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Os enormes gastos da OMS com aborto, inclusive com os bilhões de Buffett

Grávida caminhando em uma rua do Panamá (Foto: EFE/Bienvenido Velasco)

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Em vez de prevenir doenças e promover curas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se concentra na disseminação em larga escala do aborto e da contracepção e, nessa missão incrivelmente contraditória para a humanidade, também conta com a participação do “Mago de Wall Street”, Warren Buffett, que multiplica suas doações milionárias.

Em 25 de agosto, em Genebra, a OMS apresentou um memorando de entendimento com o Fórum Parlamentar Europeu para Direitos Sexuais e Reprodutivos (EPF, na sigla em inglês), uma filial da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF) e promotora do escárnio sistemático das organizações europeias pró-vida e pró-família, e com o Programa de Reprodução Humana das Nações Unidas (HRP), um dos programas principais da ONU para a promoção do aborto.

Não haverá escassez de fundos, pois a OMS divulgou em março passado, entre outras coisas, o orçamento anual de seu programa de saúde sexual e reprodutiva, mostrando que milhões de dólares estão sendo gastos em projetos de aborto em nível mundial. Dos fundos do programa, 11% são gastos em serviços de aborto em todo o mundo, informa o relatório orçamentário para 2022-23. Dada a possível proibição de pílulas abortivas nos EUA, o documento do HRP também descreve os esforços que estão sendo feitos para “aumentar a disponibilidade” de mifepristona e misoprostol, os dois produtos usados em abortos medicamentosos.

O objetivo declarado do Memorando de Entendimento entre a OMS, o EPF e o HRP é a “mobilização da vontade política em relação à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos”, com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3.7 e 5.6, que visam garantir o “acesso universal à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos” até 2030. O projeto também tem como objetivo “mobilizar parlamentares sobre a conscientização para a saúde sexual e reprodutiva, com apoio especial para países de baixa e média renda”.

Em outras palavras, os filhos e as filhas de pais que vivem em contextos de pobreza ou semipobreza são os objetivos, e são eles que estão sendo visados para lançar iniciativas reais de sabor eugênico e malthusiano. A OMS, em vez de prevenir as verdadeiras doenças que assolam os países pobres e em desenvolvimento, na verdade considera a gravidez uma doença, da mesma forma que as multinacionais do aborto. E, para evitar a disseminação do parto (a “doença”), ela espalha sua “cura” e suas “vacinas” (aborto cirúrgico e pílulas abortivas).

“O capital político e social dos parlamentares é uma poderosa alavanca para a defesa e o avanço das questões de saúde e direitos, que sabemos serem sensíveis e politizadas", disse a Dra. Pascale Allotey, Diretora do Departamento de Saúde Sexual e Reprodutiva da OMS, que prosseguiu dizendo que “nossa parceria com a EPF representa um forte compromisso com a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos como uma opção política baseada em responsabilidade e em evidências”.

De acordo com a OMS, as leis relacionadas “à criminalização, às abordagens baseadas em motivos, aos limites de idade gestacional, aos períodos de espera obrigatórios, à autorização de terceiros, às restrições de provedores e à objeção de consciência” devem ser anuladas porque “colocam obstáculos no acesso ao aborto e têm efeitos negativos no exercício dos direitos humanos”. É por isso que se recomenda que a colaboração se concentre na descriminalização completa do aborto, uma liberalização sem nenhum limite, com a simples solicitação da jovem ou da mulher, sem limites para as atividades das empresas multinacionais de aborto e, ao invés, com limites estritos para a objeção de consciência de médicos e paramédicos.

Em junho passado, o EPF promoveu uma enganosa Aliança Parlamentar Global para Saúde, Direitos e Desenvolvimento para “fortalecer os esforços dos parlamentares para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, particularmente nas áreas de saúde e direitos humanos” e teve como objetivo fornecer “uma plataforma para que os parlamentares de todo o mundo defendam uma melhor assistência à saúde, a expansão dos direitos humanos e a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em seus países e no exterior”. Portanto, é compreensível a grande satisfação do Diretor Executivo do EPF, Neil Datta, que, ao assinar a colaboração com a OMS, disse: “trabalhamos em estreita colaboração com a OMS há muitos anos para garantir que os parlamentares possam cumprir sua responsabilidade como legisladores para melhorar as políticas de saúde em seus respectivos contextos”. Datta acrescentou que a colaboração possibilitará “melhorias efetivas em leis, políticas e financiamentos relacionados à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos”.

Ao lado da OMS na única verdadeira guerra global contra a humanidade, o genocídio de dezenas de milhões de crianças, entre os filantropos conhecidos de sempre (dois dos quais, Bill Clinton e Alexander Soros, apesar de uma visita privada ao Papa em julho passado, continuam inabaláveis em seus atos malignos), está um dos homens mais ricos do mundo: Warren Buffett.

Buffett tem um patrimônio líquido de mais de US$ 115 bilhões. Dessa riqueza, doações de vários bilhões de dólares foram destinadas a organizações pró-aborto em todo o mundo, muitas vezes em apoio às políticas da OMS e de várias agências da ONU. Um balanço da filantropia malthusiana do magnata foi feito em 29 de agosto pelo site americano Lifenews.com.

Não podemos ditar a Buffett, Clinton, Gates ou Soros como gastar seu dinheiro, mas devemos exigir com veemência que o governo Meloni [na Itália], ao contrário dos governantes abortistas do passado, interrompa todo o financiamento para o aborto promovido a partir da OMS. A verdadeira guerra contra a Criação certamente não é a guerra contra as focas-monge-do-mediterrâneo e as geleiras; pelo contrário, é a guerra das instituições reverenciadas e dos plutocratas contra a humanidade mais indefesa e vulnerável: a criança concebida e sua mamãe.

Luca Volontè é um político italiano e colaborador da Bussola Quotidiana.

© 2023 La Nuova Bussola Quotidiana. Publicado com permissão. Original em italiano: “Aborto: le spese folli dell’Oms, anche con i miliardi di Buffett”.

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