Em “Vença em Silêncio”, Diego Menin traz um apanhado de citações bíblicas que nos ensinam a como ganhar batalhas sem usar as palavras.| Foto: Pixabay/czu_czu_PL
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Com mais de 1,2 milhão de seguidores no Instagram e 1,1 milhão de inscritos no YouTube, o pastor e teólogo Diego Menin também faz sucesso no meio editorial.

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Autor de títulos como 'Quando Deus Demora', 'A Difícil Decisão do Recomeço' e 'Pense e Ore', entre outros, ele acaba de lançar um livro sobre a prática da quietude para atingir a maturidade espiritual e emocional.

'Vença em Silêncio: Como Ganhar Batalhas Sem Precisar Falar' (editora Vida) traz um apanhado de citações bíblicas que nos ensinam a conter as palavras e esperar o momento certo para dizê-las. Leia um trecho da obra a seguir.

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Como está escrito em Eclesiastes 3.7, há “tempo de calar e tempo de falar”. Existem momentos apropriados para abrir a boca e expressar o que pensamos, assim como momentos em que devemos ficar em silêncio.

Controlar a boca, nessas circunstâncias, é uma verdadeira bênção. Se não fizermos isso, nosso temperamento — que convenhamos, não é confiável — nos dominará.

Nós, por natureza, não somos confiáveis. Ou calo minha boca e deixo Deus falar por mim ou corro o risco de estragar minha vida. Casamentos são destruídos e carreiras promissoras são arruinadas devido ao mau uso das palavras.

Hoje, parece que o silêncio é visto como algo ofensivo. Você já notou como as pessoas reagem quando alguém decide ser mais reservado? Alguém diz: “Ficarei mais na minha”, e logo todo mundo acha esquisito.

Comentam: “Você está estranho. Não está falando mais com ninguém. Está só na sua”. Na verdade, isso deveria ser um motivo de celebração. Glória a Deus que a pessoa está “estranha”. Ela só fala quando necessário e prefere o silêncio.

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Quando alguém tenta preencher todos os momentos com conversa, acaba falando bobagem. A sociedade moderna não quer ninguém discreto, mas precisamos aprender a valorizar a vida reservada.

Na multidão de palavras, há pecado. Não podemos falar pela carne e dizer o que não edifica. Não adianta lutarmos pela paz em casa e por uma vida ministerial estruturada se não sabemos controlar nossa boca.

Chorar e ficar fazendo papel de vítima também não resolve nada. Perguntar: “Senhor, por que sou perseguido?”, “Por que ninguém tem paciência comigo?”, “Por que todos olham para mim desse jeito?” não trará respostas se a raiz do problema for nossa boca.

Evite ser um falador, que diz o que não precisa ser dito. Não se ajunte com o ímpio para falar o que não deve. O que realmente traz conforto é o silêncio. O que faz você dormir bem à noite? Um quarto silencioso, não?

Há tanto barulho em nossa vida: conversas, assuntos, comentários, sem contar a correria do cotidiano. Quem fala muito não é sábio.

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E o pior é quando, além de não ficar quieta, a pessoa repete a mesma coisa o tempo inteiro; parece uma vitrola riscada. Repetições constantes e desnecessárias fazem com que as pessoas ao nosso redor parem de nos ouvir e, eventualmente, percam o respeito por nossas palavras.

Em Salmos 141.3, está escrito: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios”. Veja o tipo de oração que o salmista faz.

Temos que orar por isso também, “Senhor, faça a dentadura cair do copo quando eu começar a falar bobagem. Faça o pivô cair, Senhor. Faça a língua tremer. Dê cãibra no maxilar; faça qualquer coisa, mas coloque um guarda em minha boca. Não posso ser essa pessoa que não sabe se calar”.

Olhamos para as pessoas e julgamos sua aparência, “Aquele ali fez tatuagem, é ímpio. Olha o cabelo da irmã. Deus me livre. Nossa, aquela ali troca de namorado como quem troca de roupa”. Mas será que é assim que devemos identificar o justo e o ímpio?

A Bíblia nos ensina algo diferente. Não é pela roupa ou cor do cabelo. É pela boca: “A boca do justo é fonte de vida, mas a boca dos ímpios abriga a violência” (Provérbios 10.11). De fato, são pelas palavras que sabemos quem é justo e quem é ímpio.

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A conversão a Deus se manifesta pela boca. As palavras que uma pessoa usa e a maneira como fala dizem se ela realmente se converteu ou não.

Posso carregar a Bíblia debaixo do braço, servir na igreja, ter sido batizado e sorrir, mas se a minha boca não é uma fonte de vida, não sou convertido.

Após conversar com uma pessoa que está afastada da igreja, ela sente vontade de voltar ou de continuar fora? No versículo que acabamos de ler, Salomão está dizendo que a boca do justo traz vida, paz e palavras que vivificam, enquanto a do ímpio é violenta, fere e agride.

