“Lula sanciona lei que reconhece quadrilhas juninas como manifestação cultural nacional” – manchete da CNN Brasil. Será que ele confundiu as quadrilhas?
“Lula não compra imóvel, não apresenta alternativa e ainda não coloca um centavo nos abrigos” – Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre (MDB-RS). O governo federal também não pode fazer tudo: nomear interventor, posar para fotos publicitárias, organizar leilões suspeitos... agora tem que construir abrigos também?
“Por que raios, afinal, Juscelino, vacina escondida, falcatrua no arroz e multa eleitoral? Lula tem impressionante capacidade de dar munição para a oposição” – Eliane Cantanhêde, jornalista. O que machuca não são nem as falcatruas, mas a falta de consideração com quem está na linha de frente.
“Lula é omisso e incapaz de liderar o país” – Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF. Ué, mas no que ele te decepcionou desde que recebeu seu apoio, recém-saído da prisão por corrupção e lavagem de dinheiro?
“A dificuldade de Lula é que ele não tem substituto na esquerda, e terá que ser candidato de qualquer maneira. A direita tem escolhas a fazer, mas a esquerda não” – Merval Pereira, jornalista. Curioso, será que é por uma certa nostalgia pela monarquia, ou simplesmente porque só pode haver um capo di tutti capi?
“As mesmas pessoas que são contra o aborto defendem pena de morte, tortura, execução sumária fora do devido processo legal. Uma contradição absoluta” – Flávia Oliveira, jornalista. Se é para ser coerente, que tal um PL que equipare o aborto à tortura, execução sumária e... homicídio? Topa, ou é só retórica vazia?
“Algumas pessoas vêm aqui [clínica de aborto] com tanta esperança e tanta empolgação” – Chrissy Teigen, modelo americana. Na religião progressista, o aborto está ganhando ares de primeira comunhão.
“Mesmo aos olhos da escritura e da dos ensinamentos de Jesus, Moisés ou Maomé, há algo muito errado e irremediável na [sic] PL 1904” – Christian Dunker, psicanalista. O lobby do aborto apela até às escrituras, mas foge do livro de biologia como o diabo da cruz.
“Uma lei do Texas que proibiu abortos no início da gravidez está associada a um aumento acentuado na mortalidade de bebês e recém-nascidos” – manchete da NBC News, canal americano. Os abortistas seguem com dificuldade de entender que só morre quem está vivo.
“Chamou Olavo de Carvalho de ‘professor’ já sei que é idiota” – Cynara Menezes, jornalista. Como o professor Olavo ensinava, ‘O Idiota’ de Dostoiévski era assim chamado devido à sua ingenuidade, honestidade e franqueza; em nítido contraste com o comportamento manipulador e moralmente corrupto da sociedade ao seu redor. É, talvez ela tenha razão.
“Fiz o L, mas não quero que o Capital Inicial vire palanque” – Dinho Ouro Preto, cantor. Ora, queria o quê? Um Grammy Latino de melhor canção pra boi dormir?
“Uma hora é chuva demais, a outra é seca demais” – Marina Silva, ministra do meio-ambiente, sobre os incêndios no Pantanal. Diferentemente dos governos anteriores, quando o clima era praticamente um relógio suíço.
“Não é só o governo quem tem que se preparar, é o conjunto da sociedade” – Marina Silva. Concordo plenamente. Onde estão as ONGs, artistas, influencers e celebridades internacionais agora que precisamos deles?
“A Magazine Luiza vem a público comunicar aos seus acionistas e ao mercado em geral que celebrou um acordo com o Aliexpress” – comunicado ao mercado da Magalu. Uma empresa muito bem gerida. Sem dúvida tem os melhores tributaristas que o dinheiro pode comprar.
“Hoje foi um daqueles dias que inspiram todos nós que acreditamos na democracia como o caminho seguro, eficaz e correto para o Brasil” – Geraldo Alckmin, vice-presidente, sobre encontro entre FHC e Lula. Incrivelmente inspirador, só não sei se é de engulhos ou de vergonha.
“Você devia agradecer todos os dias a Lula por ter salvo [sic] a democracia do Brasil”
Daniela Mercury, cantora, em post no X. Agradeça. De joelhos.
“Marisa Monte recebe título de doutora honoris causa da USP” – manchete da Folha de S.Paulo. Maravilha, agora ela já pode se aposentar!
“Foi a burrice da direita que deu legitimidade à maldade da esquerda” – Janaina Paschoal, ex-deputada estadual. Legitimidade é uma palavra forte, mas um empurrãozinho certamente deu.
“Artistas e influenciadores comemoram a descriminalização da maconha” – manchete Folha de S.Paulo. A julgar pelo Pantanal, os artistas gostam mesmo é de ver o mato queimar!
“Não sou ex-coach, expedicionária fracassada, nem estelionatária” – Tábata Amaral, pré-candidata à prefeitura de SP (PSB), sobre o rival Pablo Marçal (PRTB). Esperta é a Tábata, que nunca arranjou um emprego. Assim, ninguém pode acusá-la de fazer um trabalho mal feito!
“Nós temos esfriado o planeta acidentalmente... enquanto o aquecemos” – manchete do Washington Post. Peraí, então quer dizer que em cinco anos o mundo vai ‘desacabar’, se não fizermos nada?
“Faria Lima, a festa está acabando! Ninguém segura o Rio! O beach tennis aqui é na praia de verdade hein... E prometo não mandar um Naji Nahas para aí!” – Eduardo Paes, prefeito do RJ, sobre projeto para recuperar a bolsa de valores da cidade. Não, doleiro é item de colecionador! Valoriza com o tempo, principalmente os que andaram fora de circulação.
“Eu comprei um desembargador no Rio, por 600 mil reais...” – Paulo Carneiro, ex-presidente do clube de futebol Vitória. Tem certeza de que era um desembargador mesmo? Vendendo-se assim, em reais, sem nem uma viagenzinha para Nova York pra adoçar o negócio... parece suspeito.
“Há uma preocupação justa de que Donald Trump possa trazer de volta a inflação, com sua irresponsabilidade fiscal” – carta de economistas vencedores do Prêmio Nobel, em apoio à candidatura de Joe Biden. Ou seja, estão preocupados que Trump repita o que Biden já fez.
“A polarização só é quebrada se houver um isolamento daquilo que é extremo, e no caso do Brasil é a extrema-direita” – Natuza Nery, jornalista. Contra a polarização, o partido único é a solução!
“Descriminalização do porte de maconha facilita tráfico, dizem especialistas em segurança” – manchete da Folha de S.Paulo. Assim como o fim da prisão em segunda instância, a manutenção das saidinhas, a audiência de custódia e a proibição das operações nos morros cariocas... se eu fosse teórico da conspiração, iria suspeitar que tem algo de estranho.
“Com a assinatura deste acordo da ditadura de Maduro com os oposicionistas ‘colaboracionistas’, pode ter certeza que haverá uma grande fraude. Desconfio que Lula usará esse acordo para dizer que a grande fraude não foi uma fraude, porque os candidatos se comprometeram a respeitar os resultados emanados do Conselho Nacional Eleitoral” – Demétrio Magnoli, sociólogo. Acho que eu já vi esse filme antes: ‘Urna de Elite 2 – O Amigo Agora é Outro’.
“Em suas investigações e inquéritos, você observou o devido processo legal?” – Christopher Smith, congressista americano, em carta solicitando esclarecimentos a Alexandre de Moraes. Ao menos um constrangimento o magistrado conseguiu evitar: as perguntas do visto chegaram pelo correio e ele não vai mais precisar pegar fila no consulado.
“Essa carta não tem valor algum. O congresso norte-americano sabe a verdade sobre o Brasil, exceto por meia dúzia de desmiolados neofascistas” – Felipe Neto, o Montesquieu brasileiro. Esqueçam Republicanos e Democratas, o congresso americano hoje se divide entre uma maioria esmagadora que segue o Felipe Neto e alguns gatos pingados que são do contra.
“O vice não desenvolve nenhuma atividade em um governo” – Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de SP (PRTB). Quando a Marvel fizer um filme sobre as origens dos vice-presidentes brasileiros, vão usar declarações como essa para explicar como Temer, Kassab e Alckmin acabaram desse jeito.
“Se a faculdade vai acabar com a vida do teu filho, não manda ele pra faculdade. Vai vender picolé na garagem” – pastor André Valadão. O problema é que, hoje em dia, para vender picolé na garagem, exige-se diploma de nutrição e especialização em refrigeração modular. O sistema não perdoa.
“Desembargador afastado por vender sentenças seguirá recebendo R$ 100 mil por mês” – notícia da BandNews. Desculpe a pergunta, mas esse valor que ele continuará recebendo inclui só o salário, ou a comissão pelas sentenças também?
