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Pena de morte voltou a ser aplicada no Arkansas após um intervalo de 12 anos. | California Department of Corrections/AFP
Pena de morte voltou a ser aplicada no Arkansas após um intervalo de 12 anos.| Foto: California Department of Corrections/AFP

Uma juíza federal ordenou às autoridades do estado do Arkansas que realizem uma necropsia do corpo de um preso que foi executado, cujo advogado descreveu a morte como “horripilante”, com tremedeiras e convulsões durante a injeção letal. A juíza Kristine Baker, do tribunal do distrito leste do Arkansas, emitiu na sexta-feira a ordem, menos de 24 horas depois que o estado executou Kenneth Williams, 38 anos, culpado por múltiplos assassinatos.

Trata-se do último de quatro presos executados em uma semana, as primeiras execuções desde 2005 nesse estado. Autoridades do Arkansas disseram que o apertado calendário das execuções foi necessário porque a reserva que tinham de midazolam, o sedativo usado na injeção letal, vence no fim de abril.

Além da necropsia, a juíza ordenou que as autoridades do Arkansas preservem exames de sangue e do tecido do corpo de Williams. O motivo da ordem de emergência “para a preservação da evidência” foi solicitado por Jason McGehee, outro preso que está no corredor da morte e que foi programado para ser executado na quinta-feira.

O advogado Shawn Nolan indicou que seu cliente, Williams, sofreu durante sua execução. “Três minutos após o início da execução, nosso cliente começou a tossir, convulsionar e se sacudir”, disse.

Nolan e a organização American Civil Liberties Union pediram que investiguem se a execução de quinta-feira à noite foi morte por tortura. O advogado considerou como um “encobrimento” o comentário do porta-voz do governador do Arkansas, Asa Hutchinson, no qual sustentou que a agitação física foi “uma reação muscular involuntária” causada por um dos medicamentos.

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