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O conservadorismo busca a Verdade que emerge com o tempo, extraída das nascentes profundas da experiência humana, e que se renova de acordo com as bases que resistiram ao teste do tempo. Ele promove a ordem e a prosperidade dos seres humanos que vivem em relação constante uns com os outros. Estamos unidos num contrato eterno entre os mortos, os vivos e os que ainda estão por nascer.
O conservadorismo se baseia na ideia de que Deus é nosso Criador e a alma humana vaga por este mundo rumo a uma realização eterna transcendente. Somos todos falhos e precisamos de redenção, somos capazes de cometer males enormes, assim como grandes atos de bondade.
Como a natureza do homem é falha, os conservadores buscam limitar o dano que pode ser causado por meio do abuso de poder restringindo sua concentração.
Os conservadores estimulam a concretização do potencial humano por meio da proteção da liberdade e dignidade de todas as pessoas, reconhecendo a responsabilidade que se segue à liberdade. Direitos e deveres estão sempre relacionados.
Para um conservador, todo homem e mulher tem a mesma dignidade e são iguais perante a lei, mas são únicos e desiguais em talentos e aptidões. Os conservadores celebram o caráter único dos indivíduos e não pretende eliminar diferenças.
O conservador honra a família como unidade fundamental da civilização, a casa de orações como local de formação cultural e a comunidade como matriz da interação humana. A cultura e a comunidade crescem a partir de relações e afinidades que surgem e se solidificam ao longo do tempo. Os conservadores valorizam a diversidade de relações, organizações e associações privadas que compõem a sociedade civil e as instituições intermediárias.
Os conservadores valorizam a subsidiariedade porque sabemos que as melhores soluções para os problemas humanos são encontradas nos níveis mais próximos do indivíduo. Defendemos o cuidado pessoal e local aos necessitados, de preferência cara a cara com alguém que conhecemos. Acreditamos que a transformação humana ocorre da melhor forma numa relação pessoal de amor, e com responsabilidade, ao longo do tempo.
O conservador está mais preocupado com a cultura do que com a política porque a o reino da política é derivativo, e não primário, na existência humana. Os problemas políticos são, em essência, problemas espirituais e morais que se misturam ao reino da economia. A mudança política se baseia na mudança cultural.
Os conservadores acreditam que cuidar do próximo é tão importante que não deveria ser uma função do governo. A única coisa de que o governo é incapaz é amar. E é isso que somos chamados a fazer na iniciativa privada, com nosso tempo e talento.
O conservador acredita que a Verdade, o Bem e a Beleza estão relacionados e que todas as coisas são medidas em relação a essas três transcendências.
Acreditamos que existe uma Verdade e que ela é conhecível, e que nosso dever diário é buscá-la e vivê-la. O conservador acredita que as virtudes da Prudência, Justiça, Fortitude e Temperança devem ser praticadas tanto na vida privada quanto na pública. Acreditamos que virtudes, e não valores, definem a alma humana.
Acreditamos que o Amor é a maior motivação do ser humano e que o objetivo da vida é conhecer Deus, amá-Lo e servi-Lo, e amar o próximo como a nós mesmos. Nosso objetivo último é a transcendência do amor.
Barbara J. Elliott é colaboradora do Imaginative Conservative, presidente do Center for Cultural Renewal e professora na Honors College da Houston Baptist University.