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A governadora do Arizona, Katie Hobbs, teve uma mudança de opinião sobre a crise de imigração na fronteira sul de seu estado com o México.
Hobbs, uma democrata, recentemente reverteu uma decisão de não mobilizar a Guarda Nacional. Ela enviou mais de 200 soldados do setor de Tucson e destinou até cinco milhões de dólares do dinheiro dos contribuintes do Arizona para enviar tropas ao portão de entrada de Lukeville.
Hobbs também exigiu que o governo federal reembolsasse o Arizona em 512,5 milhões de dólares (R$ 2,5 bilhões) gastos em "transporte de migrantes, apreensão de drogas e aplicação da lei" sob a administração de Joe Biden. Ela prometeu buscar reembolso "regularmente" do governo federal para mitigar a crise na fronteira do Arizona.
O que provocou essa súbita atividade de nossa até então apática governadora? Finalmente, as despesas diretas para o Arizona não podiam mais ser ignoradas. Elas estão afetando o orçamento do Arizona e sua viabilidade financeira futura.
Para Hobbs e muitos prefeitos, governadores e outros eleitos democratas, a simpatia compassiva pela situação dos imigrantes ilegais era uma boa imagem, contanto que a despesa fosse coberta em outro lugar.
Esses eleitos formaram centenas de cidades, condados e estados santuários. Prefeitos de Nova York, Chicago, Los Angeles e outras grandes cidades se orgulhavam em garantir que seus locais eram abertos e acolhedores.
Como o próprio presidente Joe Biden, esses prefeitos acolheram imigrantes ilegais nas nossas fronteiras. Claro, eles ouviram relatos de queixas das comunidades de fronteira sofrendo com o crescimento de massas de imigrantes ilegais necessitados, mas essas queixas eram principalmente apenas de conservadores dos estados vermelhos [ou seja, de maioria republicana].
No entanto, quando o influxo de imigrantes ilegais se tornou tão avassalador que tiveram que ser exportados para todo o país, as perspectivas mudaram. Tarde demais, Hobbs e os outros perceberam que esse crescimento estava fora de controle e as demandas fiscais verdadeiramente insustentáveis. Seus pedidos de ajuda ao governo federal foram ignorados.
É bom que nossa governadora agora reconheça que há um problema, mas Hobbs falhou em sua resposta. Não precisamos de mais dinheiro, não precisamos de mais tropas; precisamos ter a determinação de fazer cumprir a lei contra entradas não autorizadas em nosso país.
Em vez disso, anunciamos ao mundo que os Estados Unidos acolhem todos os migrantes e aqueles que chegam aqui serão admitidos sob o esquema inteligente de supostamente buscar asilo. Receberão transporte para o país, alimentação, abrigo, assistência médica, educação e serviços sociais.
Ficamos então chocados quando milhões chegam do Terceiro Mundo. Hobbs alegou que fundos adicionais eram necessários para "gerenciar a entrada de migrantes", admitindo inadvertidamente o erro. O novo dinheiro fluindo para a fronteira sul não foi usado para conter o fluxo, mas para acelerar o processo de admitir ainda mais invasores.
Precisamos desesperadamente de uma política de admitir apenas aqueles que são legalmente qualificados para admissão e afastar os demais. Não é tão complicado ou caro. Isso economizaria dinheiro e possivelmente salvaria o futuro de nossa nação.
O lado negativo do influxo ilimitado vai muito além das despesas suportadas pelos governos locais que lidam com as necessidades de curto prazo dos imigrantes ilegais. Estima-se que 15 a 20 milhões de migrantes entraram ilegalmente em nosso país até agora neste século, cerca de 6,6 milhões processados apenas nos três anos de Biden.
A maioria desses imigrantes ilegais pode não ter más intenções, mas entre eles se escondem terroristas, criminosos e agentes estrangeiros.
Os EUA estão enfrentando alguns desafios assustadores. A maioria de nossas escolas está falhando em melhorar a educação das crianças desfavorecidas. Os gastos públicos e nossa carga de dívida esmagadora lançam uma nuvem negra sobre nosso futuro.
Ondas de ilegalidade e comportamento criminoso organizado nos assolam. A influência de teorias sociais inspiradas no marxismo ameaça levar os americanos, antes crentes no lema “e pluribus unum” (“de muitos, um”), a enclaves de identidade em guerra.
Simplesmente, o país não está em posição de gastar mais dinheiro ou assumir mais problemas, muito menos acomodar um tsunami de 20 milhões de imigrantes ilegais que irão exacerbar cada problema existente.
Os Estados Unidos têm fama de uma nação definida não por "sangue e solo", mas pelos valores sob os quais fomos fundados — igualdade de todos perante a lei, governo representativo, Estado de direito, governo limitado e direitos individuais.
A imigração ilegal de dezenas de milhões mina cada um desses princípios, a soberania americana e o que os EUA significam para o mundo.
Tom Patterson é um médico plantonista de emergência aposentado, ex-diretor do Goldwater Institute, e ex-líder da maioria do Senado do estado do Arizona que escreveu a lei original de escolas charter do estado. Também é um contribuinte da Heritage Foundation.
©2024 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
Conteúdo editado por: Eli Vieira