"Talibã de 2021 não é o de 2001, tem mais governança"
- Sandro Teixeira Moita, professor, em entrevista à CNN Brasil. Pouco depois disso, começaram a surgir notícias de execuções de opositores.
"Salutar lembrar que o Talibã é uma milícia de extrema-direita que cresceu combatendo comunismo. Renega ciência, cultura e educação, persegue minorias e submete mulheres a violentos arbítrios, inclusive escravidão sexual. Seu ideário cultua Deus, a pátria, a família e as armas" - Fábio Schaffner, repórter e analista político com ideias para lá de heterodoxas.
"Perto do Talibã cristão que apodrece o Brasil, o Talibã do Afeganistão parece os Ursinhos Carinhosos"
- Diego Moreau, editor que deve ter assistido a uma versão muito macabra dos Ursinhos Carinhosos na infância.
"Com o Talibã no poder, como ficam as startups no Afeganistão?" - pergunta a revista Exame. Esse pessoal do mercado financeiro tem umas preocupações estranhas, né?
"Toda derrota do imperialismo estado-unidense é bem-vinda, pois o enfraquece em termos mundiais. Mesmo quando os vitoriosos são uma fração reacionária como os Talibãs. Até porque esse grupo somente veio a surgir e ter força com a operação anti-soviética dos EUA no Afeganistão", Breno Altman, editor-chefe do site esquerdista Brasil 247 e aparentemente um manifestante antirreforma ortográfica.
"Estou preocupado com os LGBTs do Afeganistão. Mudei a localização do Grindr pra Cabul pra perguntar se alguém precisa de ajuda, mas o app não roda lá. Tenso!" - Mahmoud Baydoun, sexólogo.
"A China pode moderar o Talibã?"
- Marcelo Ninio, jornalista, evocando um grande enigma místico: você prefere morrer picado por uma cobra ou por um escorpião?
"Todo mundo pode andar armado, criminosos recebem castigos físicos ou são executados, mulheres não têm autonomia sobre o corpo, a religião está acima de tudo, direitos humanos são alvo de deboche. O Afeganistão é basicamente o ideal bolsonarista" - Daniel Bramatti, editor, verificador de dados (!) e habitante de uma realidade muito louca onde até o Talibã deve ser culpa de Bolsonaro.
"O fundamentalismo muçulmano é neoliberal"
- Viomundo, o "diário da resistência" que, fiel ao nome, resiste à verdade.
CUENCADA DA SEMANA
Talibã no Brasil? Há algo parecido: as milícias evangélicas cariocas (Complexo de Israel etc.), que destroem Casas de Santo, atacam a liberdade religiosa, realizam julgamentos particulares, torturam e matam inimigos e têm uma familícia como representante em Brasília - João Paulo Cuenca.
#MEMÓRIA
"A melhor vingança é não ser como o seu inimigo"
- Marcus Aurelius, imperador romano e filósofo estoico.