No Resumão da Semana, trazemos o lado mais inusitado da política e da sociedade, para rir das nossas próprias desgraças (mas, se quiser, pode chorar também).
Not Tupi! – Como se não bastasse o cateto da hipotenusa e os afluentes do Rio Amazonas, agora os jovens brasileiros serão obrigados a estudar o idioma tupi (uma língua morta). Pelo menos é o que deseja o deputado federal David Soares (União-SP), autor de um projeto para incluir mais essa exigência no currículo escolar. O parlamentar que nos perdoe, mas essa é a ideia mais “tabajara” dos últimos tempos.
Fado da tristeza – Pouco mais de 20 gatos pingados compareceram ao braço português do ato pró-democracia organizado pela esquerda no sábado passado (23).
Livres, leves e soltos – Na concentração paulista do ato petista, José Dirceu e José Genoino foram os representantes da ala veterana e carcerária do partido. Eles até deram entrevistas para mostrar que ainda dão pitacos no partido. Da nossa parte, preferimos lembrar da boa vida levada pelos dois depois do tempo em cana.
Trilha mágica – Comerciantes paulistas descobriram uma forma de não serem expostos pelo repórter, defensor do consumidor e deputado federal Celso Rulsomano (Republicanos-SP). Ao perceberem que ele entrou em seus estabelecimentos, certamente para verificar uma denúncia, os lojistas mais malandros logo colocam para tocar músicas de filmes da Disney. Como essas obras são protegidas pelas leis de direitos autorais, os vídeos gravados por Russomano acabam sendo impedidos de circular.
“Teúdas e manteúdas” – Uma das mudanças propostas para integrar o novo Código Civil pode conceder direitos de moradia e alimentos, além de benefícios previdenciários, às amantes.
Janjada da semana – “De boa na lagoa”, ou melhor, no rio, a primeira-dama fez questão de registrar sua aprazível viagem de barco rumo à Ilha de Combu (PA), onde Lula e Macron visitaram uma fábrica de chocolates orgânicos. Só faltou um bom drink – que ela compensou com uma taça de suco de bacuri, fruto típico da Amazônia. Enquanto isso, a população de Belém sofre com um dos piores índices de saneamento do país (apenas 17,1% das pessoas têm acesso à rede de esgoto na cidade).
Fast food – Há quem coma enquanto dirige. Mas bater uma marmita pilotando uma moto em alta velocidade, com uma pessoa na garupa, é novidade até para o mais vivido hell angel.
Soluções em logística – Ainda no mundo das duas rodas: um motociclista foi flagrado em Brasília (DF) carregando uma moto na sua garupa. Na verdade, seu passageiro segurava o veículo, enquanto ele tentava se concentrar no trânsito movimentado.
E são chamados de “mestres” – O professor de um colégio particular de Fortaleza (CE) ganhou o bilhete azul depois de ser filmado beijando na boca um aluno de cursinho. Dias antes, em São Paulo, outro docente foi acusado de expor sua vida paralela como travesti em sala de aula. Será que essa é a tal da “pedagogia do afeto”, tão defendida pelos educadores moderninhos?
Nazicomunas – Outra barbaridade ocorrida em uma instituição de ensino brasileira deu conta da hostilidade sofrida por um aluno assumidamente de direita na Universidade Federal de São Paulo (Unesp). Seu crime? Ele ousou levantar uma bandeira de Israel durante um evento pró-Palestina organizado por estudantes orgulhosamente comunistas. “Hostilidade”, na verdade, é um eufemismo: o jovem chegou a ser enforcado pela turma do “ódio do bem”.
Gamerfobia – O empresário Fábio Luís da Silva, filho do presidente Lula, vai ficar R$ 25 mil mais rico. Mais conhecido como Lulinha, ele acaba de ganhar um processo por danos morais contra o lobista Alexandre Paes dos Santos – que o chamou de “idiota“, “uma decepção” e “garoto que só joga videogame” em uma entrevista concedida à revista Veja há 18 anos.
Nada do que foi será – Surfar em cima do trem realmente já era. Depois do advento da modalidade rodoviária, é a vez do surfe mobiliário abrilhantar esta seção. Aqui, no entanto, é um guarda-roupas que desliza, sozinho e sem tomar caldo, sobre as ondas de uma enxurrada ocorrida em Trindade (GO).
Vergonha alheia é pouco – Autor da matéria do New York Times sobre a hospedagem de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria, o repórter Jack Nicas viralizou pagando um “micaço” e deixando escapar seu lado chapa-branca. Ele apareceu em um vídeo de 2023, no mês de aniversário do jornal, cantando “parabéns” e dançando com Margareth Menezes, ministra da Cultura. Em tempo: o sobrenome de Jack é Nicas mesmo (apesar de soar como o Didi Mocó tentando dizer “Nicholson”).
