Se fosse verdade, o caso do ator americano Jussie Smollett tinha tudo para ocupar as manchetes do noticiário de forma ininterrupta. Uma das estrelas do seriado Empire, que quase ninguém conhece no Brasil, mas nos EUA já está em sua quinta temporada, o ator apareceu no noticiário americano porque teria sido espancado por dois homens simplesmente pelo fato de ser gay e negro. Segundo o depoimento que Smollett deu à polícia de Chicago, um dos agressores ainda teria gritado o slogan da vitoriosa campanha de Trump à presidência: Make America Great Again.
Uma receita perfeita para colocar a máquina progressista em andamento. Políticos democratas logo saíram a público para denunciar o que seria um momento tóxico da sociedade americana, e apontar dedos acusatórios para o que chamam de discurso de ódio praticado pelo presidente republicano.
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Mas tinha um grande porém: era tudo mentira. A polícia de Chicago revelou esta semana que, depois de ter gastado milhares de dólares e muito tempo em uma investigação sobre um crime que a rigor nunca aconteceu, tudo não passou de uma farsa. Pelos motivos mais mesquinhos possíveis — Jussie Smollett na verdade queria um aumento de salário na série — ele contratou duas pessoas para o espancarem. A partir daí ele criou a fantasiosa história da agressão motivada por ódio e homofobia.
Um conto moderno que atualiza a fábula de Pedro e o Lobo.
Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza e Gustavo Nogy comentam a farsa maquinada pelo ator.
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