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Martin Baron, então diretor do Washington Post, participa da palestra "A mídia e o poder" na Cidade do México, em 2019.
Martin Baron, então diretor do Washington Post, participa da palestra “A mídia e o poder” na Cidade do México, em 2019.| Foto: EFE/ Sáshenka Gutiérrez

Martin Baron (Tampa, 1954) é O editor de jornal, o diretor de jornal. Desde criança. Quando adolescente, dirigiu o jornal de sua escola. No terceiro ano da faculdade, foi diretor do jornal que era publicado duas vezes por semana na Universidade de Lehigh. E depois, já com vários prêmios, foi diretor do Miami Herald (2000), do Boston Globe (2001-2012) e do Washington Post (2012-2021).

Baron (costa oeste da Flórida, e a poucos meses dos 70 anos) é O jornalista. Começou a contar verdades no jornal escolar, depois deu um salto em uma publicação universitária ousada, se forjou nos verões de jornalismo local no jornal de sua cidade antes de se formar, deu o primeiro passo formal no Miami Herald logo após se formar (1979) e se forjou no Los Angeles Times (1979-1996) e no The New York Times (1996-2000).

45 anos de perguntas, respostas, notícias, crônicas, entrevistas, textos, paixão, investigação, consciência, correções, decisões, estratégias, impulsos, sucessos, amigos, inimigos, manchetes, capas, obituários, jornais impressos, império digital, ligações, suspeitas, intrigas, discrição, exclusivas, sabedoria, artesanato, raivas, alegrias, idas e vindas, prudência, valores, escuta, verdades ditas como socos e socos dados com punhos de seda, firmemente, em cima de algumas mesas.

Membro da equipe vencedora do Prêmio Pulitzer em 2003 pelas investigações sobre a pedofilia entre parte do clero de Massachusetts, como foi mostrado no filme 'Spotlight', em 2015.

Em 2021, duas semanas após se aposentar, começou a preparar um projeto de livro que ganhou versão em espanhol recentemente: 'Frente al poder. Trump, Bezos y The Washington Post' [De frente com o poder. Trump, Bezos e o Washington Post, sem edição em português]. Estas mais de 500 páginas são, provavelmente, a última grande homenagem à imprensa influente de relevância internacional, assentada sobre o prestígio de um jornal impresso incubado entre os Graham e o fundador da Amazon, que comprou o jornal em 2012 por US$ 250 milhões.

Estamos falando de “The Post”: um diário americano cuja história desperta o interesse profissional de qualquer jornalista que não tenha perdido a capacidade de vibrar com seu trabalho. Entre muitos outros marcos, naquele jornal feito em Washington D.C. com audiências cada vez mais globais, os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein nos contaram sobre o Watergate. Quando presidentes caíam.

É em um bom momento para falar sobre liberdade de imprensa e sobre a profissão mais apaixonante do mundo.

Você publicou um livro que repercutiu como um soco jornalístico na mesa dos políticos. Já devem ter chegado reações de um lado e de outro. Do seu país e do resto do mundo. O que passa pela sua cabeça desde que o livro foi publicado? Além de contar a verdade e vender exemplares, suponho, por que quis escrever essas páginas?

Martin Baron — Escrevi este livro por três razões. Em primeiro lugar, porque vivi um momento histórico à frente de um jornal emblemático dos Estados Unidos e do mundo inteiro. Durante esta etapa, um dos homens mais ricos do planeta comprou o jornal, e esse movimento coincidiu com a chegada de Donald Trump, alguns anos depois, ao cenário político: um candidato à Presidência dos Estados Unidos como nunca antes havíamos visto. E ele se tornou presidente, e era um presidente como nunca antes havíamos visto… Tinha muitas experiências pessoais que queria contar com um relato vívido e preciso dessa época que vivi muito perto da linha de frente.

