Na noite de terça-feira, o Jornal Nacional trouxe a informação que o ex-PM Élcio Queiroz, um dos envolvidos no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, teria ido ao condomínio onde mora o presidente Jair Bolsonaro no dia 14 de março, às 17h10, horas antes da morte de Marielle, e anunciado na portaria que visitaria a casa número 58, que pertence justamente a Bolsonaro.
O porteiro ainda teria dito que Queiroz foi até a casa de Ronie Lessa, policial reformado que é apontado como o autor dos tiros que mataram a vereadora.
Aqui as coisas ficam ainda mais estranhas: o porteiro estranhou a mudança de rota de Queiroz e voltou a interfonar para a casa de Jair Bolsonaro. “Seu Jair” disse que estava tudo bem. Mas o deputado estava naquele dia e naquele horário em Brasília, na Câmara dos Deputados.
Nesta quarta-feira, o Gaeco disse que o porteiro mentiu em depoimento à Polícia Civil. O ministro Sérgio Moro afirmou que pode ter ocorrido equívocos na investigação conduzida no Rio de Janeiro ou "eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do Presidente da República no crime". O procurador-geral Augusto Aras classificou como um "factoide" a associação de Jair Bolsonaro aos acusados de matar Marielle Franco.
Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza discutem as repercussões desta história.
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