“Natureza escolheu o RS para ser alerta de problema grave no mundo”, Luís Roberto Barroso, ministro do STF.| Foto: Modificado de EFE/ Andre Borges
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“Bolsonaro negaria enchentes no RS” – Celso Rocha de Barros, sociólogo, na Folha de S. Paulo. Isso eu não sei, mas a vantagem é que pelo menos a imprensa estaria cobrando uma atitude do governo. 

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“Agentes da segurança pública se escondem para tentar surpreender varejistas de drogas” – Renata Souza, deputada estadual do PSOL-RJ, claro. Num país onde ‘varejistas de drogas’ compram políticos no atacado, os agentes de segurança precisam mesmo se esconder. 

“Eu acreditava em reforma, mas hoje milito pelo fim da polícia” – Sara Mokuria, diretora de ONG, em evento pelo fim da polícia no RJ. É o mesmo pessoal que dizia acreditar na democracia, mas hoje milita ativamente pelo seu fim... 

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“[A série da Netflix] ‘Bebê Rena’ concretiza os maiores pesadelos do macho hétero branco” – Cynara Menezes, blogueira lulista. Spoiler: o verdadeiro pesadelo é que, ao fim de cada episódio, a Cynara aparece na sua casa, querendo debater a série durante o jantar. 

“Vou rever pra lembrar o quão errado estava. Fui inocente demais. O governo podia atrapalhar e atrapalhou muito” – Átila Iamarino, youtuber afirmacionista. Nosso profeta agora tenta prever o passado e mesmo assim ainda erra. 

“STF tira do ar página de transparência sobre passagens e diárias após questionamentos” – manchete da Folha de S. Paulo. O STF está mais suave. Antes, o que eles tirariam do ar era o jornalista que fez a pergunta inconveniente 

“E daí, não está à venda. Dane-se” – José de Abreu, ator, sobre a perda de R$ 46,5 bilhões em valor de mercado da Petrobras em dois dias. Pois é, a Petrobras não está à venda, o que não se pode dizer de grande parte da classe artística. 

“Reprovamos dois estudantes em arguição de banca. Um afirmou que a Lava-Jato e impeachment da Dilma foram ‘movimentos populares em defesa da democracia’. Outro, que os palestinos não têm direito a um estado” – Pietro Nardella-Dellova, professor de direito constitucional. Se fosse professor de matemática, ele só aprovaria os alunos que afirmassem que dois mais dois são cinco, tudo dentro da cartilha do partido. 

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“Esse ataque ao STF promovido por parte da imprensa não é uma boa ideia. É assim que se incentivam movimentos autoritários” – Marcelo Rubens Paiva, escritor. Aqui estava eu, ingenuamente acreditando que os movimentos autoritários surgiam com o silêncio da imprensa, e não com suas críticas... 

“Mulheres com mais de 50 anos enfrentam preconceitos por se divorciarem ou por voltarem a estudar” – manchete da Folha de S. Paulo, feita em 2024, mas que parece ter saído da década de 1940. Na falta de novos preconceitos, o jeito é apelar para os antigos mesmo. 

“Na era do Ozempic, mulher reivindica o próprio direito de ser gorda” – Virginia Sole-Smith, jornalista. Aparentemente, até nosso direito de emagrecer (ou engordar) já foi cassado sem que a gente se desse conta.

"Um estado palestino seria governado pelo Hamas, algo semelhante ao Talibã. É isso que o movimento progressista da esquerda ocidental quer criar?” – Salman Rushdie, escritor indo-britânico. Talvez não. Mas eles diriam que já é um bom começo. 

“Lula assina medida que dispensa licitação para contratação de obras no RS” – manchete desta Gazeta do Povo. Para isso, nem precisam esperar a água baixar. Na pressa, dispensam a licitação, mas nunca a comissão. 

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“Não é minha função, seria desvio de função” — Hamilton Mourão, senador, quando perguntado sobre ir ajudar na crise do estado que o elegeu. Como dizia minha avó, tem horas que mais ajuda quem não atrapalha.

“A natureza escolheu, infelizmente, tragicamente, o Rio Grande do Sul para ser o grande alerta de que há um problema grave e urgente ocorrendo no mundo e que precisamos enfrentar” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF. Parece que a mãe natureza enviou o alerta ao RS na língua dos malandros: 'Perdeu, mané'.

“Somos contra todo tipo de violência. Especialmente a de policiais, que mata sobretudo pretos e pobres. A diferença é que na BA, o governo tenta conter isso, ao contrário dos bolsonaristas de SP, PR, SC...” – Chico Pinheiro, blogueiro lulista. O esforço da polícia da BA para conter a violência parece tão eficaz quanto Chico tentando ser imparcial: é louvável, mas tragicamente improdutivo. 