Velozes e amedrontados – Em Santa Cruz, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, o motorista de uma van abarrotada de gente se apavorou com a possibilidade de cair numa blitz e “meteu o louco” numa fuga desenfreada. Mais apavorados ficaram os passageiros, que registraram tudo em vídeo antes de a polícia conseguir parar o veículo.
“Apelona” – Indignada com as críticas que vem recebendo de um ex-prefeito de Morro de Chapéu (BA), a atual mandatária do município, Juliana Araújo (PDT), forçou a barra querendo ser engraçadinha. “Ele não tem um olho para enxergar, não deve estar enxergando o que está acontecendo aqui cidade”, disse Juliana, ironizando uma deficiência visual de seu adversário. Ninguém riu, e agora Cleová Barreto (PSD) deve ir à Justiça por considerar que a fala da prefeita “fere a lei” (e as técnicas de timing do stand-up comedy).
Achei que vocês gostariam de saber – Gisele Bündchen está namorando. E os filhos dela fazem tarefas domésticas. Era só isso mesmo.
Taturanas à mostra – Subcelebridades como a modelo Andressa Miranda (mulher do vereador paulistano Thammy Gretchen) e a DJ Jessica Brankka (brasileira em ascensão na cena da música eletrônica internacional) viraram notícia por se submeterem a uma modalidade surpreendente de cirurgia estética: o transplante de sobrancelhas. O preço do procedimento, igualmente chocante, pode chegar a R$ 30 mil.
Gororoba global – Um cachorro-quente com yakissoba é o novo hit gastronômico do bairro da Liberdade, em São Paulo.
Plot twist – O americano Frank Meeink, cuja história inspirou o personagem de Edward Norton no filme ‘A Outra História Americana’ (1998), é o protagonista de uma reviravolta pessoal digna de outro longa-metragem. Ex-membro de um grupo neonazista, e condenado à prisão durante a juventude, ele acaba de se converter ao judaísmo. O motivo, segundo Meeink, foi de ordem genética. Incentivado por um amigo, fez um teste de DNA e descobriu ter ascendência, por parte de uma bisavó, justamente do grupo étnico que mais odiava.
A carne não é fraca – Em mais um capítulo do processo de aniquilação da Lava Jato, os irmãos Wesley e Joesley Batista foram indicados novamente ao conselho de administração da JBS, a maior empresa do ramo frigorífico do planeta.
Luto animal – Causou comoção nacional a morte da sucuri Ana Júlia, animal-símbolo da região turística de Bonito (MS). A cobra, de mais de 7 metros de comprimento, foi encontrada já em estado de putrefação, porém sem sinais de tiro ou perfuração. Se a perícia apontar que se trata de um crime ambiental, e o responsável for identificado, a pena pode chegar a até um ano de prisão.
Viva mesmo o SUS? – Mais uma calamidade marca a má a gestão da Saúde no governo lula – já abalada, entre outros problemas, pela epidemia de dengue e um episódio grotesco envolvendo uma dança erótica. Dessa vez, chega a denúncia de que o ministério chefiado pela socióloga Nísia Trindade não está distribuindo remédios para o tratamento da hanseníase.
Inteligência imoral – Deu tudo errado na apresentação de um robô humanoide, orientado por I.A., numa feira de tecnologia promovida na Arábia Saudita. É que a máquina, batizada de Mohammad, não conteve seus “comandos mais primitivos” e apalpou uma repórter presente no evento.
Sexy e dentro da lei – Os tuiteiros (ou xizeiros?) se divertiram com a descoberta da existência de um mercado de roupas voltado para mulheres de presidiários. Chamado de “moda penitenciária”, o segmento busca levar alguma beleza para as peças permitidas durante as visitas (inclusive as íntimas) – lingeries, leggings e chinelos, além de calças e blusões de moletom “carecas” (sem cordão, bolso e capuz).
Passou pano – Um dos personagens “preferidos” do Resumão, Washington Quaquá (deputado federal, vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, dono de camarote na Marquês de Sapucaí e agressor de colegas), voltou a causar nesta semana. Ele pediu “cautela” com relação às acusações sobre os supostos mandantes da morte de Marielle Franco, presos no último domingo (24). Principalmente quanto ao deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RN), que afirma conhecer há mais de 20 anos. Encarada como uma defesa de Brazão, a fala de Cocoricó, digo, de Quaquá, casou incômodo inclusive dentro do próprio PT.
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