Outro dos meus objetivos foi explicar melhor como funciona uma redação como a do Washington Post, porque há muitos estereótipos sobre os jornalistas e a grande maioria da opinião pública não entende nosso trabalho. Muitos leitores não estão conscientes dos julgamentos que temos que fazer e das dificuldades que encontramos todos os dias para tomar decisões. Embora parte da opinião pública não concorde conosco, queria explicar toda essa vida interna de razões, argumentos, resoluções e ações, focando talvez nos temas mais complicados com os quais tivemos que lidar nesses anos.

Por último, durante minha etapa como diretor do jornal surgiram algumas controvérsias na gestão da redação. Sobre essas questões, queria explicar meu ponto de vista, e preferia não fazê-lo no Twitter porque não é o lugar mais apropriado para explicar raciocínios sobre decisões. Durante o relato, minha intenção foi colocar no papel quais foram nossos princípios e nossos valores fundamentais, como foram nossas práticas profissionais e quais foram nossas normas jornalísticas primordiais. O livro é uma oportunidade para me explicar a fundo e sem pressa.

Você esteve em Madri apresentando a edição espanhola do livro, e o fez rodeado de muitos jornalistas. Como viu o estado de ânimo da profissão neste país? Percebe uma crise do jornalismo nacional? Nota uma crise de confiança das audiências sobre o jornalismo espanhol?

Baron — Na Espanha, o jornalismo está na mesma situação que em outras partes do mundo, também nos Estados Unidos. É evidente que há uma falta de confiança no futuro do jornalismo. Esse clima convive com muitas pressões financeiras, políticas, tecnológicas, trabalhistas... Hoje os jornalistas têm que trabalhar constantemente durante as 24 horas do dia, sete dias por semana. A cada minuto, os consumidores de informação esperam receber suas notícias instantaneamente. A esse contexto se soma a onda de crescente polarização, que evidentemente afeta nosso trabalho. Tive a impressão de que também há uma grande polarização entre os meios espanhóis, o mesmo que ocorre no meu país.

Tenho amigos espanhóis de todo o espectro político, e entre eles há conflitos e desencontros. O ambiente midiático internacional é muito difícil. O jornalismo mundial vive um momento muito complicado. Buscam-se novas fontes de renda que tornem os negócios jornalísticos sustentáveis, e as plataformas tecnológicas não estão nos ajudando. Mas há problemas mais profundos dentro da profissão, porque em sociedades polarizadas não conseguimos concordar sobre a realidade dos fatos. As provas, a verdade e a mentira eram determinantes, mas hoje sua importância se desvalorizou, dentro e fora da profissão. Esta crise da sociedade também potencia a crise da imprensa.

No livro, você fala até que ponto os políticos – no seu caso, Trump – transformaram os meios em inimigos públicos. Esse é um sintoma preocupante de decadência da democracia?

Baron — Claramente. Tanto nos Estados Unidos como em outros países vimos uma diminuição alarmante no apoio à democracia, porque há muita gente que acredita que este sistema não deu resultados, ou que esses resultados não se traduziram em uma melhora em nossas vidas cotidianas. Trump, por exemplo, se aproveitou dessa crise de prestígio das democracias atiçando a desconfiança no governo, nas supostas elites do país e nos meios de comunicação, agravando a situação. Porque, na verdade, ele é a única pessoa no mundo que pode resolver as coisas e é o único ser humano do planeta que diz a verdade...

Há outra realidade no outro lado da moeda. Alguns jornalistas influentes e muitos meios colocaram na mira alguns políticos, que consideram seus inimigos, apenas por pensarem diferente. O jornalismo, às vezes, informa de política o suficiente, investiga pouco, opina constantemente e julga acima de suas atribuições, e isso também amplia a dimensão desta crise.

Baron — O jornalismo tem um papel importante em responsabilizar os poderosos, incluindo os políticos, mas isso não significa que tenhamos que ser adversários constantes dos políticos, adversários constantes dos empresários, adversários constantes de qualquer instituição ou de qualquer pessoa com quem não concordemos. De fato, há muitos jornalistas que se comportam como ativistas e nós temos a obrigação de manter nossa independência e nossa objetividade.

