Nesta quarta-feira (27), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em seis estados, por causa do inquérito das fake news, aberto por Dias Toffoli e que tem Alexandre de Moraes como relator. O alvo da operação, que apreendeu celulares e computadores, foram apoiadores de Bolsonaro.
A discussão sobre fake news não é nova. Elas sempre existiram, mas ganharam relevância maior na eleição presidencial americana de 2016 e na brasileira de 2018. Ambos os candidatos vencedores foram acusados de utilizar fake news para chegar ao poder. Não faltou gente aparecendo para querer tutelar o pensamento da população, como se esta não tivesse capacidade de diferenciar o que é verdade do que não é.
A atual investida do STF é preocupante por vários motivos. Não é normal em uma democracia ver pessoas sendo investigadas por meras críticas, por mais virulentas que sejam. Boa parte dos liberais também comemorou a ação da Polícia Federal, pois foi atingida justamente a ala mais extrema do bolsonarismo. Mas liberdade de expressão não é justamente isso, defender até o direito daqueles pelos quais não nutrimos nenhuma simpatia? Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza e Guilherme Macalossi vão falar sobre o inquérito do STF e outras tendências estranhas que estão acontecendo nesta pandemia.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura