A Mattel, tradicional fabricante de bonecas como a Barbie e o Ken, anunciou hoje (25) que pretende lançar uma linha de bonecos (ou bonecas ou ainda bonecxs) que não são nem femininos nem masculinos. Com isso, a empresa pretende “abrir o diálogo sobre o assunto entre os mais jovens e os adultos.”
A ideia da empresa foi criar um objeto que pode ser menino, menina, as duas coisas ou nenhuma das duas coisas. Para tanto, foram necessários anos de pesquisas. Os brinquedos não têm lábios cheios ou cílios longos, traços que poderiam ser associados às figuras femininas, nem ombros ou maxilar largos, traços masculinos.
Batizada de “Série Mundo Criativo”, a linha de produtos tem como slogan “uma linha de bonecas que elimina os rótulos e convida a todos”. O produto é uma aposta da Mattel na mentalidade progressista dos norte-americanos, mesmo que isso signifique alienar uma parte da população. Uma pesquisa do instituto Pew Research, realizada em 2017, mostrou que 76% dos pais estavam dispostos a dar brinquedos tipicamente masculinos para meninas e 64% dos pais estavam dispostos a dar brinquedos tipicamente femininos para meninos.
As bonecas foram testadas entre 250 famílias norte-americanas, com crianças que se identificam como trans, não-binárias ou fluidas. De acordo com Monica Dreger, chefe do departamento de ideias da Mattel, “essa é a primeira boneca que a criança pode encontrar sob a árvore [de Natal] e perceber que é para ela – porque é para todo mundo”. As bonecas tampouco trazem na embalagem qualquer pronome que permita identificá-las com um gênero específico.
Ao todo, a linha traz seis personagens com cabelos, roupas e acessórios que podem ser usados livremente pelas crianças, sem seguir quaisquer normas de gênero. O preço sugerido nos Estados Unidos será de US$29,99 — dez dólares a mais do que as tradicionais Barbie e Ken.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”