Por volta das 2:20 na manhã após o Dia da Eleição, o celular de Kellyanne Conway tocou. Era a Associated Press ligando para falar sobre a eleição presidencial de 2016 e o intruso político definitivo, Donald J. Trump.
Quando recebemos a ligação, éramos cerca de 12 pessoas, equipe sênior de campanha, junto com o governador de Indiana, o republicano Mike Pence, sua esposa e a família de Trump na residência no topo da Trump Tower. Eu lembro de estar próximo de Melania Trump depois que Conway compartilhou a notícia. A senhora Trump estava em êxtase por seu marido ter acabado de ser eleito o 45o presidente dos Estados Unidos. Todos estávamos. Não lembro de Michael Wolff estar na sala.
Os esforços dessa semana para minar o Presidente Trump e sua administração chegam na forma do livro inútil e caçador de manchetes escrito por Wolff, “Fire and Fury” (Fogo e Fúria, em tradução livre), o qual a primeira-dama Melania Trump corretamente afirmou pertencer à “seção de ficção barata”.
As alegações explosivas do livro atribuídas ao ex-estrategista-chefe da Casa Branca, Stephen Bannon, são decepcionantes para muitos, incluindo a mim. Bannon deve ter se dado conta da distração que uma retórica tão incendiária faria para o momento da agenda de Trump, que finalmente alcançou o povo americano. É imperdoável.
Em nosso livro recente, “Let Trump Be Trump” (Deixe Trump ser Trump, em tradução livre), Corey Lewandowski e eu oferecemos um relato em primeira mão de uma campanha que este país nunca havia visto. De Mobile, no Alabama, no evento Trumpmania, em agosto de 2015, até nossa última parada em Grand Rapids, em Michigan, no início do Dia da Eleição, os comícios de Trump estavam dando força à campanha. Milhões de pessoas lotaram arenas em todo o país, e frequentemente ficavam em filas por horas, para ver seu candidato.
E o candidato deles não desapontou. O candidato Trump viajou centenas de milhares de milhas para visitar mais de 200 cidades ao longo da campanha. Ele trabalhou 18 horas por dia, sete dias por semana, por meses. Aos 71 anos, ele é uma máquina. Se você não conseguisse acompanhá-lo, ele o deixaria esperando no asfalto. Trump estava motivado, guiado e focado em um objetivo – derrotar “Hillary Desonesta” e “Tornar a América Grande De Novo”. A ideia de que ele não pensava que pudesse vencer, ou que nunca quis se tornar presidente, uma afirmação feita pelo livro de Wolff, é absurda. Eu sei porque eu estava lá.
No final de outubro, nossos dados e números de pesquisas mostravam que nos aproximávamos de Hillary Clinton. Nós também sabíamos que tínhamos o momento. Qualquer coisa pode acontecer no Dia da Eleição – nós sabíamos disso também –, mas dizer que estávamos chocados com o resultado é absurdo. Essa é uma narrativa que a mídia convencional continua forçando em uma tentativa óbvia de deslegitimar a eleição de Trump e seus 304 votos eleitorais.
Na época em que Bannon, Conway e eu assumimos a liderança da campanha, na metade final do mês de agosto de 2016, o presidente já havia passado por cima de sua oposição primária e assegurado a nominação republicana. Enquanto trabalhávamos muito para ele, ninguém, além dele próprio, ganhou a eleição. A verdade é que Trump, por meio de pura vontade e trabalho árduo, foi responsável por 99,9% de sua vitória; o restante do time da campanha, junto, somou algo em torno de 0,1%.
Embora o presidente costume confrontar notícias falsas, o que há em abundância, ele agora tem que lidar com um livro falso que se lê como um National Enquirer exagerado. Na introdução de “Fogo e Fúria”, Wolff admite que muitos relatos que estão no livro “conflitam entre si” e que muitos “são inverdades sem rodeios”. Jornalistas respeitáveis não tomam liberdades como estas. Lewandowski e eu certamente nos certificamos de que não tomamos liberdades em nosso livro. Nós não precisamos. Os fatos da ascensão de Trump à presidência são bastante convincentes por si só.
Enquanto eu não posso saber, com certeza, se Bannon disse todas as coisas ultrajantes que Wolff alega, ele publicamente declarou esta semana que quer que Trump e sua agenda “América primeiro” tenham sucesso. Sem erro, desde o princípio, muito antes da campanha ter começado oficialmente, o próprio Trump decidiu sobre a agenda para Tornar a América Grande De Novo, e ele tem trabalhado para tornar essa agenda realidade.
O objetivo é compartilhado por todos nós que trabalhamos por ele e que apoiamos Trump, e pelos mais de 60 milhões de americanos que votaram nele. Durante o último ano, Trump promulgou reformas históricas que estão tornando a América segura e próspera novamente. Bannon deveria arejar para que possamos todos voltar ao trabalho de Tornar a América Grande De Novo.
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Bossie, presidente do Citizens United, foi gerente adjunto de campanha de Trump e diretor executivo adjunto do time presidencial de transição de Trump.