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É “amen” ou “awoman”? De acordo com o deputado democrata Emanuel Cleaver, as duas coisas. Numa oração recente diante da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Cleaver, um pastor ordenado com metrado pela Saint Paul School of Theology, encerrou uma oração dizendo “amen e awoman”.
Ele disse “e awoman” como se estivesse devolvendo às mulheres algo que lhes foi negado ao longo de gerações com o uso da palavra “amém”. Todo mundo que já rezou na vida sabe que o termo não especifica nenhum gênero. É um termo que significa “assim seja” e um congressista pastor e mestre em teologia deveria saber disso melhor do que ninguém. É como se ele tivesse se esquecido totalmente do que aprendera no seminário.
Por quê? Usar equivocamente uma palavra só para que uns poucos se sintam bem? Não. Só estamos aumentando a confusão ao acrescentarmos ao caldo uma felicidade e respeito falsos.
Se você pretende respeitar os diferentes, atenha-se à economia, aos empregos, à infraestrutura – coisas que todos compartilhamos enquanto norte-americanos, independentemente das diferenças pelas quais optamos a fim de nos distinguirmos dos demais,
Não sei nem se o que eu ouvi era uma oração. Quando um pastor vê todas as coisas como deuses em potencial, então o que ele está querendo dizer é “Vamos adorar a criação, mas não o Criador”. Essa é a religião secular. E é totalmente falsa.
Nunca na história deste país estivemos tão distantes de Deus, confiando cada vez mais em nós mesmos. Observamos a decadência das nossas instituições sociais; não é difícil entender por quê. O homem não sabe tudo. Os homens são capazes de manipular a criação da vida, mas é Deus quem cria vida, e seria bom nunca nos esquecermos disso.
Ainda assim, devemos questionar a pauta real de Cleaver. Por que um homem de fé, um pastor ordenado, se sente tão à vontade confundindo as pessoas e usando uma palavra que, até por seus estudos, ele compreende muito bem? A resposta é simples: ele está acompanhando seus colegas de partido, que defendem essa bobagem de sinalização da virtude.
Os deputados democratas estão mais atentos aos gêneros das palavras do que a seus trabalhos. Sejamos francos, isso não surpreende ninguém. Sob a liderança da presidente Nancy Pelosi, a câmera propôs mudanças radicais para o uso de termos neutros em sua linguagem oficial.
Entre algumas dessas mudanças está a mudança de “homens do mar” para “viajantes do mar” e termos para as relações familiares, como mãe e pai, filha e filho, que devem ser substituídos por termos como “genitores” e simplesmente “crianças”.
Sim, você ouviu certo. Os homens e mulheres que você elegeu para cuidar dos problemas mais graves do país estão mais preocupados com palavras do que a infra-estrutura ou o programa de ajuda para americanos e pequenos empresários que estão sofrendo. Agora entendemos claramente o que acontece dentro dos gabinetes escuros e esfumaçados.
Em meio a essa tolice, os norte-americanos caem no abismo da pobreza e das dificuldades econômicas.
Se este é o nosso caminho, a estrada à frente é longa, escura e sem volta. O Congresso tem só uma função, que é a de trabalhar para um governo que sirva aos interesses do povo e da nação. Eles têm que manter o orçamento sob controle, dar prioridade à segurança nacional e defender os valores e princípios que definem quem somos.
Mas não é isso o que o governo atual faz. O governo foi eleito pelo povo, mas está a serviço de si mesmo, e jamais deveríamos aceitar isso. Pelo contrário, isso deveria ser rejeitado.
Armstrong Williams é colunista do “Daily Signal” e apresentador do programa "The Armstrong Williams Show".