O chargista Renato Aroeira fez um cartum em que mostra o presidente Jair Bolsonaro pintando uma cruz vermelha, transformando-a em uma suástica nazista. Com a lata de tinta e o pincel na mão, ele diz: “Bora invadir outro?” em uma referência à fala de Bolsonaro: "Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não".
Após o jornalista Ricardo Noblat compartilhar a charge, a Secretária de Comunicação do governo federal se pronunciou afirmando que “O senhor Ricardo Noblat e o chargista estão imputando ao Presidente da República o gravíssimo crime de nazismo; a não ser que provem sua acusação, o que é impossível, incorrem em falsa imputação de crime e responderão por esse crime.” O ministro da Justiça. André Luiz Mendonça, pediu à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República para abrir um inquérito e investigar o desenho.
A repercussão estimulou outros chargistas a criarem diferentes versões da charge. Em entrevista ao UOL, Aroeira disse que a abertura do inquérito e a reação do governo “do ponto de vista político, é um baita tiro no pé. Deu uma visibilidade à minha charge que eu não poderia imaginar que ela teria.”
Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza comentam neste episódio a repercussão da charge e os limites da liberdade de expressão.
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