“Políticas públicas exaustivamente debatidas ao longo de décadas não podem ser definidas como pautas ‘morais’, ‘de costumes’, ‘bíblicas’. São direitos para todos” – Mônica Bergamo. Mas nem os fundamentalistas do Talibã acreditam com tanto fervor na universalidade de seus dogmas.
“Livro prega transformação de liberalismo numa religião civil, que preencha necessidades metafísicas do homem” – Hélio Schwartsman. É só a velha promessa de um paraíso (fiscal) aqui na Terra.
“Burro que liderava veados é suspeito de matar leão” – manchete do Metrópoles. Se Esopo fosse brasileiro...
“Por que não falamos sobre os católicos? Se evangélicos atuam no Legislativo, doutrina concentra ações conservadoras no Judiciário” – Rodrigo Toniol. Tudo bem que os católicos criaram o direito canônico, a Magna Carta, as universidades de direito e as bases para os sistemas legais modernos, mas, além disso, o que mais fizeram pelo Judiciário?
“Milei está destruindo a economia da Argentina” – Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. É como ser chamado de ditador sanguinário pelo Stalin: fica difícil saber se é uma crítica ou um elogio sincero.
“Não existe uma lei internacional que diga que você tem permissão para iniciar uma guerra e depois reclamar quando a perde” – Douglas Murray, jornalista britânico, dando uma dura no Hamas em debate sobre a guerra em Israel. Ou, como diria a Organização Internacional dos Piás de Prédio: ‘não sabe brincar, não desce pro play’.
“Planta no lugar do papel higiênico? É sustentável, mas não a melhor maneira” – diz o portal Viva Bem do UOL. O problema é o outono chegar e pegar o povo que trocou o papel higiênico pelas folhas literalmente de calças arriadas.
“Real era um plano de saúde econômico, de retirar o País da cracolândia monetária” – Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central. Pena que esqueceram de nos tirar do manicômio tributário e do lupanário fiscal.
“Mais uma vez, o Judiciário colocando regras, uma vez que o Congresso não se manifesta ou demora para criar leis a respeito” – Julia Duailibi, jornalista, sobre regra do TSE que pode levar à cassação de candidato por uso irregular de IA. Se legisla, os militantes chamam de reacionário; se não legisla, chamam de omisso...
“Naquela época, várias tecnologias não estavam disponíveis. O avanço da ciência permite utilizar atualmente medicamentos e outras tecnologias para dar mais segurança aos procedimentos [abortar fetos após 22 semanas de gravidez]” – Maria José Araújo, pioneira do aborto no Brasil. Parece que a nanotecnologia já modernizou até os instrumentos de tortura medievais, agora em escala pré-natal.
“Essa música [Nothin’ on You, de Bruno Mars] tocava e eu, comigo mesmo, dançava sozinho” — Sérgio Cabral, segurando o choro ao se recordar da temporada que passou na cadeia por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Pena que não avisaram o juiz a tempo; talvez pudesse ter colocado o Elias Maluco na mesma cela para dançarem coladinhos.
“En Bolívia las melancias tienen cojones...” – Ricardo Salles, deputado federal (PL-SP), sobre mobilização militar contra o governo boliviano. Estas melancias transgênicas estão ficando cada vez mais estranhas...
“STF conclui julgamento sobre maconha, mas como fica o uso da cocaína?” – Wálter Maierovitch, jurista. Certamente só está perguntado para um amigo.
“Mudanças climáticas aumentam pressão de alimentos sobre a inflação” – Míriam Leitão, jornalista. Matando duas girafas amazônicas com uma queimada só.
“Ninguém está aumentando carga tributária” – Fernando Haddad, ministro da fazenda. Pelos cálculos de Haddad, que não é muito bom de conta, a carga tributária não subiu. Já pelos do Márcio Pochmann, que é bom até demais, deve ter até diminuído.
“Eu realmente não sei o que ele disse no final daquela frase. Acho que ele também não sabe o que disse” – Donald Trump, durante debate presidencial americano com Joe Biden. O verdadeiro problema não é o Biden ser candidato; é ele ainda estar na presidência.
Undecavirato em Fluxo
“[Neste país] quem manda é o PCC, não é o STF” – Octávio Guedes, jornalista. Ao contrário do que foi alardeado, já não negam as aparências, nem disfarçam as evidências.