Os jornalistas devem exercer seu trabalho com honestidade, integridade, independência, mente aberta e disposição de sempre ouvir todos e qualquer um, inclusive as pessoas comuns. Devemos ser especialistas em ouvir e interpretar todos os pontos de vista possíveis que coexistem em nossas sociedades.

A política é um tema importante, logicamente, mas não sei se os meios dão aos políticos mais voz do que merecem. Seria bom reduzir a presença dos políticos nos meios e falar mais sobre as pessoas comuns?

Baron — Não medi quanto espaço estamos dedicando, em geral, aos políticos e quanto às pessoas comuns, mas sim acredito que o jornalismo deve se dedicar mais a entender as vidas cotidianas das pessoas normais, entre outras coisas, porque são a maior parte do nosso público. Entender suas lutas, suas expectativas e suas esperanças deve ser uma prioridade em nossas publicações e em nossas transmissões no rádio ou na televisão. Há uma grande lacuna entre os meios de comunicação e as pessoas comuns.

Entre as histórias que conta no livro, ele conta que quando Bezos se encontrou pela primeira vez com a redação do Post após a compra, a primeira coisa que lhes disse foi: “Regra número um: não sejam chatos”. O populismo político é muito chato e nos deixa piores. Deveríamos marginalizá-lo voluntariamente da informação jornalística?

Baron — Infelizmente, o populismo político não é chato… Tem causado muita turbulência política nas nossas sociedades, e isso torna-o um fenômeno muito interessante. Por exemplo, a nossa cobertura da ascensão política de Donald Trump gerou muito interesse. Na verdade, graças a essa cobertura conseguimos mais leitores e mais assinantes. Os conflitos são atraentes, o importante é que a mídia os conte com honestidade, sem aumentar a polarização. Os populismos também geram o efeito oposto ao promoverem um certo desejo de sanidade ao seu redor.

Você concorda com essa "regra número um" de não ser chato?

Baron — Sim. Obviamente, as notícias não são um medicamento que sempre funciona. Temos que narrar as histórias de uma maneira interessante para atrair os leitores sem perder de vista o que realmente é a regra número um: manter-nos fiéis aos fatos, exercer o jornalismo com honestidade e integridade, e verificar e contrastar bem as notícias. Dito isto, se entediarmos os leitores, naturalmente os afastaremos. Os jornalistas devem sempre pensar neles, em suas preferências, em como leem as histórias e em como podemos apresentá-las de maneira mais atraente.

Nesse "não sejam chatos" talvez também tenha relevância a empolgação dos próprios jornalistas com seu trabalho. Existe cinismo em excesso e falta de ceticismo em nossa profissão?

Baron — Sim. Atualmente há muito cinismo e muito derrotismo dentro da nossa profissão, e eu acredito que sempre temos que manter o otimismo sobre o futuro do jornalismo e sobre o papel da imprensa em uma democracia, porque é essencial. A democracia é incompatível com sociedades sem uma imprensa livre e independente. E vice-versa: a imprensa depende da democracia para sobreviver.

É importante que abandonemos este clima de derrotismo, porque nunca conheci ninguém que triunfasse pensando que iria fracassar. É crucial que o jornalismo tenha sucesso. A maioria dos jornalistas entrou na profissão porque acreditava em nossa missão, em seu papel para a saúde da democracia, na necessidade de divulgar informações verdadeiras e verificadas, e não podemos perder essa paixão. Sim, a profissão vive sob muitas pressões, há poucas oportunidades de negócios, somos obrigados a trabalhar o tempo todo, é difícil conciliar trabalho e vida pessoal e familiar, somos alvo de muitas críticas e temos que superar muitos obstáculos, mas devemos ser capazes de superar os desafios, porque somos profissionais preparados para conquistar o futuro com alternativas que não desvirtuem nossos valores.

A tecnologia roubou o papel de "quarto poder" da imprensa?

