"Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse".
Caso o leitor não reconheça, este foi ninguém menos do que o poeta Fernando Pessoa intimando seus apreciadores a aprender melhor a língua na qual este podcast Ideias da Gazeta do Povo foi gravado. À primeira vista, ninguém tem dúvida de que saber português, especialmente para quem mora no Brasil, é importante. Só que na escola a gente aprende que para compreender bem o idioma, escrever direitinho e conseguir entender um Machado de Assis ou um Guimarães Rosa da vida, é preciso aprender umas regrinhas- e é aí que o bicho pega. O Ideias de hoje vai tentar convencer seus ouvintes a dar valor a essas regrinhas que tornam a língua portuguesa o que ela é: a gramática. E para essa conversa, convidamos dois professores de língua portuguesa, a Paula Rosiska, que dá aula para o ensino médio na rede pública de São Paulo, e o William da Cruz, tradutor e revisor.
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