“Se usa da liberdade de expressão para cortar os pulsos da democracia. O que vai suceder? A democracia morrerá por assassinato e a liberdade de expressão por suicídio” – Ayres Britto, ex-ministro do STF. Talvez o distinto jurista considere a eutanásia via censura uma saída mais humana para os dilemas da nossa democracia.
“Acho que a reversão [da inelegibilidade de Bolsonaro] é muito difícil” – Gilmar Mendes, ministro do STF e promotor de eventos. Já que discursava fora dos autos, por que não palpitar também sobre o caso que vai julgar?
“Nós não somos Juízes eleitos. O Brasil não tem governo de Juízes. Num Estado Democrático, a instância maior é o Parlamento” – Luiz Fux, ministro do STF, em fala claramente golpista. É, mas na ‘democracinha’, o rabo-preso não só balança o cachorro, como o leva para passear.
“Essa prática tem exposto o Judiciário, em especial o STF, a um protagonismo deletério, corroendo a credibilidade dos tribunais” – Luiz Fux. Mas que prática? Manifestar-se fora dos autos, legislar, fazer viagens internacionais pagas por interessados, tomar posições políticas?
“Eu penso que, na média de tempo, eu tenho algum crédito neste plenário para me pronunciar. O nosso censor-geral da República está aqui a duvidar disso” – Dias Toffoli, ministro do STF. No Brasil, não se pode fazer piada com coisas sérias, mas com a nossa cara está liberado.
“Vale a votação do STF ou a decisão do Congresso?” – Reinaldo Azevedo, jornalista. Quem dá mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três... vendido ao cavalheiro de toga!
“Se somados os votos dos presidentes da República aos dos senadores que nos aprovaram, todos aqui estamos legitimados em cerca de 100 milhões de votos. Não há que se falar que aqui não há legitimidade popular” – Dias Toffoli, ministro do STF. É a transitividade da democracia, somam-se votos, subtraem-se direitos, multiplica-se a legitimidade e cancelam-se as opiniões divididas.
Censurando o Sol Com a Peneira
“Alexandre de Moraes age como onipotente, censurando e ‘descensurando’ quando quer” – Carlos Andreazza, jornalista. Eis que o jornalismo onisciente descobre a censura onipresente.
“Censura de Moraes contra reportagens é motivo para impeachment” – Wálter Maierovitch. Então, prisões arbitrárias, inquéritos sem fim e censura contra os plebeus são prerrogativas do cargo?
“Por que a democracia brasileira não morreu?” – pergunta Samuel Pessôa, economista. A democracia brasileira não morreu, o STF apenas a levou para morar em um sítio no interior, um lugar melhor onde pode correr e brincar à vontade. Está tudo bem, viu?
“Decisão de Alexandre de Moraes que derrubou reportagens sobre Arthur Lira mostra que está se formando, no STF, uma perigosa jurisprudência para proteger autoridades da imprensa e da opinião pública” – Rafael Mafei, advogado. É o que acontece quando não se para no auge: a torcida não perdoa.
Meu Barrosil, Barroseiro
“A democracia brasileira viveu uma grande prova de fogo” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF. E saiu bem chamuscada. Os otimistas ainda procuram brasas para soprar, enquanto os mais pragmáticos já procuram um extintor.
“E, em muitas partes do mundo, pela captura do sentimento religioso, com o uso abusivo em matéria política” – Luís Roberto Barroso. Será que esse tal sentimento religioso é aquela ‘transcendência’ que, segundo Barroso, fazia João de Deus "exalar o bem", "curar pessoas" e "extrair o melhor delas"?
“Precisamos fazer com que mentir volte a ser errado” – Luís Roberto Barroso, em uma de suas raríssimas entrevistas diárias. Agora que o Cesare Battisti confessou, acabaram as desculpas, né?
“Você pode ser contra, não tem nenhum problema, normalmente as pessoas serão contra. Mas isso não significa criminalizar” – Luís Roberto Barroso, sobre o aborto. Poder ser contra, mas não poder criminalizar, soa estranhamente como poder votar nas eleições, mas não em qualquer candidato.
“Há uma ação no STF sobre o tema [aborto], em que eu pedi vista, porque neste momento a gente não tem condições de fazer prevalecer a posição que me parece boa, até por uma falta de apoio na sociedade em geral”– Luís Roberto Barroso. Como assim, um ministro do Supremo não pode simplesmente impor suas vontades à sociedade? Pensei que estivéssemos no Brasil!
“Você tem que regular [as redes sociais], senão o mundo vai desabar em abismo de ódio”– Luís Roberto Barroso. Que sorte a nossa, já termos desabado num abismo de amor.