Baron — A tecnologia, através das redes sociais, ofereceu para a sociedade a oportunidade de expressar suas opiniões sem restrições. Cada pessoa pode ser seu próprio porta-voz em um mar de audiências possíveis. Com seu celular, pode emitir áudios, atuar como correspondente de televisão e difundir "informação" – entre aspas –, porque muitas pessoas acabam sendo apenas disseminadores de informações falsas, teorias da conspiração e ideias absurdas. As plataformas tecnológicas deram muito poder de comunicação a toda a sociedade, mas isso também acarreta riscos, pois a possibilidade de emitir deve vir acompanhada da necessidade de verificar.

Quando Bezos comprou o Washington Post, uma das primeiras razões que ele alegou foi o prestígio do jornal. Além disso, como explicou, era um meio de comunicação com futuro e um projeto no qual ele podia contribuir. A autoridade tem a ver com a boa reputação, e ambas as questões são importantes para um meio de comunicação. Como se cultiva esse prestígio em uma sociedade e em uma cultura midiática que vive do viral, do bombástico a curto prazo e dos sucessos efêmeros?

Baron — O prestígio da marca e da identidade de um meio é muito importante. Sem essa confiança entre a opinião pública, podemos estar comunicando no deserto. O prestígio é cultivado aderindo aos nossos valores, respeitando os princípios, submetendo-nos voluntariamente às normas, cumprindo os padrões de qualidade para verificar a informação, ouvindo todos os protagonistas de cada notícia e cada história, bem como mantendo uma mente aberta, independentemente dos grupos de pressão e também dos preconceitos. O jornalismo não pode se aliar a partidos políticos. Nosso único aliado é a verdade. Assim se constrói uma reputação duradoura: zelando por uma independência escrupulosa, dedicando nosso tempo a descobrir fatos relevantes e compartilhando-os honestamente com o público.

Se o único aliado é a verdade, nosso único inimigo é a mentira?

Baron — A mentira é um de nossos inimigos, mas não o único. Muitos poderosos mentem, mas não podemos cobrá-los se nós não formos especialmente exemplares na boa conduta.

Quando Bezos adquiriu o jornal, até mesmo dentro da redação havia pessoas que pensavam que investir em jornalismo de qualidade era uma estupidez... O exemplo do fundador e presidente da Amazon pode gerar uma tendência interessante? Você acredita que o futuro do jornalismo internacional de qualidade passa por mecenas que realmente acreditam nos meios de comunicação e estão dispostos a arriscar seu patrimônio investindo neles?

Baron — Bezos investiu em jornalismo de qualidade e, embora o Washington Post agora também tenha seus problemas financeiros, e seja necessária uma nova estratégia, penso que é um investimento social com futuro. A base essencial para o jornalismo é a qualidade. Além disso, nestes tempos de redes sociais, é a única coisa valiosa que podemos oferecer. Se os meios funcionam como qualquer pessoa individual nas redes sociais, desaparece a distinção que define nossa profissão. A alta qualidade e os princípios profundos são fundamentais para cumprir nossa missão como jornalistas.

Cita-se com frequência excessiva essa ideia de Kapuściński [Ryszard Kapuściński, jornalista polonês, 1932-2007] de que para ser um bom jornalista é preciso ser uma boa pessoa. Não lhe parece suficiente que, para sermos bons jornalistas, sejamos bons profissionais?

Baron — Para ser um bom profissional, é preciso ser uma boa pessoa... Quais são as características de uma boa pessoa? A honestidade, a coerência, a lealdade a seus princípios e a valores fortes. Uma boa pessoa está disposta a ouvir generosamente os outros, conversa com quem oferece pontos de vista diferentes e acredita na verdade. O bom jornalista acredita que a verdade existe, embora seja difícil encontrá-la. A boa pessoa e o bom jornalista sabem tratar os outros com dignidade. Como se pode observar, as características de uma boa pessoa são as características de um bom profissional do jornalismo.

De onde surgiram seus princípios?

