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“Eu acho que, se tem uma profissão honesta, é a do político. Ele pode virar ladrão porque é ladrão, mas a profissão é a única com um concurso que, a cada quatro anos, você precisa refazer” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República. A apostila de estudos para este concurso deve ser o Dicionário do Diabo, de Ambrose Bierce.
“Como se um homem sozinho pudesse saber mais do que 215 milhões de pessoas” – Lula, que sempre acha que sabe mais que 215 milhões de pessoas, repetindo ataque a Roberto Campos Neto, do Banco Central. Isso o STF esquece de caracterizar como “ataque às instituições”.
“Quanto já custou ao país o negacionismo econômico de Campos Neto? Quantos empregos, empresas falidas, famílias destruídas? A vacina sempre esteve ao alcance do Copom, mas insistem nos juros genocidas. Até quando ficarão impunes?” – Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Aqui vai um comentário absolutamente sem nenhuma relação com a deputada federal: A inteligência sempre a perseguiu, mas ela sempre foi mais rápida.
“Me comprometi com meu amigo Alberto Fernández. Vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina nesse momento difícil” – Lula, prometendo caridade com o dinheiro alheio (o seu, o nosso).
“Neste dia dedicado à luta dos trabalhadores, manifesto todo o meu respeito e admiração pelo MST” – Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos. Dois direitos humanos são odiados pelos ativistas dos direitos humanos: o direito à propriedade privada (como se vê neste elogio a invasores de terras) e a liberdade de expressão.
“Se a Agrishow não quer o governo federal no evento, não sei se o Banco do Brasil e o governo deveriam continuar patrocinando o evento” – Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos. Quando cidadãos reclamaram que ele está tratando dinheiro de impostos como se fosse dele próprio, ele bloqueou todo mundo, ocultou respostas críticas e deixou somente elogios. Este é o governo Lula.
“Trabalhar menos. Trabalhar todos. Produzir o necessário. Redistribuir tudo!” – Sâmia Bomfim, deputada do PSOL. Aqui é preciso reconhecer; o Brasil teria muito a ganhar se a deputada trabalhasse menos. Nada pior que um socialista com iniciativa.
“Tubos de creme dental são usados para construção de casas na Favela dos Sonhos, em São Paulo” – manchete do jornal Estadão. Favela dos Sonhos? O maior sonho de quem mora na favela é sair dela.
“Não pode ser normal reprovar 70% da turma; e pior, sistematicamente. Não é um fenômeno que acontece pontualmente em um semestre. E esse alto índice de reprovação chegou a níveis insuportáveis” – Cláudia Morgado, diretora da Escola Politécnica da UFRJ, prometendo que vai reformar o curso de Cálculo para reduzir taxas de reprovação. É assim que o Nobel brasileiro será obtido: baixando os padrões de rigor para os estudantes não chorarem.
“Novela [‘Vai na Fé’] mostra que abstinência sexual para jovens é cilada que expõe a risco” – Ana Canosa, colunista do Universa, site pra lá de progressista do UOL. Ah sim: gravidez, gonorreia, varíola de macaco... tudo risco de quem faz abstinência. Cuidado!
“Sexo: 90% dos homens sentem desejo em ver suas mulheres com outros na cama, diz estudo” – O Globo. Quem fez o estudo? ‘Portal Sexlog’. Então, correção: 90% dos homens que frequentam portal de swing gostam disso. Grande diferença. Mas não estamos aqui para julgar a qualidade dos veículos de imprensa, muito menos censurá-los preventivamente apenas por causa de um título malfeito, nem mesmo pela eventual publicação de informações erradas, que podem perfeitamente ser corrigidas. Inaceitável é confundir o trabalho jornalístico — mesmo ruim — com a desinformação deliberada.
“Recentemente, os jornalistas independentes Matt Taibbi, Michael Shellenberger e Bari Weiss expuseram uma operação enorme de censura do governo dos EUA para controlar o conteúdo nas redes sociais e eliminar vozes discordantes. Você leu as reportagens? Ou está ouvindo aos farsantes acanhados e comprometidos da mídia que estão cobrindo os próprios rastros? Pode ser a história mais importante relacionada às nossas liberdades pessoais nos EUA, e está sendo enterrada” – Tim Robbins, ator vencedor do Oscar que contracenou com Morgan Freeman em Um Sonho de Liberdade, sobre os Twitter Files. Estamos pasmos: existe vida inteligente em Hollywood.
Cantinho da ▇▇▇▇▇▇▇▇
“Na prática, esse monitoramento proativo transforma as plataformas em uma ‘polícia da Internet’, criando um sistema de vigilância permanente similar ao que existe em países de regimes antidemocráticos” – Meta, empresa mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp, sobre o PL 2630, o projeto de lei das "fake news", também chamado de PL da Censura.
“O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil” – Google, em discreto link abaixo do campo de pesquisa em sua página inicial. Atraiu o ataque do ministro da Justiça Flávio Dino e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Censuraram o Google para provar que não querem censura. Entendeu?
“PL das Fake News é falho na luta contra a desinformação” – Natália Leal e Tai Nalon, diretoras executivas das agências de checagem Lupa e Aos Fatos, respectivamente. Isso mesmo: até elas estavam contra.
