Com manifestantes tomando as ruas por todos os Estados Unidos e protestando contra a brutalidade policial após as mortes de homens negros desarmados, a frase "Vidas Negras Importam" tornou-se sinônimo de um movimento.
Independentemente de onde você se encontra no espectro ideológico, é possível reconhecer uma porcentagem significativa dos que protestam, fazendo-o pacificamente. Mas são os manifestantes violentos e os bandidos antifa que continuam a receber a maior parte da atenção.
Que opção tem a mídia? Afinal, quem quer ver notícias contínuas sobre manifestantes marchando pacificamente? Isso é chato. Para uma mídia que trata a audiência e o primeiro lugar como objetivos principais, a preocupação é apenas com o que se adéqua a essa agenda.
O que quero dizer nos parágrafos acima, você pode perguntar? Bem, eu me pergunto se você sabe que uma pesquisa recente da Gallup descobriu que "65% dos adultos dos EUA apoiam os protestos" e que "53% disseram que os protestos 'ajudarão' no apoio público à igualdade e à justiça racial".
Isso revela que os americanos estão mais de acordo do que pareceria com base no ciclo de notícias de TV 24 horas por dia, 7 dias por semana. Protestos pacíficos foram afogados por saqueadores, manifestantes e bandidos antifa, alimentando-se de uma narrativa midiática de divisão total.
No entanto, o foco desta coluna não está nisso, mas em algo que recebe pouquíssima atenção, que é a organização Black Lives Matter, que foi iniciada por Alicia Garza, Opal Tometi e Patrisse Cullors.
Você sabia que existe uma organização Black Lives Matter? Pois é, ela existe e é chamada Black Lives Matter Global Network Foundation (BLMGNF).
Então você pode até pensar que a organização é o mesmo que o movimento, mas esse não é o caso, então eu quero ser claro ao separar o movimento da organização.
Há um movimento de pessoas que protestam contra a brutalidade policial com a intenção de deixar claro que vidas negras devem importar de forma igual a todas as outras vidas. Depois, há a organização Black Lives Matter, e os dois não são a mesma coisa.
Ninguém sabe o que a organização Black Lives Matter faz, ou como gasta seu dinheiro. Mas uma coisa que sabemos é que ela recebe muito dinheiro e de empresas integrantes da lista das 500 maiores da revista Fortune, como Amazon, Microsoft, Nabisco, Gatorade, Airbnb e a gravadora Warner Records.
A Microsoft doou US$ 250 mil; o Airbnb deu US$ 500 mil; Nabisco deu US$ 500 mil. No total, milhões de dólares foram doados à Black Lives Matter Global Network Foundation.
Os recursos estão indo para pagar os salários? O dinheiro está indo para o engajamento cívico ou programas comunitários para famílias carentes? A realidade é que ninguém sabe, porque não há transparência. No entanto, deveria haver, e deixe-me dizer por quê.
No que acredita a BLMGNF
Os criadores da Black Lives Matter Global Network Foundation acreditam, mantêm e ensinam valores antidemocráticos, antitéticos e contrários às crenças e ideais da América. Eles advogam contra a ideia de uma família nuclear com pai e mãe em casa, e, em vez disso, defendem os benefícios do que chamam de "aldeia".
Não faço ideia do que isso significa. Ainda assim, a noção de que não devemos continuar a reforçar a importância de uma família com pai e mãe é absurda. Vai contra todos os dados estatísticos que mostram quais crianças atingiram o sucesso na vida adulta.
Cullors, uma das fundadoras da Black Lives Matter Global Network Foundation, disse em um vídeo de 2015 que ela e seus colegas fundadores eram "marxistas treinados". O marxismo formou a base para o comunismo; é no que Lênin baseou sua ideologia na Rússia.
Se isso não é antiamericano e antidemocrático, então não sei o que é.
E US$ 1 milhão em doações para uma organização que não é obrigada a ser transparente com seus gastos é sinal de problema, especialmente por causa dos valores que essa organização defende e de sua missão de espalhar essas visões extremistas para a juventude americana.
Seu objetivo é destruir lentamente nossos princípios fundamentais como nação e substituí-los pelo pseudo-marxismo. Estão fazendo isso pintando a América como um país racista, que não tem a menor probabilidade de melhorar.
Isso tudo apesar de nossa história provar que os Estados Unidos fizeram progressos consideráveis, e que a grande maioria dos americanos hoje, ao contrário de qualquer outro momento da história da nossa nação, gostaria de continuar a progredir.
Todas as empresas e grandes corporações nos Estados Unidos devem parar imediatamente de doar dinheiro e recursos à Black Lives Matter Global Network Foundation.
E o Congresso deve iniciar uma investigação sobre a organização para verificar qual o destino dessas doações e como elas estão sendo gastas.
A fundação também deve ser investigada por defender o marxismo e por tentar executar um golpe através da disseminação ideológica de valores não consistentes com os nossos.
Desconfie dessa organização e de seu objetivo porque, como afirma uma de suas cofundadoras, eles são "marxistas treinados", cujo interesse é espalhar a ideologia marxista.
Armstrong Williams é colunista do The Daily Signal e apresentador do "The Armstrong Williams Show", um programa de TV distribuído em todo os EUA.