“Muita gente que não precisava ser presa estava sendo presa. Em torno de 50% das pessoas presas em flagrante [hoje] são liberadas” – Ricardo Lewandowski, Ministro da Justiça. Seria interessante saber se, para o Ministro, os 50% das vítimas precisavam ser assaltadas pelos criminosos que ‘não precisavam ser presos’. 

"O racismo pode matar pessoas negras mesmo quando um dedo negro puxa o gatilho" – manchete da The Nation, revista progressista americana. Um dedo negro puxa o gatilho, mas é o racismo branco que aparece e rouba o protagonismo. Até quando? 

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“Não só tivemos, no Brasil, um negacionismo na saúde pública, um negacionismo ambiental, mas tem um negacionismo no debate econômico” – Aloizio Mercadante, o Aracaju da lista da Odebrecht, presidente do BNDES. Estou cada vez mais convencido de que 'negacionista' é jargão no submundo da contravenção para quem nega o acesso ao butim. 

“Brasil pós-Bolsonaro tem maior avanço mundial em ranking de liberdade de expressão” – diz a ONG Global Expression Report, apoiada por George Soros. No contexto desse relatório, 'liberdade de expressão' parece ser uma licença poética. 

“Jornalismo é pra questionar! Jornalismo é pra denunciar! Jornalismo é pra cobrar!” –André Fran, jornalista. Questionar a liberdade de expressão, denunciar os dissidentes ao governo e cobrar verba publicitária, só se for! 

“Estamos juntos, até debaixo d’água” – Luka, cantora no Altas Horas, em solidariedade ao povo gaúcho. O que parece uma metáfora perfeita para quem assiste ao programa. 

“A gravidez dele foi uma surpresa” – manchete da revista Time. Se a surpresa ‘dele’ foi grande, imagine a do bebê, sem ter a menor ideia de por onde vai sair dessa enrascada! 

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"O salário no Wal-Mart é de US$ 17,50/hora. A Jacobin paga aos escritores US$ 0,07/palavra. Um escritor teria que escrever 250 palavras por hora para ganhar o mesmo salário" – Notas da Comunidade do X/Twitter em post da revista americana Jacobin, criticando os “salários de fome” pagos pelo Wal-Mart. Depois dessa lapada, me parece até que a Jacobin está sendo generosa demais com seus escritores! 

“Tentei ser uma ponte entre esquerda e direita” – Tábata Amaral, deputada federal (PDT-SP). Dado os engenheiros responsáveis, ela parece estar mais para a ponte do rio que cai. 

“Maldita seja a propriedade privada” – João Pedro Stédile, proprietário de terras e dirigente do MST. A hipocrisia também parece fazer parte do seu rico patrimônio. 

"Começo a não me preocupar mais só com a inteligência artificial, mas com a desinteligência natural de alguns” – Cármen Lúcia, ministra do STF. É isso aí, Carminha, o autoconhecimento é o primeiro passo para reconhecermos nossos erros. 

“Seria justo voltar à câmara dos deputados” – José Dirceu, ex-deputado federal (PT-SP) e ex-presidiário. Pensando bem, seria realmente injusto deixar o maestro de fora, visto que hoje ‘justiça’ virou um mero prelúdio para a reincidência. 

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“Sintonia para o Brasil crescer!” – Simone Tebet, em tuíte de apreciação a Fernando Haddad. Se essa é a sintonia, eu prefiro a estática. Aliás, deixar o Tico e Teco por conta própria assim não configura abandono de incapaz, não? 

“Um dos filmes mais brancos e republicanos que vocês verão em 2024” – Fabiana Lima, crítica de cinema. Eventualmente, ela vai realizar que não é sobre ter uma mentalidade colonizada, e isso quebra o meu coração. 

“Nunca vi na vida” – Sérgio Mallandro, apresentador de TV, sobre suposto apoio a Bolsonaro. Provando que os melhores palhaços são aqueles que sabem a hora exata de trocar de carapuça. 

“Temos que elogiar a independência do Judiciário brasileiro” – Sergio Moro, senador (União-PR), após TSE rejeitar a cassação de seu mandato. Moro continua a escrever sua biografia, que abrange quase todos os gêneros literários: foi do policial ao drama, e agora termina na comédia. 

“Eu não tenho a menor dúvida [de que Moro será cassado]. Absolutamente fundamentado.” – Reinaldo Azevedo, jornalista (e vice-versa). Eu também estava certo de que o Brasil ganharia a Copa jogando em casa e com o juiz a favor..., mas, vida de torcedor tem dessas! 

