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Um grupo de funcionários do Museu Nacional entrou no prédio em chamas na noite de domingo, 2, para tentar salvar o que fosse possível do acervo de 20 milhões de itens. Segundo relatos, de 30 a 40 servidores, inclusive aposentados, entraram no imóvel durante o incêndio, que começou às 19h30 e deve permanecer em fase de rescaldo por mais dois dias. 

Os funcionários se deslocaram até o museu, no Rio, ao saber do incêndio pelas redes sociais, disse o biólogo Paulo Buckup. Ele conseguiu salvar "alguns milhares" de exemplares de moluscos descritos por pesquisadores dos séculos 19, 20 e 21. 

O biólogo ficou das 20h30 até 22 horas na parte traseira do prédio, até que foi retirado por bombeiros. Ele descreveu um cenário de pavor, com fogo em andares superiores. Buckup afirmou que viu as chamas se iniciarem na parte do prédio logo atrás da fachada, entre o segundo e o terceiro andares. Ali funcionavam salas da administração, central multimídia, coleções de populações indígenas, e um manto imperial, segundo ele.

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"Os funcionários foram heróis. Estávamos pensando nos nossos ancestrais pesquisadores. O que salvamos vai permitir a continuidade de pesquisas de colegas. Na hora só pensei que ali estavam a minha vida e também a vida de colegas. Consegui tirar alguns milhares de animais, mas nada perto do que queimou", lamentou Buckup, que pesquisa evolução de peixes. O material de trabalho do biólogo não estava no prédio.

O museu ainda não informou tudo o que foi queimado. Dentro do prédio, além de coleções próprias, estavam itens em comodato enviados pela Casa da Marquesa de Santos, que se encontra em obras. São peças de mobiliário do século 19 e que provavelmente se perderam por completo.

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