Ao olhar no ranking, uma grande surpresa: o Haiti ocupa uma posição melhor que potências econômicas como a Índia e o Brasil, e está à frente de nações bem melhor estruturadas como Vietnã e a Ucrânia. Como isso é possível?
De acordo com o relatório da Fundação Heritage, o país está se esforçando para melhorar o comércio com o exterior — o que equivale a 72% de seu Produto Interno Bruto — melhorando seus portos e implementando um sistema eletrônico de intercâmbio de informações. O governo também se comprometeu a acabar com os subsídios para os combustíveis. Apesar de parecer o certo a fazer em relação a um país tão pobre, os subsídios atrapalham os empreendedores locais.
Os gastos do governo também caíram nos últimos três anos e o déficit orçamentário caiu para apenas 3% do PIB. Tudo isso rendeu um salto da 159ª posição para a 124ª. Evidentemente ainda há muito a ser feito no Haiti, cuja maior parte da população vive na mais absoluta miséria, com uma renda anual per capita de US$ 1.784. Mas os primeiros passos, por menores que sejam, estão sendo dados.
A Eslovênia subiu 5,6 pontos no ranking graças principalmente aos seus esforços para manter a saúde fiscal. Em um ano, o país ganhou 60,2 pontos neste quesito, ao atacar o déficit orçamentário, diminuir os gastos públicos e a dívida pública. Em um ano, a Eslovênia pulou da 97ª colocação para a 64ª. Entretanto, como todos os países do Leste Europeu, a corrupção é uma constante — 74% da população diz já ter sido instada a dar propinas.
A Sérvia, que subiu 3,6 pontos, apresenta as mesmas virtudes e os mesmos defeitos. Conseguiu se destacar no quesito saúde fiscal, eficácia da justiça e liberdade comercial. Mas “a corrupção afeta a segurança, educação, habitação e setores trabalhistas, bem como o processo de privatização e o judiciário”, afirma o relatório.
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