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“Lockdowns tiveram pouco ou nenhum efeito na mortalidade por Covid”, diz estudo da Johns Hopkins

Fachada da Johns Hopkins University, em Baltimore, Estados Unidos. (Foto: Wikimedia Commons)

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Estamos no terceiro ano da pandemia de Covid-19. Do uso obrigatório de máscaras aos passaportes de vacinação, as restrições governamentais às nossas liberdades permanecem em vigor. Entretanto, pelo menos nos EUA, a era dos lockdowns que limitavam os americanos às suas casas para “retardar a propagação” acabou.

Infelizmente, uma nova meta-análise de estudos mostra que toda a dor e sacrifício que sofremos com essas imposições não teve muito resultado – apesar de seus enormes custos.

A nova revisão de pesquisa foi liderada pelo economista Steve Hanke e publicada pela Universidade Johns Hopkins. Ele avaliou 24 estudos relevantes examinando o rigor do lockdown, o impacto das campanhas para que o povo não saísse de casa e a eficácia de restrições específicas. A meta-análise conclui que “os lockdowns tiveram pouco ou nenhum efeito na mortalidade por Covid-19”.

Por que a ordem de permanecer em casa não combateria efetivamente a pandemia? Bem, até certo ponto ela simplesmente atrasa o inevitável. Além disso, pesquisas mostraram que a maior parte da disseminação do Covid-19 ocorreu em casa.

“As microevidências contradizem o ideal de saúde pública em que as famílias seriam locais de confinamento solitário e transmissão zero”, concluiu Casey B. Mulligan, economista da Universidade de Chicago. “Em vez disso, as evidências sugerem que ‘os domicílios apresentam as taxas de transmissão mais altas’ e que ‘os domicílios são ambientes de alto risco para a transmissão de [Covid-19]’”.

Então, por mais desanimador que seja, não é de surpreender que Hanke e companhia encontraram um impacto mínimo das políticas de lockdown na saúde pública.

“Estudos de índice de rigor descobriram que os lockdowns na Europa e nos Estados Unidos reduziram a mortalidade por Covid-19 em apenas 0,2%, em média”, conclui sua nova pesquisa. "[Ordens para que os cidadãos permanecessem em casa] também foram ineficazes, reduzindo a mortalidade por Covid-19 em apenas 2,9%, em média. Estudos específicos (sobre restrição não farmacêuticas) também não encontraram evidências amplas de efeitos visíveis na mortalidade por Covid-19."

No entanto, os custos dessas medidas draconianas não foram mínimos. Elas devastaram a economia, agrediram a classe trabalhadora, alimentaram uma crise de saúde mental juvenil, levaram a overdoses recordes de drogas, pioraram uma onda de crimes, atrasaram tratamentos médicos que salvam vidas e muito mais.

Esses resultados devastadores oferecem um lembrete vívido de uma lição crucial. Quando os planejadores centrais, em sua arrogância, ignoram o fato de que suas ações terão consequências abrangentes além de suas intenções, o sofrimento humano acontece.

"Não é suficiente... endossar uma legislação que tem um título bonito e promete fazer algo de bom", escreveu o economista Robert P. Murphy para a FEE. “As pessoas precisam pensar em todas as consequências de uma política, porque muitas vezes ela levará a uma cura pior que a doença.”

Quando se trata de políticas de lockdown, a “cura” provou ser muito mais prejudicial do que útil.

*Brad Polumbo é jornalista e correspondente de política da Foundation for Economic Education.

© 2021 Foundation for Economic Education. Publicado com permissão. Original em inglês.

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