João de Deus é acusado de abuso sexual durante tratamentos espirituais.| Foto: Cesar Itiberê/Fotos Públicas

O médium João de Deus foi preso neste domingo (16) à tarde. Ele se entregou à polícia de Goiás numa encruzilhada de uma estrada de terra no município de Abadiânia, às margens da BR 060. A negociação para que o médium se entregasse foi feita entre o advogado de João de Deus, Alberto Toron.

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João de Deus é acusado de praticar abusos sexuais durante tratamentos espirituais em Abadiânia, na região central de Goiás. A prisão foi determinada pela Justiça na tarde de sexta (14), a pedido do Ministério Público e da Polícia Civil de Goiás. Mais de 300 mulheres afirmam ter sido vítimas do religioso, segundo o MP-GO. A defesa nega.

A prisão preventiva –sem prazo para terminar – foi decretada pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende, que responde pela vara de Abadiânia durante as férias da titular.

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Logo após a decretação da prisão, a polícia fez buscas em mais de 30 endereços em busca do médium sem sucesso, segundo o delegado-geral de Goiás, André Fernandes.

João de Deus se diz inocente das acusações feitas pelas mulheres.

Na quarta-feira, o médium compareceu à Casa Dom Inácio de Loyola, onde realiza os trabalhos espirituais, pela primeira vez desde que as denúncias vieram à tona. “Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. João de Deus ainda está vivo. A paz de Deus esteja convosco”, disse na ocasião João de Deus.

Os investigadores que apuram as denúncias contra João de Deus começaram o trabalho de investigação na segunda-feira (10), depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium.

O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO), que assim como a Polícia Civil, investiga a suspeita de crimes sexuais durante tratamentos feitos pelo religioso, havia contabilizado, até o fim da terça-feira (11), mais de 200 denúncias contra o médium.

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