que morar na Itália é muito, mas muito melhor que morar em Cuba.
“Nós não somos mais uma selva de concreto, nós temos o prêmio de Capital Verde Ibero-americana, não é pouca coisa” – Marta Suplicy, no momento secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo. Nessa toada, Curitiba ainda vai ganhar o prêmio de Capital do Verão.
“Eu acho Jandira Feghali umas das mulheres mais lindas do mundo político desse país” – Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas. Cadê as agências de checagem quando precisamos delas?
"Depois dessa entrevista, Asheef mandou uma foto do pênis dele para a nossa produtora" – Vice, publicação progressista, obrigada a encarar a realidade no fim de uma reportagem em que tentou tratar de forma otimista a reintegração de tarados à sociedade.
“De fato tive muita dificuldade em decidir meu voto. Vale ressaltar que em tempo algum cogitei votar no atual presidente. Por fim, decidi votar no Lula” – Angélica, aquela que não é a Xuxa, respondendo a pressão de Mônica Bergamo, jornalista de bem com a esquerda, para ela declarar voto.
"Gosto muito de interpretar mulheres e faço isso muito bem. Tenho todas as ferramentas necessárias para interpretar mulheres. Vivi por muito tempo como uma, as pessoas ainda pensam que eu sou uma" - Emma D'Arcy, que interpreta Rhaenyra Targaryen na série ‘Casa do Dragão’. Emma pensa que, se cortar o cabelo curtinho e colocar umas camisas folgadas com gravata, deixa de ser mulher e vira "não binária". Grasna como pato, anda como pato, tem cara de pato, mas é pombo. OK.
"Se o Brasil fosse só mulher e preto, o Lula já tinha ganhado"
– Maria Flor, atriz que começou na novela Malhação, ao supostamente interpretar uma personagem indignada que ela chama de “Flor Pistola”. O problema é que a ideologia dela agora é indistinguível da paródia.
“Ninguém pode ser mais preso. É como se todos nós fôssemos o Lula” – Emílio Surita, apresentador, sobre a lei que proíbe prisões exceto em flagrante na semana das eleições.
“Infelizmente, nem todo gênio do esporte sabe ser exemplar como Roger Federer e Rafael Nadal no seu comportamento e nas suas posições dentro e fora das quadras, campos, piscinas e pistas. Hoje isso ficou ainda mais claro” – Guga Chacra, jornalista, reclamando da declaração de voto do Neymar para Bolsonaro. Votar diferente do Guga significa demérito esportivo e de caráter. Mas antidemocráticos são os outros.
“E nunca será Sócrates” – Lucas Faraldo Knopf, jornalista, também reagindo ao voto do Neymar. Mal sabe o Lucas que a tal democracia corintiana não passava de uma ditadura comandada justamente pelo Sócrates.
“Neymar é o preto que foi ‘aceito’ na casa grande e se esqueceu dos irmãos da senzala. Nenhuma surpresa” - Rafael Serra, jornalista branco, defensor da ideia de que a cor da pele dita o que uma pessoa deve pensar.
“Falam em democracia e um montão de coisa, mas quando alguém tem uma opinião diferente é atacado pelas próprias pessoas que falam em democracia. Vai entender” - Neymar Jr., jogador de futebol, descobrindo as táticas progressistas após declarar voto em Bolsonaro.
Aviso: o tema do cantinho a seguir é pesado
“Mulher, gorda, feminista e nordestina. Um corpo decolonial em território de saberes e poderes colonizados. Pesquisadora, doutoranda (UESC)” / “Pessoa não binárie, utiliza pronomes masculinos e neutros. Inventor de palavras e incendiário de discursos” / “Recém doutore em poéticas transversais. Busca apoio para realizar levantamento dos artistas gordes do Brasil para alargar nossa coletividade criativa” – I Congresso Pesquisa Gorda, realizado pela UFRJ com apoio da UFRGS, Unemat etc., descrevendo seus palestrantes. Agora é certo que o Nobel vem para o Brasil!
“Foi na gordura corporal onde ela encontrou uma redoma que lhe protege contra o machismo e toda a sua violência e contra a opressão pela estética feminina” – Rosália Vasconcelos, jornalista, escrevendo sobre Juliana Aquino, publicitária. Já se foram os anos em que “ossos largos” e “metabolismo” eram as principais desculpas para a própria obesidade. O que é uma internação por Covid comparada ao tenebroso machismo, não é mesmo?
Cantinho do debate-boca
“Candidata Bolsonara” - Simone Tebet, presidenciável, em momento de descuido ao chamar a candidata Soraya Thronicke. Soraya é senadora que era da base de Bolsonaro, e, como o próprio contou no debate, pediu cargos para ele.
“Padre Kelman é a arma secreta bolsonarista, enviado para espalhar desinformação e desestabilizar o ex-presidente Lula e avacalhar o debate. Funcionou” - Patricia Campos Mello, jornalista e desvendadora de obviedades.
“Incrível que alguém com a experiência de Lula caia numa arapuca como essa. Erra ao bater boca com esse padre. É lamentável que tenhamos de assistir a esse espetáculo lastimável” - Vera Magalhães, jornalista. É lamentável o lastimável: além de jornalista, Vera é também poeta.
“É pura coincidência um oficial fardado atrás de Bolsonaro diante de tantos fotógrafos? Ou foi combinado?” - Eliane Catanhêde, jornalista, surpresa que militares também têm direito de ir e vir.
“Tinha que tirar esse barbudo com o trapo na cabeça a tapa do debate” - Barbara Gancia, colunista e defensora da democracia.
“Esse vigarista fascista disfarçado de padre deveria sair daí preso por charlatanismo, falsidade ideológica e estelionato!” - Jean Wyllys, ex-deputado, ocupação atual desconhecida, também defensor da democracia.
“O falso padre tinha que ser expulso do debate” - Silvio Almeida, professor, colunista, guru do identitarismo e outro defensor da democracia.