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Gustavo Gutiérrez, fotografado durante entrevista coletiva ao lado do então presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em 2013.
Gustavo Gutiérrez, fotografado durante entrevista coletiva ao lado do então presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em 2013.| Foto: EFE/Raúl Garcia

O teólogo que deu nome à Teologia da Libertação morreu nesta terça-feira (22). O peruano Gustavo Gutiérrez tinha 96 anos e era sacerdote dominicano.

"Pedimos que nos acompanhem com suas orações para que nosso querido irmão desfrute da vida eterna", escreveu a Província Dominicana de São João Batista do Peru, em um comunicado no qual anuncia a morte de Gutiérrez.

A Teologia da Libertação é um movimento de esquerda dentro da Igreja Católica. Lançada nos anos 1970, essa corrente de pensamento influenciou sacerdotes, intelectuais e políticos por décadas — inclusive na formação do Partido dos Trabalhadores (PT).

A obra "Teologia da Libertação: Perspectivas", de Gutiérrez, é considerada o marco inicial do movimento. Nela, o peruano cita Karl Marx quase vinte vezes. "A luta de classes é um dos problemas cruciais que, presentes no mundo de hoje, atingem a vida e a reflexão da comunidade cristã e não podem ser esquivados por mais tempo", diz um trecho da obra.

No começo dos anos 80, o sacerdote foi questionado pela Congregação para a Doutrina da Fé por suas ideias incompatíveis com o ensinamento católico. Mas, nos últimos anos, ele estabeleceu boas relações com o Vaticano. Ele chegou a ser encontrar com o Papa Francisco e recebeu uma saudação do chefe da Igreja quando completou 90 anos, em 2018.

Gustavo Gutiérrez será enterrado no Convento Santo Domingo de Lima, na capital peruana.

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