Baron — Não tenho certeza... Suponho que tudo começou em minha família. Fui criado em uma casa honesta. Agora não sou religioso, mas quando era jovem, era membro de uma sinagoga e estudava os princípios da religião judaica. Muitos dos meus princípios derivam também de tudo o que aprendi no mais profundo de mim mesmo.

Sempre pensou que o seu destino era ser jornalista?

Baron — Sim. Sempre pensei que o jornalismo poderia me oferecer a oportunidade de ter uma carreira interessante e significativa. E, de fato, não encontrei uma carreira mais constantemente interessante e mais significativa.

Em 2015, o filme 'Spotlight' contou o papel do Boston Globe na investigação dos escândalos de pedofilia cometidos durante décadas por alguns sacerdotes do estado de Massachusetts. Nele, fica claro que a intenção do jornal ao revelar essa informação não era prejudicar a reputação da Igreja, mas ajudá-la a enfrentar um problema grave, obrigando-a a admitir a verdade de um crime grave, às vezes encoberto. Aquelas reportagens melhoraram a Igreja Católica na gestão deste problema sério?

Baron — Nossa investigação não foi um ataque à Igreja, mas uma responsabilidade social. A Igreja havia traído seus fiéis e seus próprios princípios, e quando o jornalismo encontra evidências de má conduta por parte dos poderosos, tem a obrigação de cobrá-los. Aquela cobertura serviu para que a Igreja realizasse algumas reformas, mas ainda não corrigiu completamente algumas questões. Quando uma entidade poderosa não sente a pressão, às vezes não se decide a revisar suas práticas. Muitas coisas ainda precisam mudar, e o ritmo é lento. É uma pena. É preciso lembrar que a pedofilia é um crime, não apenas uma má conduta.

Dizem que a tensão e a polarização são tendências que aumentarão. O jornalismo tem algum papel em alcançar a paz social ou isso excede nossas competências?

Baron — A tensão política e a polarização são um problema que transcende a imprensa. O jornalismo não tem a capacidade de resolver isso, mas também não deveria agravá-lo, entre outras coisas, porque não há necessidade. A polarização é um modelo de negócio para muitos políticos atuais e também para alguns meios de comunicação.

Você também diz que os meios sustentam uma democracia e vemos que esse suporte está em um equilíbrio complicado. Na Espanha, por exemplo, o jornalismo já não tem a opção de fazer perguntas ao governo central. Como uma profissão enfrenta o poder se o poder nos corta as asas?

Baron — Nenhum governo pode cortar as asas do jornalismo. Nossa profissão pode ser exercida sem que o governo colabore, embora isso seja desejável e apropriado, pelo menos nas sociedades democráticas. Mas se o governo não quiser responder, podemos continuar fazendo nosso jornalismo de forma independente. Durante o mandato de Trump, seu governo ou não respondia aos nossos pedidos, ou, diretamente, nos contava mentiras. Apesar disso, temos a obrigação de continuar o trabalho de investigar e apurar os fatos e publicá-los quando verificados.

Quantos anos você dedicou ao jornalismo?

Baron — Comecei minha carreira em 1976 e me aposentei em fevereiro de 2021. De qualquer forma, ainda me sinto jornalista e diretor. Duas semanas depois de me aposentar, comecei a escrever o projeto deste livro e a fazer as entrevistas que estão incluídas nele.

Após 45 anos como jornalista, o que importa e o que não importa absolutamente nada no exercício desta profissão?

Baron — Importa cumprir a missão. Acho que a entendi e dediquei toda minha carreira a esse desempenho. Como jornalista, diretor e editor, nunca me importei em agradar a todos. Sempre tive claro que eu não precisava me esforçar para ser amado pelo maior número de pessoas possível, mas sim conseguir que respeitassem meu trabalho.

Parece que você conseguiu. Próxima estação?

Vamos ver o que o destino me reserva...

Além da expressão austera e séria no seu rosto, da qual você mesmo ri no livro, você parece feliz.

Eu me sinto feliz. Bastante feliz.

Copyright 2024 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol: Martin Baron: “El buen periodista cree que la verdad existe, aunque sea difícil encontrarla”

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