“Eles não podem emitir opinião sobre projeto de lei, sobre voto. Não podem. Estão abusando do poder econômico” – Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, respondendo ao Google. Com base em que lei ele diz isso? Alguma lei que o STF ainda vai criar, só esperar um pouquinho.
“Eles veicularam clandestinamente uma publicidade contra. Agora vão ser obrigados a veicular no mesmo lugar uma publicidade a favor” – Flávio Dino, ministro da Justiça, abusando do Código do Consumidor para não só censurar como impor discurso coercitivo ao Google. Uma empresa opinar contra um projeto de lei que a afeta é “propaganda clandestina”. Vai que cola.
“Nas últimas horas o PL 2630 perdeu 28 votos — a bancada do Republicanos (Igreja Universal) pulou fora e disse que vai votar contra. Terça-feira é o dia da votação. Se perdermos essa janela, esqueçam regulação das plataformas e abracem a extrema-direita nas próximas eleições” – Leandro Demori, jornalista, confessando em ato falho o real propósito do projeto: censura com interesse político. Alguém acreditou que era mesmo para proteger as criancinhas? Demori também fez um esforço para defender um Ministério da Verdade como a “Anvisa” da expressão, e ainda comparou oposição ao PL ao nazismo. Um papelão após o outro.
“Neste momento a deputada Daniela Reinehr detona o PL 2630. O pai dela, Altair, foi meu professor de história. Vendia livros da Editora Revisão em sala de aula – todas obras nazistas. Um dos livros ("Acabou O Gás... O Fim De Um Mito") mentia que o Holocausto nunca tinha existido” — Leandro Demori, jornalista, em uma tentativa infantil de associar as críticas ao PL com o nazismo. Aliás, ficamos sabendo que no mesmo dia a deputada tomou água. Sabe quem mais tomava água? Ele mesmo: Hitler.
“A caterva contrária ao PL das Fake News quer a Teocracia” – Marco Antonio Villa, comentarista político. Conseguiu fazer um argumento pior que o da proteção às criancinhas. Porque teocracias como o Irã são conhecidas por isso: deixar as redes sociais livres.
“A regulação é absolutamente inevitável, o que precisamos acertar é a dose do remédio” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF. Curioso: marxista também alega que a revolução é inevitável. Dois tipos que confundem seus próprios planos autoritários com leis da natureza.
“O governo federal já notificou a Gôgli (sic), a Meta, empresas que controlam o Feicebruiqui (sic), Stagram (sic) e Atzap (sic), com supostas práticas em suas plataformas contrárias ao projeto de lei” – Luiz Couto, deputado do PT da Paraíba e fluente em ingrêis, durante a votação abortada do PL. Depois ele começou a discursar sobre obesidade infantil. Esperamos ansiosos para a contribuição dele quando houver projeto de lei sobre inteligência artificial.
“Me perguntaram ‘você vai votar com o PL da censura?’ Eu disse que vamos votar o PL da defesa das crianças, das mães de família, da democracia” – José Guimarães, deputado do PT do Ceará e líder do governo. Ele também alegou que as pessoas que fizeram a pergunta em um aeroporto foram ‘contratadas’ para tanto. Se for falso, ele será enquadrado, ou tem imunidade parlamentar?
“PT vê possível censura do TikTok após exclusão de vídeo sobre ação contra Bolsonaro” – manchete da Folha de S. Paulo. Ué, o PT deixou de curtir censura nas redes?
“Somente em Estados ditatoriais, e especialmente para os ditadores, a liberdade de expressão é ilimitada” – Ricardo Campos, diretor do instituto LGPD, especialistão pró-censura que está colaborando com o relator do PL, Orlando Silva (PCdoB/SP). Teocracias com redes sociais livres, ditaduras com liberdade de expressão ilimitada: os tiranetes que querem calar a sua boca vivem no mundo do contrário.
“A liberdade não é um direito. A liberdade é um sentimento, uma emoção” – Cármen Lúcia, ministra do STF. Avisem aos uigures nos campos de reeducação na China, que têm seus órgãos retirados à força: só precisam ter pensamento positivo. Quem tem gratidão, mantém o pulmão.
Fake News de quem quer criminalizar Fake News
“Fui deslogada depois de tentar postar a manchete da Folha sobre a ação do Google contra o projeto das fake news” – Vera Magalhães, jornalista, insinuando que o Twitter a deslogou de propósito quando estava passando por instabilidade global. Ela foi checada e corrigida pelas Notas da Comunidade na rede social. Parece que o jogo virou!
“Aconteceu ao vivo [a suposta censura do Twitter]. Mostramos ao vivo. Impossível a posição da plataforma porque ela, como já é de conhecimento público, responde a qualquer questionamento da imprensa com um emoji de cocô” – Daniela Lima, âncora da CNN que insistiu que foi censurada pelo Twitter ao fazer seu jornalismo-militância a favor do PL da Censura. Qual emoji seria mais adequado?
“Isso é ridículo” – Elon Musk, dono do Twitter, em resposta às alegações de censura dos propagadores de fake news do bem.
Conteúdo editado por: Eli Vieira