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O passado dos Estados Unidos mostra por que o socialismo nunca vai dar certo

Um mercado mais livre e um país baseado no predomínio da lei são os caminhos mais seguros para que se garanta liberdade, prosperidade e oportunidades para todos (Foto: Pixabay)
Um mercado mais livre e um país baseado no predomínio da lei são os caminhos mais seguros para que se garanta liberdade, prosperidade e oportunidades para todos (Foto: Pixabay) (Foto: )

O socialismo está na moda nos Estados Unidos. Antigamente, os políticos fugiam dessa palavra; hoje, cada vez mais eles a adotam em seus discursos. E pesquisas mostram que os jovens defendem o socialismo.

A deputada Alexandria Ocasio-Cortez, democrata por Nova York, foi eleita para o Congresso prometendo saúde gratuita para todos, universidade gratuita para todos e algo que ela chama de “justiça climática”. De acordo com seu Green New Deal, justiça climática significa que o governo garantirá uma “renda básica” a todos, incluindo aqueles que “não estão dispostos a trabalhar”.

Infelizmente, a retórica socialista do algo-para-nada tem muito apelo. Uma pesquisa recente do Instituto Gallup descobriu que mais da metade dos jovens norte-americanos têm uma visão positiva do socialismo.

Mas por que o socialismo está ganhando popularidade?

Em parte, a explicação está nas nossas escolas. O socialismo fracassou em todos os lugares onde foi tentado – desde a ex-União Soviética até a China de Mao – e matou dezenas de milhões de pessoas por meio da violência e da fome.

Mas os estudantes aprendem pouco dessa história hoje em dia. Em geral, eles aprendem os males do capitalismo – que ele gera desigualdade, recompensa os privilegiados à custa de muitos e que é uma máquina de opressão e exploração das massas. Essa doutrinação perversa ganha eco e é amplificada pela imprensa.

Na verdade, o capitalismo fez mais para tirar o mundo da pobreza do que qualquer outro sistema econômico já inventado. Ao longo dos últimos 25 anos, a disseminação de políticas públicas para promover a liberdade econômica diminuiu a pobreza mundial em dois terços.

E o capitalismo faz mais do que “simplesmente” aumentar a prosperidade geral. Estudos acadêmicos mostram que a liberdade econômica também está relacionada a uma maior liberdade individual, melhores condições de saúde, mais opções de educação e um meio-ambiente menos poluído. Em outras palavras, todas as coisas que o socialismo promete, mas não é capaz de prover.

Mas as gerações mais novas não aprendem essas verdades. Ao contrário, elas aprendem que o livre-mercado é um instrumento de exploração ditado por conservadores ambiciosos que têm o lucro acima de qualquer coisa. O socialismo, aprendem os jovens, é simplesmente um sistema que garante que as necessidades de todos serão satisfeitas.

E os jovens veem as pessoas sofrendo e querem ajudá-las – e eles aprenderam que o governo é o meio para se conseguir isso.

Mas não precisamos ir a lugares distantes como Venezuela e Cuba para obtermos provas contemporâneas de que mais Estado não é uma solução eficiente. Há provas o bastante disso aqui mesmo nos Estados Unidos.

Pense nos programas da Grande Sociedade criados pelo presidente Lyndon Johnson. Hoje, cinquenta anos mais tarde, eles se transformaram em mais de noventa programas assistencialistas que custam aos contribuintes mais de US$ 1,1 trilhão anualmente. Ainda assim, as taxas de pobreza são essencialmente as mesmas dos anos 1960.

Em vez de tirar milhões da pobreza, nosso sistema assistencial manteve milhões na pobreza ou em condições semelhantes, criando gerações dependentes do governo.

Como uma mulher negra que cresceu num conjunto habitacional pobre em Richmond, Virgínia, sei exatamente o que um governo poderoso e distribuidor de benesses é capaz de fazer a famílias e comunidades inteiras. Por isso é que me tornei conservadora e foi por isso que tenho dedicado toda a minha vida adulta a buscar soluções que realmente ajudem as pessoas – soluções que melhorem a vida de todos.

Redes de proteção temporárias são boas. Mas permitir que cada vez mais pessoas ganhem seu próprio dinheiro diminuindo os impostos sobre os indivíduos, permitir que as empresas cresçam diminuindo regulamentações caras e impostos, e tirar o governo da saúde, trazendo o livre-mercado de volta, é algo que abre caminho para uma economia próspera, novos empregos, salários mais altos e planos de saúde pelos quais as famílias podem pagar.

Será que a geração atual um dia perceberá isso também? Há motivos para ter esperança.

A mesma pesquisa que mostra as pessoas se aproximando do socialismo também as mostra se afastando dele quando começam a entender seu significado. Embora elas inicialmente adorem a ideia de educação superior gratuita, sistema de saúde gratuito e um salário mínimo de US$ 15 a hora, muitas pessoas rejeitam essas ideias quando descobrem alguns detalhes: o que isso lhes custaria em impostos, como a liberdade e as opções delas seriam restritas e como burocratas em escritórios distantes tomariam decisões por elas.

Isso quer dizer que, embora os conservadores tenham as respostas certas, precisamos nos esforçar mais para nos comunicarmos com os jovens. Se não conseguirmos conter a torrente constante de baboseiras socialistas, nosso futuro e o futuro deles corre perigo.

Nós que apreciamos a liberdade temos de acusar os falsos profetas do socialismo e disseminar a verdade de que um governo mais limitado, um mercado mais livre e um país baseado no predomínio da lei são os caminhos mais seguros para que se garanta liberdade, prosperidade e oportunidades para todos.

*Kay Coles James é presidente da Heritage Foundation, ex-diretora do Escritório Norte-americano de Recursos Humanos e ex-secretária de Saúde e Recursos Humanos da Virginia.

Tradução de Paulo Polzonoff Jr.

©2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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