Grupo de defesa dos animais quer mudar expressões como ‘matando cachorro a grito’

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Você já tentou ficar ‘alegre’ como um gambá? 

Resolva dois problemas de uma vez só e diga: "Cara, eu realmente alimentei dois coelhos com uma só cenoura!" 

Ou apenas... viu um sapo (em vez de engolir um)? 

São essas expressões, de acordo com a PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), que os humanos deveriam usar em vez de "linguagem anti-animal" — frases como "matando cachorro a grito" ou "pegue o touro pelos chifres". 

A organização sem fins lucrativos pelos direitos dos animais publicou um gráfico simples no Twitter em um esforço para ajudar as pessoas a "remover o especismo [preconceito contra espécies] de suas conversas diárias". 

Não diga "matei dois coelhos com uma só cajadada", aconselhou o grupo. Em vez disso, tente "alimentar dois coelhos com uma só cenoura". 

Não "seja a cobaia". Seja... o tubo de ensaio. 

"As palavras importam, e à medida que nossa compreensão da justiça social evolui, nossa linguagem evolui junto com ela", afirmou o grupo, que tem uma história de campanhas provocativas. 

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O gráfico de expressões alternativas foi aceito pelos seres humanos tão bem quanto você imagina. 

Ou seja, de maneira alguma. 

Imediatamente, os usuários do Twitter declararam que a PETA realmente "tem macacos no sótão". 

Muitos perguntaram: o grupo trocou gato por lebre? E então disseram cobras e lagartos. 

Muitos simplesmente tuítaram de volta fotos fazendo churrasco, ou um GIF de Chris Pratt levantando lentamente o dedo do meio. 

E foi assim que a PETA virou boi de piranha. 

"É isso. Estou matando cachorro a grito", escreveu o comediante Chris D'Elia. 

Outros ainda não conseguiram resistir à oportunidade de criar suas próprias expressões com animais. 

"A curiosidade emocionou o gato!" escreveu Jesse Hawken. (A PETA retweetou este.) 

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Algumas das reações mais exaltadas, entretanto, vieram de pessoas mais preocupadas com um tuíte postado pela PETA após o gráfico, no qual ele comparou "frases que trivializam a crueldade com animais" a frases racistas ou homofóbicas que não eram mais aceitáveis. 

"A PETA está sempre confundindo seu trabalho com as lutas dos negros, das pessoas queer e de outras pessoas de cor", escreveu o autor e roteirista Ira Madison III. "Estou muito feliz por ter acabado de comer um belo filé no almoço." 

Mas a PETA não acha que está matando couve a grito. 

"Este não será nosso foco principal de forma alguma", disse Ashley Byrne, porta-voz da PETA, ao Washington Post. "Mas, você sabe, se ter essa conversa faz as pessoas começarem a pensar porque a PETA pode não amar frases como 'traga para casa o bacon' [bring home the bacon, expressão que significa ‘levar o leite para as crianças’] — porque os porcos estão levando vidas miseráveis antes de se tornarem bacon — então ótimo." 

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Quando perguntada sobre aqueles que estavam chateados pela PETA ter comparado a linguagem anti-animal com linguagem racista e homofóbica, Byrne disse que "encorajar as pessoas a serem gentis" não é "uma competição". 

"Nossa compaixão não precisa ser limitada", disse ela. "Ensinar as pessoas a serem gentis com os animais só ajuda em termos de encorajá-las a praticar a bondade em geral. À medida que nos tornamos mais instruídos sobre os animais, como as pessoas estão aprendendo mais sobre quão inteligentes e sensíveis são esses animais ... Acho que a maioria das pessoas está aceitando que a maneira como tratamos os animais é uma questão de justiça social. " 

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Quarta de manhã, na cova dos leões que é o Twitter, o grupo provocou ainda mais aqueles que ficaram uma arara com a primeira mensagem. 

"Com tanta negatividade no mundo, por que não iluminar e usar a linguagem de uma forma que encoraje ser gentil com os animais?" a PETA tuítou, quase pedindo às pessoas que não transformassem a questão em um bicho de sete cabeças.