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“Lula sanciona hoje lei que impõe sigilo em processos de violência contra mulher” – Lauro Jardim, no jornal O Globo. Notícia urgente: milhares feministas lotam a ortopedia do SUS com lesões graves de tanto se contorcerem tentando explicar como isso é bom. 

“O cabo, o soldado e o coronel estão presos, e o STF funcionando” – Alexandre de Moraes, ministro do STF. Esqueceu de mencionar que os corruptos estão todos soltos, enquanto a lata de lixo da história transborda com os responsáveis por isso. 

“Ontem o TSE rejeitou a cassação do mandato de Sergio Moro. E é assim que deve ser. O Judiciário não pode jamais criminalizar a política” – Randolfe Rodrigues, senador (Sem partido-AP). No Brasil segundo Randolfe, parece que todos os políticos são inocentes, principalmente quando se prova o contrário. 

“O Eduardo Leite, precisa de uma esposa pra humilhá-lo diariamente” – Nego Di, comediante.  

“Porque não podemos ser reeleitos. Não podemos ganhar esta reeleição, desculpe, só podemos eleger Donald Trump” – Joe Biden, improvisando em evento de campanha. Aquele raro momento em que o sujeito está tão senil que começa até a fazer sentido. 

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“Primeira coisa que faço quando acordo é fumar um baseado” – Luana Piovani, modelo e atriz. Pelo estado das coisas, eu teria apostado que era algo mais potente! 

“Racismo ambiental: favelas e periferias registram temperaturas 10º mais altas do que bairros de elite” – manchete d’O Globo. Mas não são essas as mesmas ‘mudanças climáticas’ destruindo o Sul de colonização europeia? Afinal, o aquecimento global é racista ou bipolar? 

“ONU cobra Brasil por aborto legal após 12 mil meninas serem mães em 2023” – Jamil Chade, jornalista. Cobrar penas mais duras para estupradores ou combater o tráfico infantil? Para a ONU, isso não é a prioridade. 

“Madonna pinta as unhas com verde e amarelo, antes apropriado por Bolsonaro” – manchete da Folha de S. Paulo. Para a esquerda, o verde e amarelo só têm valor quando é para agradar gringo e promover agenda. No resto, vai de vermelho mesmo. 

A Semana do Presidente

“Não sei como você não tomou uma vaia” – Lula à Ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, durante palestra em universidade no RS. E eu já não sei como o Lula não está preso. A vida tem desses mistérios. 

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“Com pesar soube da morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi. Minhas condolências aos familiares, ao governo e ao povo iraniano” – Lula, lamentando a morte do ‘Açougueiro de Teerã’. Eu só posso lamentar que o povo iraniano tenha que interromper suas festividades para enviar condolências ao povo do Brasil, que ainda conta com Lula na presidência. 

“Ainda bem que a Boeing teve um desastre e não quis mais a Embraer” – Lula, sobre as dificuldades da Boeing após duas tragédias onde morreram 346 pessoas. O maior serviço que Lula presta ao país é quando ele escolhe o silêncio em vez do microfone. 

A Banda do Clube dos Corações Solitários do Sargento Pimenta

“A gente não sabe nem para que lado se mexer. Eu estou mais ou menos assim no momento” – Paulo Pimenta, Governador Biônico Secretário da Reconstrução do RS. Sorte a nossa que o Montanha esteja perdido, porque se ele fizesse o que sabe, nós é que estaríamos perdidos. 

“Se a gente pudesse pensar uma estratégia de uma ação pra uma coisa que pudesse mobilizar o esforço pra ajudar a resolver uma situação, seria muito importante” – Paulo Pimenta. Visivelmente emocionada, Dilma Rousseff teria ido às lágrimas ao ouvir tal declaração: “É exatamente isso! Finalmente alguém que me entende!” 

“Vocês queriam o quê? Que o presidente Lula colocasse para coordenar isso alguém que não conhece o RS? Alguém que não tem trânsito dentro do governo?” – Paulo Pimenta. Já que ele perguntou, preferia alguém sem tanta quilometragem no trajeto Odebrecht-Papuda. 

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Janjadas da Semana

“Linda, estilosa, deslumbrante” – TV Brasil, a TV Lula, sobre Janja. Tintura de cabelo acaju: R$ 2 mil no cartão corporativo. Preenchimento facial: R$ 10 mil na conta do contribuinte. Os elogios da imprensa aliada: não têm p... ops, preço sob consulta! 

“Um beijinho aqui, outro ali, mas cada um foi para seu casinho. É sério, meu pai meio que namorou a Elis” – Janja Lula da Silva, curtindo uma adolescência tardia na terceira idade. 

Ari Fusevick, convidado para escrever os comentários das Frases desta semana, é brasileiro não-praticante, escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter "Livre Arbítrio" e do livro "Primavera Brasileira".

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