Nesta edição do programa Em Baixa, o assunto é que Lula resolveu fazer de novo aquilo que já deu errado antes, em outras gestões petistas: o presidente anunciou que pretende usar o dinheiro dos fundos de pensão das estatais para injetar nas obras do PAC.
A ideia é correr com a aprovação de uma proposta que permita que os fundos financiem obras de infraestrutura, o que já deu grandes prejuízos no passado - a exemplo do Postalis, o fundo previdenciário dos Correios que tem uma dívida de R$ 15 bilhões cuja metade está sendo custeada por ninguém menos que os próprios trabalhadores, aposentados e pensionistas das estatal.
E o programa aborda também a manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) a favor das "saidinhas", um direito justificado para a reintegração social que, na prática, permite que presos saiam da cadeia, cometam crimes e não voltem mais para a prisão.
Governo Lula quer fundos de pensão de estatais em obras do PAC
O governo federal cogita usar os grandes fundos de pensão das estatais em investimento de infraestrutura, especialmente nos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), diante da falta de margem no Orçamento e do aumento de despesas obrigatórias.
O assunto foi discutido em uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com representantes da Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), da Petros (da Petrobras), da Funcef (Caixa Econômica Federal) e do Postalis (dos Correios) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Vale lembrar que esses fundos estiveram envolvidos em denúncias de fraudes, aparelhamento partidário e má gestão no passado. Também foram usados para impulsionar a política de "campeãs nacionais" – que anabolizou empresas escolhidas – e viabilizar projetos de interesse dos governos petistas.
AGU defende manutenção das “saidinhas”
A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu nesta quinta-feira (22) a manutenção das visitas de presos do semiaberto a familiares, as chamadas “saidinhas”. O parecer foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na manifestação, o advogado-geral da União, Jorge Messias, argumentou que o dispositivo da regra aprovada pelo Congresso que restringe as saídas temporárias de presos desrespeita a Constituição.
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Política com humor, humor com política. É assim que o comentarista Thiago Melo conduz o Em Baixa, que aborda o lado tragicômico do noticiário. O programa vai ao ar todas as quartas e sábados, às 10h, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.