Henry Wadsworth Longfellow disse: “A música é a linguagem universal da humanidade”. A música não é uma das cinco linguagens do amor, mas, tendo seu próprio sistema de notação, a música satisfaz plenamente a definição de linguagem encontrada em dicionários: “Qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais, etc.”. Como o sr. Longfellow opinou, a música é a linguagem que ressoa de maneira singular para toda a humanidade.
Ao longo dos séculos e entre culturas, a música tem entretido, acalentado crianças, aprimorado comemorações e expressado os louvores daqueles que prestam culto. Em termos médicos, há muito se sabe que a música tem um impacto positivo na pressão sanguínea, no cortisol, na dopamina, na melatonina e nos níveis de oxigênio, além de ajudar a aliviar a depressão e a ansiedade.
Agora, à medida que a epidemia do Alzheimer começa a crescer, o poder curador da música está ganhando nova atenção. Muitos estudos destacaram os efeitos terapêuticos da música sobre pacientes de Alzheimer, reduzindo fatores como agressão, ansiedade e agitação, ao mesmo tempo em que melhora o humor e o comportamento. Pesquisas mais recentes sugerem enfaticamente que a música também pode melhorar a cognição. Linda Maguire, cantora de ópera com mestrado tanto em neurociência quanto em ciências de saúde e gerontologia, conduziu um estudo que mostrou “melhorias notáveis na cognição” depois que pessoas com DA cantaram várias de suas músicas selecionadas durante quatro meses.
Maguire disse ao Epoch Times: "A música dá aos pacientes de Alzheimer um senso de poder e posse. Eles não conseguem acompanhar a vida. Não conseguem acompanhar uma conversa. Não se lembram das pessoas… mas porque uma parte do cérebro que internaliza a música e marca o ritmo é particularmente bastante sadia nos pacientes com Alzheimer, eles conseguem acompanhar a música e lembrar-se dela, o que faz com que se sintam no controle."
O canto ativa os dois lados do cérebro. Desfrutar da música em meio a um grupo envolve também as áreas visuais do cérebro. Assim, a música estimula muitos processos cognitivos ao mesmo tempo — de fato, mais do que qualquer outro estímulo conhecido, de acordo com o dr. Oliver Sacks (1933-2015), neurologista reconhecido mundialmente. Às vezes, apresentar a música a uma pessoa por meio de um tocador de MP3 com fones de ouvido produz uma resposta impressionante.
Milhares de pessoas se maravilharam diante do vídeo de um homem chamado Henry, um residente de uma casa de repouso por dez anos, que não se comunicava até que a música o fez “despertar”. Você pode assistir o vídeo no YouTube buscando “Alive Inside Henry’s Story” (em inglês, com opção de legendas em português). Quando lhe perguntaram: “O que a música faz para você?”, Henry responde: “Ela me dá o sentimento do amor”. O vídeo sobre Henry é um excerto de Alive Inside, um documentário tocante que ganhou o Audience Award do Festival Sundance de Cinema de 2014.
Dan Schmid, blogueiro de produtos ligados ao Alzheimer, escreveu: “Às vezes a música produz uma mudança tão maravilhosa que nos sentimos totalmente compelidos a recomendar a você, como cuidador, que mantenha a música em seu repertório”.
Pelo fato de a capacidade de apreciar a música durar tanto tempo, e uma vez que a resposta pode ser tão profunda, sugerimos colocar a música ao lado das linguagens do amor por toda a jornada do Alzheimer para uma melhor conexão pessoal com uma PCD.
Este texto faz parte do livro 'Mantenha vivo o amor enquanto as memórias se apagam - As 5 linguagens do amor para o cuidado com o Alzheimer', publicado no Brasil pela Editora Mundo Cristão. Gary Chapman é pastor, Deborah Barr é jornalista e Edward Shaw é médico.
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