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Na Marcha anual Pela Vida em Washington, em janeiro, jovens seguram cartazes com a frase “Eu sou a Geração Pró-Vida” | Marvin JosephThe Washington Post
Na Marcha anual Pela Vida em Washington, em janeiro, jovens seguram cartazes com a frase “Eu sou a Geração Pró-Vida”| Foto: Marvin JosephThe Washington Post

Cerca de 76% dos americanos apoiam leis mais restritivas sobre o aborto, de acordo com uma nova pesquisa Marista de opinião pública, uma descoberta que faz parte de uma corrente consistente de dados que a companhia coletou na última década.

Enquanto 51% dos entrevistados se identificavam como pró-escolha, 60% deles disseram ser a favor de limitações sobre o aborto, como endossar uma proibição de realização dos procedimentos após 20 semanas de gestação e se opor ao uso de tributos para pagar por eles. 

“Há uma leve maioria a favor da pró-escolha”, disse Andre Walther, vice-presidente dos Cavaleiros de Colombo, uma organização católica de serviço que encomendou a pesquisa anual. 

Mas rótulos de pró-vida e pró-escolha “não explicam tudo exatamente”, disse Walther na quarta-feira, dia 17, ao discutir os resultados no National Press Club. 

“De forma interessante, isso também se cruza com as linhas políticas de formas que podem ser um tanto surpreendentes”, disse. 

Cerca de 61% dos democratas, 92% dos republicanos e 78% dos independentes disseram querer restrições significativas sobre o aborto, de acordo com a pesquisa. 

O Instituto Marista de Opinião Pública e os Cavaleiros de Colombo divulgaram os resultados dois dias antes da Marcha pela Vida anual em Washington.

Ao conduzir a pesquisa, o sondador primeiro fez uma pergunta binária, como a de se o entrevistado era pró-vida ou pró-escolha, e depois perguntas mais detalhadas, disse Barbara Carvalho, diretora da organização Marista, aos repórteres e outros. 

Uma pergunta foi adicionada na pesquisa deste ano, questionando “Quando a vida começa?”. As respostas foram desde “na concepção” até “quando o bebê nasce”. 

Walther disse que há uma “divisão interessante” na visão dos pró-vida e pró-escolha sobre porque as pessoas acreditam que a vida começa na concepção. 

Para aqueles que se identificam como pró-vida, 16% disseram que é “um fato biológico e científico” que a vida começa na concepção, enquanto 45% dos entrevistados pró-escolha disseram que “uma crença filosófica ou religiosa” leva os pró-vida a acreditarem que a vida começa na concepção.

Fator político

Cerca de 42% disseram que o aborto é um “fator importante” para que eles votem nas eleições, e pelo menos 70% disseram que se trata de um aspecto, seja ele maior ou menor, na hora de decidir o voto. 

A pesquisa descobriu que 56% veem o aborto como moralmente errado, diferente dos 63% em 2008 quando a organização Marista realizou a pesquisa anual sobre aborto pela primeira vez, e 41% veem o aborto como moralmente aceitável. Por volta de 64% veem o aborto como moralmente errado quando a criança tem alguma doença genética, e 26% veem como moralmente aceitável. 

Perguntado sobre como o presidente Donald Trump tem lidado com o movimento pró-vida, Walther respondeu, “Quando se vê a pesquisa ... algumas das ações que ele tem tomado seguem muito bem aquilo que os americanos pensam.” 

O site oficial dos Cavaleiros de Colombo citou a chamada política da Cidade do México que Trump reinstaurou no ano passado para proibir ajuda dos Estados Unidos a realizadores de abortos no exterior. 

A pesquisa entrevistou 2.617 adultos com 18 anos ou mais que vivem no território continental dos Estados Unidos entre dezembro e janeiro, e possui uma margem de erro de 3% para mais ou para menos.

Conteúdo originalmente publicado no Daily Signal

Traduzido por Maíra Santos.
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