A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem um longo histórico de serviços prestados à humanidade. Graças a um esforço hercúleo de agentes de saúde em todo o planeta, sob a coordenação da OMS, a varíola, uma das doenças mais mortíferas da história, foi erradicada em 1980. Outras campanhas promovidas pela organização reduziram os casos de doenças evitáveis por vacinação. Se vivemos em um mundo mais seguro e saudável, devemos muito à OMS.
Nesta crise mundial causada pelo novo coronavírus, no entanto, a atuação da entidade tem sido um desastre, e a causa disso é o medo de desagradar a ditadura chinesa. Logo no início da pandemia, quando a doença ainda estava restrita à china, a organização aceitou sem questionar a palavra do governo chinês de que o vírus não era transmissível entre humanos. Essa demora fez com que a Covid-19 se espalhasse pelo mundo inteiro, provocando tragédias na Itália, Espanha e Estados Unidos - isso sem mencionar a catástrofe imensurável na economia global.
E por que tanta leniência em relação a um regime que não é confiável sob nenhum aspecto? Afinal de contas, a China pode até ser a segunda maior potência econômica da atualidade, mas caracteriza-se principalmente por manter seus cidadão sob rédea curta, além de dizimar qualquer tipo de oposição, inclusive com a existência de campos de concentração para minorias étnicas. Como dizem os americanos: “follow the money”. Justamente por ser uma potência econômica, a China injetou muita grana na campanha do atual diretor-geral da OMS, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus. No dia 23 de abril colocou mais 30 milhões de dólares na agência, aproveitando que os Estados Unidos não a financiam mais.
Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza e Guilherme Macalossi falam sobre os problemas da OMS.
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