Homenageado por petista, Gilmar Mendes ataca Curitiba e a Lava Jato. O comentário de Guilherme Oliveira no Em Alta repercute a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que ao receber o título de cidadão honorário de Brasília afirmou que a cidade de Curitiba é "mal-afamada" por causa do senador Sérgio Moro e do ex-procurador, Deltan Dallagnol.
Durante a cerimônia, ele relatou ter visitado a capital paranaense em 1978 para o 7° Congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde foram discutidos temas como a restauração do habeas corpus, a anistia e a abertura do país após a ditadura militar. Na ocasião, o evento foi comandado pelo jurista Raymundo Faoro, morto em 2003.
“Não é a Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro, Dallagnol e companhia. Era a Curitiba que trilhava senhas para um outro Brasil que trilhamos e que foi extremamente importante”, acrescentou.
Acompanhe o comentário de Guilherme Oliveira.
Homenageado por petista, Gilmar Mendes ataca Curitiba e a Lava Jato
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira (2) que Curitiba ficou com má fama pela atuação do ex-juiz Sergio Moro (União-PR), hoje senador, e do ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo-PR), na Operação Lava Jato. Mendes voltou a criticar a força-tarefa ao receber o título de cidadão honorário de Brasília na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Durante a cerimônia, ele relatou ter visitado a capital paranaense em 1978 para o 7° Congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde foram discutidos temas como a restauração do habeas corpus, a anistia e a abertura do país após a ditadura militar. Na ocasião, o evento foi comandado pelo jurista Raymundo Faoro, morto em 2003.
"[Houve] debate sobre as medidas de exceção, Estado de defesa e Estado de emergência. Oscar Correa [morto em 2005] foi o relator, que depois foi ministro do Supremo e da Justiça. Foi uma cena incrível o que meus olhos viam. Os advogados não aceitavam discutir isto. Faoro teve que usar sua autoridade e dizer: ‘Nós precisamos discutir isso, porque não haveria abertura se não tiver garantias sobre o estado de defesa e de emergência”, disse o decano do STF.
“Não é a Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro, Dallagnol e companhia. Era a Curitiba que trilhava senhas para um outro Brasil que trilhamos e que foi extremamente importante”, acrescentou.
Ministro já havia atacado os paranaenses anteriormente
No que tange especificamente a lava jato, o ministro é um crítico recorrente da operação, principalmente de Moro e Dallagnol. O ex-juiz, inclusive, é réu por suposta calúnia contra Mendes. A ação foi motivada por um vídeo em que o senador fala sobre "comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes". A gravação viralizou nas redes sociais em abril de 2023.
O ex-juiz já afirmou que a declaração “não representa” o que pensa e ocorreu em um "contexto de brincadeira". Com a repercussão, o ministro acionou a Procuradoria-Geral da República para adotar as providências cabíveis.
Em junho deste ano, a primeira turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia apresentada pela PGR e abriu uma ação penal contra Moro. No mesmo mês, Mendes comentou sobre uma audiência que teve com Moro em abril deste ano. Na ocasião, o decano chamou o encontro de “divertido” e acusou Moro e Dallagnol de “roubarem galinhas juntos”.
E Gilmar seguiu criticando a operação e disse “acho que a Lava Jato fez um mal enorme às instituições...o que a gente aprendeu? Eu diria em uma frase: não se combate o crime cometendo crimes. Na verdade, a Lava Jato terminou como uma verdadeira organização criminosa, ela envolveu-se em uma série de abusos de autoridades, desvio de dinheiro, violação de uma série de princípios e tudo isso é de todo lamentável”, disse o ministro em entrevista à Agência Brasil em março deste ano.
Assista ao Em Alta todas às terça-feiras
O programa Em Alta promove uma análise política ácida, sem medo e cheia de boas sacadas, pautada por um tema pertinente da semana. Com comentários de Guilherme Oliveira, o programa vai ao ar todas as terças, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.
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