Não adianta termos a aparência de crentes, ocuparmos posições na igreja e carregarmos um “crachá” se nossa boca é cruel e ofensiva. O mesmo Salomão nos lembra “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura” (Provérbios 12.18).

Prefiro tomar um tapa na cara a ouvir algumas coisas. O tapa e o hematoma passam, mas as palavras não voltam.

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Jesus resgata e dá a vida às pessoas, mas muitas vezes, ao chegarem à igreja, elas encontram crentes com bocas violentas. A língua do sábio traz o quê? Cura. Precisamos nos perguntar: quando falo, curo ou machuco?

Nossas palavras têm mais poder do que imaginamos. Por isso, Salomão escreveu: “A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto” (Provérbios 18.21).

O que eu falo determina se vivo ou morro. Salomão também afirma em Provérbios 13.2: “Do fruto de sua boca o homem desfruta coisas boas, mas o que os infiéis desejam é violência”.

Ou seja, se minha boca produz coisas boas, comerei frutos bons. Mas se falar coisas ruins, colherei violência e infidelidade.

Assim, aprendi que pessoas sábias amam o silêncio e são mais seletivas com suas palavras. Portas espirituais se abrem quando fecho minha boca. Milagres são gerados quando me calo, independentemente do que esteja sentindo.

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Lembre-se, “quem tem conhecimento é comedido no falar, e quem tem entendimento é de espírito sereno” (Provérbios 17.27).

O que Salomão está dizendo? Pessoas inteligentes falam pouco; se inteligentes falam pouco, quem fala muito é o que? A resposta é óbvia.

Quando nos calamos, Deus nos coloca nos lugares certos

“Pastor, não posso falar nunca?”. Pode, mas na hora certa e do jeito certo. Esse é um dos grandes problemas no casamento, por exemplo.

Imagine que o marido esteja falando algo com razão, mas a maneira como trata a esposa a machuca. Mesmo sem usar um palavrão, um tom agressivo ou desrespeitoso pode causar dor. Desse modo, ela não o ouvirá.

Não adianta abrir a boca na hora certa e não saber falar. Salomão nos lembra: “A língua dos sábios torna atraente o conhecimento, mas a boca dos tolos derrama insensatez” (Provérbios 15.2).

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O maior problema das pessoas é que elas não sabem se calar. Além disso, não sabem falar. É inútil você ser firme em seus direitos ao conversar, se não tiver sensibilidade em relação a quem está falando e sobre o que está falando.

Deus abre portas quando fechamos a boca. Aprendemos a vencer batalhas quando nos calamos e escutamos mais.

Se pegar o aplicativo Waze e calcular a distância do Egito até Canaã, você verá que o caminho leva cerca de 7 horas de carro. No entanto, o povo hebreu demorou 40 anos para completar o trajeto. Por quê?

Não sabiam fechar a boca. Estavam com fome e sede, reclamavam; estavam enjoados do maná, reclamavam. Precisaram de 40 anos no deserto para aprenderem a ficar quietos.

Aprenda a se calar e pare de julgar os outros, apontar o dedo, falar da vida alheia e se comprometer com assuntos que não dizem respeito a você. Muitas pessoas acabam enroscadas em questões que nem são delas; depois, precisam pedir desculpas e se retratarem por coisas que nem têm nada a ver consigo.

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Isso acontece porque se envolvem em conversas que não deveriam. Aprenda a controlar sua língua e a direcionar sua energia para o que agrega vida e valor. Quando nos calamos, Deus nos honra e nos coloca nos lugares certos.

Devemos abrir a boca para fazer pessoas se apaixonarem por Jesus e para falar do Reino de Deus. Entenda uma coisa, certas questões não foram culpa do Diabo, mas de nossas próprias palavras.

Em determinados momentos, enfrentaremos situações assustadoras, mas ainda assim teremos que nos calar. Pessoas trairão nossa confiança, outras falarão mal de nós, mas teremos que nos calar.

Por quê? Porque somos diferentes e nossas palavras devem trazer vida, em vez de morte. Não permita que sua boca o afaste do plano de Deus. Na sensatez e no silêncio está a vida.

Deixe de querer fazer tantas bobagens e remendos; somente assim voltará a ser respeitado onde estiver.

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Quando queremos fofocar, procuramos alguém que não para de falar. Mas quando buscamos um conselho de verdade, procuramos pessoas sábias.

Elas são reservadas e seu tempo é valioso demais para ser desperdiçado com coisas inúteis. Em contraste, aqueles que não controlam suas línguas estão sempre à disposição.

Você deseja ser fofoqueiro ou sábio? Sua vida e morte dependem de suas palavras. Lembre-se, é tempo de fechar a boca.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]