“Ninguém quer tolher indevidamente a liberdade de expressão, nem pautar o sentimento verdadeiro das pessoas, mas diminuir o incentivo em relação ao mal”– Luís Roberto Barroso. Ele só quer decidir o que é bem ou mal, um pequeno favor que faz aos manés menos iluminados.
“Sem mudar o sistema de tributação, não conseguiremos fazer uma redistribuição adequada de renda”– Luís Roberto Barroso. Então, nas próximas eleições, se candidate com essa plataforma. Só não reclame se perder o protagonismo legislativo.
“Quero dizer que eu sou outro, possivelmente, com a vida muito mais dura”– Luís Roberto Barroso, ao ser confundindo com locutor homônimo da TV Globo. Não se deixe enganar pelo veludo de suas palavras, Barroso leva uma vida dita dura.
A Semana do Presidente
“Um dos atrasos do Nordeste é que muita gente da elite que governou o Nordeste pensava como a elite do Sul do país” – Lula. Dizem as línguas ocultas que José Sarney, Renan Calheiros, Flávio Dino e Jacques Wagner aplaudiram, de pé, a proclamação da inimputabilidade de seus eleitores.
“Mas é tão pequeno o percentual dos que não voltam [da saidinha], que não compensa a gente destruir a possibilidade” – Lula. A saidinha compensa. Diz especialista.
“Ele tem que pedir desculpas a mim e ao Brasil, ele falou muita bobagem” – Lula, sobre Javier Milei, presidente da Argentina. A minha parte nas desculpas eu aceito na forma de mais insultos, por favor.
“Não tenho medo de reitor. Esse dedo que falta não foram eles que morderam. Esse dedo eu perdi numa fábrica” – Lula, sobre a greve das universidades federais. De toda forma, seria prudente testar os reitores para hepatite B e, evidentemente, para a corruptite L.
“Nós somos tão generosos, que é o seguinte: você percebeu que nós tomamos posse e não ficamos fazendo críticas, destruindo o governo anterior?” – Lula. Se você parar de prestar atenção nas mentiras e bravatas, talvez perceba. Isso é, se sobrar alguma coisa para perceber.
“Você tem que separar, você tem carne que é consumida só por gente de padrão alto, e a carne que o povo consome: pé de frango, pescoço de frango...” – Lula. Checamos e é falso: o governo não decretou a troca do nome da picanha por pescoço de frango.
“Eu sei de onde vim, sei quem eu represento. Não há nada que me faça perder o otimismo” – Lula. Ele sabe de onde veio e quem representa, nós também. Por isso é difícil encontrarmos razão para compartilhar seu otimismo.
“É mais difícil encontrar mulheres e negros para determinados cargos. A oferta é menor” – Lula. Sempre disse que a ausência de mulheres e negros nos escândalos do Mensalão e Petrolão dificultaria a diversidade no novo governo Lula.
“Ontem saíram manchetes dizendo que o dólar tinha subido por causa da entrevista do Lula. Os cretinos não perceberam que o dólar tinha subido 15 minutos antes de eu dar a entrevista” – Lula, em ataque a jornalistas. Na infância, detectamos o cretinismo com o teste do pezinho. Na vida adulta, com o teste do beija-mão do painho.
Memória
“O que precisa ficar claro é que as queimadas no Pantanal e na Amazônia não são acidentais. Fazem parte de um projeto e de uma visão de mundo que despreza o meio ambiente, com os quais o governo compactua e incentiva. O PANTANAL CHAMA e clama por ajuda urgentemente” – Marina Silva, 16 de setembro de 2020. Será que a Marina Silva estava mentindo naquela época ou está compactuando agora?
“Por que nossas Forças Armadas não estão com um grande contingente no Pantanal e na Amazônia para tentar combater os incêndios? Eles desmontaram TODOS os mecanismos de prevenção a incêndios. Esse ministro do Meio Ambiente é um cidadão sem caráter e sem respeito pela natureza” – Lula, 15 de setembro de 2020. Imagine quando você puder demitir o ministro que negligenciar as queimadas no Pantanal...
“O grande responsável pelas queimadas é o governo” – Míriam Leitão, 22 de agosto de 2019. Ou nós somos coerentes, ou salvamos a democracia.
Ari Fusevick, convidado para escrever os comentários das Frases desta semana, é brasileiro não-praticante, escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter "Livre Arbítrio" e do livro "Primavera Brasileira".
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