Quando disputou a prefeitura do Rio de Janeiro, em 2016, o candidato Marcelo Freixo, do PSOL, apostou em um discurso supostamente voltado para os mais pobres. Mas quem venceu nas seções eleitorais da periferia foi seu adversário, Marcelo Crivella.
O mesmo fenômeno se repete nas eleições municipais deste ano em São Paulo. O psolista Guilherme Boulos é o terceiro colocado na pesquisa divulgada pelo Ibope no último domingo, com 8% das intenções de voto, atrás de Celso Russomano, com 24%, e do atual prefeito Bruno Covas, com 18%. Mas o sucesso de Boulos se dá justamente entre a população que recebe mais de cinco salários e possui ensino superior completo, nais quais soma 17% e 15%, respectivamente. Entre os que ganham até um salário mínimo, Boulos registra somente 2% das intenções de voto. Ele tem um desempenho ainda pior entre a população que possui somente o ensino fundamental: 1%.
Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza falam neste episódio do podcast Ideias das razões por trás desse fenômeno, que pode revelar muito mais do que as pesquisas eleitorais estão mostrando.
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